Mergulhado em dívidas, somente com investimentos do poder público nosocômio sairá da UTI

Publicado por Gazeta de Riomafra - 27/01/2013 - 19h00

Somente em dívidas com a Celesc e a Sanepar, o Hospital e Maternidade Bom Jesus, de Rio Negro, está próximo de um saldo de R$ 01 milhão.

Administrador do Hospital, Marlon Sérgio Witt, confirma estado de calamidade financeira na Instituição

Ao saber da situação nossa reportagem foi em busca das informações, entrevistando as partes para saber a real situação do nosocômio. De acordo com o administrador do nosocômio, Marlon Sérgio Witt, que assumiu o cargo em julho de 2012, essas dívidas estão acumuladas desde o ano 2004. “Isso sem contar que há dívida de empréstimos na ordem de R$ 19,8 mil/mês”, diz o administrador, lembrando que há necessidade, em especial com estas contas de luz e água, dos débitos serem quitados para que o Hospital seja liberado da linha de crédito do SERASA, ainda afirmando que 80% dos atendimentos naquela Casa de Saúde.

Witt destaca que atualmente cerca de 80 a 90 pessoas são atendidas na Unidade de Pronto Atendimento, mas não soube precisar a quantidade de pacientes no Hospital e na Maternidade.

Lembra o administrador, ainda, que a estrutura física do Hospital e Maternidade Bom Jesus está em situação precária, especialmente esta última, parte mais antiga daquele nosocômio. “Estamos esperando poder contar com o apoio dos governos municipal e estadual, além da sociedade, para colocarmos as finanças do hospital em dia”, diz, enaltecendo que existe inclusive uma ala já interditada, por falta de manutenção e que hoje a dívida está impagável.

O administrador confirma ainda, que o vice-prefeito entrou em contato com o secretário de Desenvolvimento Regional de Mafra, Wellington Roberto Bielecki, solicitando apoio no parcelamento da dívida junto a Celesc.

Na Estatal, o atual responsável pela gerência, durante as férias do gerente Regional, confirmou a existência da dívida do nosocômio desde 2004, mas não repassou valores atualizados, como juros e multas. Segundo informações extraoficiais, especula-se que somente a divida atualizada com a CELESC esteja próxima aos R$ 700 mil. Com isso, somente em água e energia elétrica, o Hospital e Maternidade Bom Jesus já estaria devendo mais de R$ 01 milhão.

O pastor Ezequiel, diretor do nosocômio, foi procurado por toda a tarde de ontem pela nossa equipe de reportagem, mas não foi localizado.

De acordo com o administrador da Instituição, a dívida com a Sanepar soma hoje R$ 281.530,69 (valor original), com pendências desde 05/2006, sendo que esta dívida está sendo negociada agora juntamente com o apoio da Prefeitura Municipal de Rio Negro e a própria Sanepar; e nas Centrais Elétricas de Santa Catarina, o montante é de R$ 394.166,13 (valor original), com pendências desde 07/2005, sendo que esta dívida está sendo alvo de negociação em reunião agendada na Capital, para levantar as possibilidades de pagamento.

O Corpo Clínico do Hospital hoje é composto por 54 médicos de diversas especialidades como Clinico, Urologista,Ginecologista e Obstetrícia, Cardiologista, Ortopedista e Traumatologista,Otorrinolaringologista, Oftalmologista, Angiologista, Cirurgião Geral, Anestesiologista, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Traumatologista Bucomaxilofacial, Neurologista, Cirurgião Cardiovascular,  Oncologista.

O atendimento médio mensal em 2012 foi:

Maternidade 66 pacientes;

Hospital 99, sendo que desses 38 com procedimentos cirúrgicos;

Pronto Socorro: 2.265 pacientes atendidos.

“A estrutura física do prédio do Hospital, necessita urgentemente de reparos, sendo que algumas áreas inclusive estão interditadas, e nesse sentido solicitamos à população e aos empresários ajuda para que possamos reformar os locais mais urgentes para que o hospital continue prestando os serviços na saúde para a população. E com relação à estrutura de equipamentos, também contamos com o auxílio para a compra de equipamentos como por exemplo da Auto-clave que serve para a esterilização do material utilizado no hospital e maternidade a qual custa R$ 40.660,00 e que foi adquirida no início do ano, e que precisa ser quitada até o mês de abril/2013.

 

Telhado da ala que abriga a Maternidade, a mais antiga construção do nosocômio, deverá passar por restauração

Sala interditada demonstra precariedade das instalações do Hospital Bom Jesus, que necessita de urgente ajuda dos Governos Municipal e Estadual

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15 comentários publicados
  1. ex funcionário

