O aumento do número de habitantes, jovens que ingressam na idade de fazer sua primeira Habilitação e a própria facilidade em financiar veículos de todas as espécies vem demonstrando no dia a dia em Riomafra, especialmente em horários “de pico”, os problemas que aumentam no trânsito não apenas para os motoristas mais também para os pedestres e os próprios ciclistas.

No final de 2012 Rio Negro contava com 18.491 veículos registrados, dos quais 11.545 automóveis e 3.363 motocicletas além de 595 motonetas e 14 ciclomotores. No término do mês de maio, cinco meses depois, os números subiram para 19.210 veículos (719 a mais) sendo 11.688 automóveis, 3.385 motocicletas, 604 motonetas e os mesmos 14 ciclomotores. A quantidade de camionetas e caminhonetes passou de 1865 para 1915, caminhões de 848 para 866 e os ônibus de 51 para 54.

Veículos emplacados no Município de janeiro a maio de 2012 passaram de 271 para os 344 emplacados nos primeiros cinco meses do corrente ano.

Em Mafra registrava-se no final de 2012 29903 veículos e agora no final de maio, 30764, num acréscimo de 861 veículos diversos. Se levados em conta apenas os cinco primeiros meses dos dois anos denota-se que em maio do último ano havia 15677 automóveis contra os atuais 17153 (1476 a mais); 6027 motocicletas e atuais 6298 (acréscimo de 271); 09 ciclomotores que permaneceram em igual número; 1098 motonetas em maio de 2012 e 1239 em maio agora, ou seja, 141 a mais em um ano; 2893 camionetas e caminhonetes em maio do último ano e 3222 agora, subindo o número em 329; 145 ônibus contra os 152 de maio último (07 a mais) e 1301 caminhões no mesmo mês de 2012 contra 1342 até o final de maio recente, numa alta de 41 veículos dessa espécie, além de diversos outros veículos como micro-ônibus, trator, triciclo etc.

Pelos números constata-se que o número de veículos, especialmente automóveis, motocicletas/motonetas e camionetas/caminhonetes vem subindo em grande quantidade em ambas as cidades, enquanto as ruas permanecem as mesmas e não se apresenta nenhuma solução para o fluxo, com Riomafra desde o último ano especificamente, vindo a registrar vários casos de engarrafamento em suas áreas centrais. Horários como entrada e saída de escolas e trabalhos assim como nos sábados pela manhã, são os em que mais fluxo da frota são encontrados rodando nas áreas centrais e ir/voltar de Mafra a Rio Negro e vice-versa acaba se transformando em um grande transtorno para os motoristas e para os pedestres, que sentem dificuldades enormes em atravessar as vias públicas mesmo que nas faixas a eles destinadas, porque a maioria absoluta dos motoristas acaba não os respeitando em virtude de atrasos e/ou pressa; isso sem contar ainda a grande dificuldade (ou quase impossibilidade) em se encontrar vagas de estacionamento.

No município de Mafra no final do último ano foi aprovada a agora Lei do Estacionamento Rotativo, conforme explana o vereador presidente da Câmara, Vicente Saliba. Segundo ele, no entanto é necessário que o atual Executivo desempenhe seu papel com “boa vontade”, mapeando ruas, locais e valores a serem cobrados pelo estacionamento rotativo. “Cheguei a comentar isso na Câmara nessa semana, precisamos que urgentemente o Executivo tome as medidas necessárias para que a Lei seja levada a efeito, mesmo que licitando empresas para executarem os trabalhos. Infelizmente, não há prazo para que a Lei comece a ser exercida no Município”, disse Saliba.

Do outro lado da ponte, em Rio Negro, o prefeito Milton Paizani afirmou que não se está tomando nenhuma atitude para alterações no trânsito e estacionamento até que se haja um levantamento técnico, o que já solicitou para a Central de Trânsito em Curitiba e que viria inclusive a Mafra para efetuar estudos. “Nosso problema de trânsito é central e comum entre as duas cidades. Se não tomarmos uma atitude conjunta de nada vai adiantar”, apontou, relatando que não adianta resolver o problema de um lado e não do outro.

Com relação a construção de uma terceira ponte Paizani cita que igualmente é necessária a ação conjunta de ambas as cidades na busca de um projeto com ajuda de deputados e senadores e depois buscar recursos junto ao Governo Federal. Salienta, no entanto, que não é uma ação rápida. “Demanda tempo e paciência, em Foz do Iguaçú somente agora se estão iniciando tratativas para a construção de mais uma ponte, mas precisamos dar o primeiro passo, fazer o projeto. Depois, buscar recursos não é tão difícil quanto se pensa”, finalizou.

Número de Carteiras de Habilitação também tende a crescer

Tão logo complete 18 anos qualquer cidadão pode iniciar o processo para obter a Permissão para Dirigir, a ‘precursora” da Carteira Nacional de Habilitação.

Em Rio Negro as também chamadas “primeira habilitação” diminuíram num comparativo entre os primeiros cinco meses de 2012 e 2013. No ano passado foram 475 as emitidas e no mesmo período último 299. A permissão para dirigir tem validade de um ano e depois os candidatos buscam a CNH definitiva, “desde que não tenha cometido nenhuma infração de natureza gravíssima ou grave ou mais de uma infração de natureza média”. Dentre as infrações consideradas gravíssimas avançar o sinal vermelho, dirigir sem habilitação ou sob influência de álcool e até mesmo pilotar motocicleta sem capacete são algumas das citadas e também as mais comumente cometidas por motoristas e motociclistas.

Depois de conseguida a CNH definitiva a mesma terá validade de cinco anos para pessoas com menos de 65 anos de idade e três anos para os superiores à essa faixa etária. Terminada a validade o condutor tem até 30 dias para providenciar a renovação de sua Carteira Nacional de Habilitação. Isso não significa, porém, que não possa buscar tal renovação antes do vencimento de sua carteira ou esperar pelos 30 dias posteriores. Para garantir a renovação em tempo hábil e não vir a enfrentar problemas a renovação pode sim ser solicitada com antecedência.

Em Mafra nos cinco primeiros meses de 2012 foram emitidas 446 novas primeiras habilitações e no mesmo período agora em 2013, 482. CNH’s definitivas passaram de 378 para 399 e renovações de carteiras foram 1282 nos primeiros cinco meses de 2012 contra as atuais 1635, o que demonstra um aumento considerável e que precisa ser levado em conta pelas autoridades competentes, assim como a própria solução do trânsito para abranger o aumento no número de veículos e motoristas em Mafra e Rio Negro.