Na tarde de terça-feira funcionários grevistas do Hospital Bom Jesus realizaram passeata pelas principais ruas centrais da cidade e juntamente com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde da região de Curitiba e um representante do movimento estiveram reunidos com o prefeito Milton Paizani, em busca de uma solução para a falta de pagamento do Hospital aos seus trabalhadores, ocasião em que o chefe do Executivo se demonstrou interessado em auxiliar, desde que de forma legal, para garantir a continuidade dos serviços de Saúde no Município.
Já no início da noite o prefeito, Ministério Público da Comarca, Sindicato e representante dos trabalhadores estiveram reunidos, ocasião em que foi assinado um Termo Aditivo Emergencial que prevê o pagamento dos salários e vale alimentação atrasados dos funcionários da Unidade Hospitalar até a próxima quarta-feira (24), através da Prefeitura Municipal.
Já no dia seguinte (17) os funcionários novamente se reuniram em Assembleia Extraordinária e por unanimidade aceitaram a proposta do Ministério Público e Executivo, optando por suspender a greve e retomar imediatamente os trabalhos normais.
De acordo com o administrador do Hospital, Marlon Witt, a atual dívida do Hospital para com os funcionários é de R$ 208 mil – valor que estará sendo disponibilizado pela Administração Milton Paizani.
Já para a quitação do salário e vale alimentação referente ao mês de abril e que vence no quinto dia útil do mês de maio, Witt acredita que o Hospital terá condições de honrar o compromisso, baseado nos cálculos do repasse da Prefeitura para pagamento dos serviços de Pronto Atendimento prestados mais o valor de R$ 40 mil recebidos do HospSus.
Além disso Marlon cita que também terá que ser realizada a adequação dos funcionários em virtude do fechamento da Maternidade e, com a dispensa de vinte servidores, haverá uma economia maior que auxiliará a manter as atividades do hospital, sem comprometer a qualidade dos serviços.
Na ata que optou pelo retorno às atividades não consta qualquer menção a nova greve em caso de não cumprimento do acordo firmado junto à Prefeitura e Ministério Público e nem na possibilidade de os funcionários deflagrarem nova paralisação caso não recebam o salário do mês de abril.
Acompanhe cópia da ata que decidiu pelo retorno às atividades