    Seu Zé estrada…. quando não tinha pronto socorro em Mafra, você era atendido aonde……
    A ala interditada trata-se de um quarto ao lado do centro obstétrico que nunca foi reformada… isso não é novidade…. o que preocupa desde 2003 é o telhado…. que fiquei perplexo em saber que ainda não foi substituído.
    Uma coisa que ninguém sabe e que é importante salientar… O que quebrou o hospital foi a fusão entre a maternidade e o hospital que aconteceu em 2001.
    Porque tirar a Maternidade do centro em um prédio estruturalmente muito melhor (hoje pertencente a prefeitura) e vir para o hospital na ala que estava desativada desde a década de 80?
    Muito investimento sem recurso aconteceu neste período para poder receber a Maternidade… Em contra partida o custo para manter era muito maior do que a arrecadação… Tabelas defasadas do sistema único de saúde, materiais utilizados não pagos pelo SUS, custos com reclamatórias trabalhistas de ex funcionários da maternidade, médicos plantonistas recebiam verdadeiras fortunas (o que acho louvável e merecido), contudo quem pagava a conta era o hospital e não o poder público…. Infelizmente pessoas sustentam suas famílias com recursos provenientes deste hospital, bem como a população precisa de atendimento…enfim… não existe milagre…. não acredito mais em solução… a falência é uma questão de tempo…. tanto é que um novo hospital está sendo construído ao lado…. Ficaria um tanto quanto constrangedor para Rio Negro não ter um hospital, um pronto socorro….

  2. Mafrense

    Más RIo Negro tem bastante asfalto rsrsrsrsr, é oque aparece e dá mais voto. Infra estrutura na Saúde e Educação não aparece fica em segundo plano.

  3. ricardo

    a unimed atende ai? paga aluguel? paga nada? mais cobra uma fortuna do usuario

  4. Marta

    O que vagas no colégio sesi tem a ver?
    Se é um colégio particular, e se quer ter prioridade é melhor a senhora estar por dentro das vagas do colégio, em vez de criticar Mafra, critique as vagas de bolsa INTEGRAL para alunos do Campo do Tenente e Quitandinha, que ocupam mais da metade do total de vagas oferecida pelo colégio, isso sim é uma injustiça contra nós Riomafrenses, que tem que lutar por UMA vaga com bolsa e nao consegue devido aos outros municípios!

  5. Rafa

    A matéria é importante, mas porque usar “nosocômio” e não hospital?

    Palavras difíceis são usadas para enfeitar discursos vazios!!

    • JJT

      A expressão “nosocômio” – que significa Hospital, órgão de saúde, é utilizada para que não haja repetiçao de palavras em demasia numa reportagem, além do que, vem contribuir paracom a cultura dos leitores. Assim, todos acabam sabendo o significado de novas palavras e sinônimmos de outras…

  6. Marcos

    Nossa, eu não sabia que estava tão ruim assim, e também não sabia que era cobrado luz e água de hospitais. :(

    • juaca

      precisamos denunciar isso ao ministerio publico.

  7. MARCELO

    Povo RioMafrense vamos parar de discutir, de trocar farpas, de brigar, Mafra e Rio Negro são uma só, está na hora do povo unir forças e fazer de nossas cidades um lugar gostoso e transformar a economia em pleno desenvolvimento.
    PREFEITOS ELEITOS INCIAM ESSA UNIÃO.

  8. Maria Eduarda

    É isso mesmo investiga, tem casos também de muito aluno de Mafra que vem tirar vaga de nossos filhos em Rio Negro no colégio Sési, vai estudar nos ótimos colégios em Mafra!!!!!

    • Liziane Chavier

      Assim como tem muita gente dai de rio negro vindo tirar vaga nas creches e escolas aqui de mafra, sendo que quando fui colocar meu filho em uma delas nao havia vaga, mesmo estando dentro do raio escolar. Então me diz, se existe esse raio escolar, como rio negro vem esdudar em mafra e vice-versa????

    • Rafa

      O Sesi não é uma escola pública mantida pela prefeitura, portanto, o que poderia a prefeitura fazer para garantir que as vagas fossem reservadas aos rionegrenses?

      Houve uma “doação” de terras para o sistema sesi/senai, onde será edificado o novo colégio sesi e uma escola técnica do senai se não me engano. Talvez fosse pertinente pedir em contrapartida da doação um número x de bolsas para rionegrenses, por outro lado, só o fato de haver uma escola técnica de alto nível em Rio Negro já justifica a cessão de uso do terreno. A prefeitura de Mafra poderia, ou mais, deveria era fazer um censo escolar, e apurar os casos em que se desconfie, pois geralmente nesses casos usa-se um endereço falso para se conseguir a vaga. Tenho impressão de que ao declarar um fato falso, incorre em algum tipo de crime. Quando as pessoas que estão gerindo o município tiverem coragem de ser justas, não vai mais haver expertinhos para tirar vantagem das situações.

      • Liziane Chavier

        Simples, no ato da matricula exigir comprovante de residência NO MOME DOS PAIS, ou caso seja aluguel, CÒPIA CONTRATO ALUGUEL NO NOME DOS PAIS, sugiro este mesmo na hora de fazer carteirinha do SUS na secretaria saude de mafra, pois quem mora no bairro alto continua tirando vaga de mafrenses….assim como continuam tirando vaga nas escolas e em qualquer lugar também.

  9. ze estrada

    O que é isso???
    Hospital???Interdita já . cadê o Governador do estado do pr, cadê o prefeito de rio negro, sempre querendo embelezar as ruas e saúde e educação vem aqui pra Mafra.
    Sr Prefeito de Mafra precisamos investigar esses alunos de Rio Negro tirando vaga dos nossos filhos aqui em mafra e saúde a mesma coisa. Estou de olho e vou denunciar.

    • Liziane Chavier

      Façam asfalto em vez de piso no hospital….o povo de rio negro ja pagou mesmo….

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