Para Robson Komochena, a Gazeta é uma faculdade
Foi em julho de 2001, tempos em que concluÃa o ensino médio e, assim como a maioria dos jovens nesta fase, pensava em qual profissão seguir, que cheguei até a Gazeta. Com vergonha, sem conhecer ninguém, com a cara e a coragem, fui em busca de um espaço. Nunca havia sequer entrado em uma redação de jornal, mas me identificava com o trabalho, gostava de saber tudo o que acontecia e já brincava, no Colégio Barão de Rio Negro, de escrever para um jornal escolar – falido na segunda edição.
No dia 18 de julho de 2001, uma quarta-feira, circulava a primeira coluna, ainda tÃmida e com medo, por mim assinada. Falava de assuntos jovens, perigo das drogas, música, e até arriscava uns palpites… Em uma década, amadureci a coluna, comprei algumas brigas, misturei opinião com informação, humor, toques de eventos, curiosidades e alguns registros sociais. Mulheres, verdade seja dita, apareceram mais, marcando uma das caracterÃsticas da coluna, de revelar e dar preferência para as belezas locais.
Além de escrever, aos poucos, fui aprendendo a diagramar, a montar layouts, a digitar mais rápido e fui ficando. Sempre com a liberdade de voar, criar e ousar. Nesse tempo, criei um padrão para o jornal, com fotos de todos os colunistas, logotipos comemorativos e uma aparência mais despojada.
Aqui, a cada dia, a cada edição, com erros, acertos e arrependimentos, aprendi na prática, com a confiança da famÃlia Souza, a profissão que, nos tempos de escola, sonhava em ter. Sem diploma, sem faculdade e sem curso de informática – prato cheio para meus crÃticos – há uma década fazendo escola aqui na Gazeta. Escola que também formou muitos profissionais, que aprenderam na correria diária.
Neste sabadão, 15 de outubro de 2011, a Gazeta completa 30 anos de serviços prestados a Riomafra, levando informação, humor, opinião e fazendo os leitores enxergarem os acontecimentos de um ângulo que, desde que eu estava fora, percebia que só a este jornal conseguia.
Conforme escreveu o J.B. Paloma, em 15 de outubro de 1981, ‘estamos aÃ!’, cumprindo com o nosso papel, fazendo da melhor forma, brigando e se amando, como toda boa famÃlia e todo bom casamento. Seguramente, a Gazeta é – e sempre foi – a empresa onde todos os jornalistas e profissionais de imprensa de Riomafra sempre quiseram estar.
E como hoje é sábado, não tem aula e a lição está feita, vamos comemorar. Afinal, são três décadas de lutas, brigas e conquistas… E 30 anos são para poucos, cara pálida!