Nesta última semana, a comunidade riomafrense enfrentou uma nova batalha para impedir o fechamento do Cine Emacite. Funcionário representando o Banco Fibra, atual proprietário do imóvel, estava disposto em encerrar as negociações e fechar de fato o cinema. Porém, foi assinada uma escritura pública de intenção de compra por instituições locais, empresários e profissionais liberais que declaram a intenção de compra do imóvel pelo valor de R$1,6 milhões e com o prazo até 10 de outubro para adquirir o imóvel ou entregá-lo de forma amigável caso não seja efetivada a compra.
Esta história iniciou em dezembro de 2012, quando o dono da época do cinema, uma empresa mafrense, quitou uma divida entregando o Cine Emacite para o Banco Fibra, o qual avisou os inquilinos que o banco teria um prazo para vender o imóvel, passado dessa data o cinema iria para leilão. “A empresa entregou o cinema através de uma figura jurÃdica, que se chama Dação e Pagamento. Por determinação do Banco Central, pelo Banco Fibra se tratar de uma instituição financeira não poderia ficar com um patrimônio deste tipo. Falaram aos inquilinos do cinema que tinham um prazo para vender ou se não conseguissem iria para leilãoâ€, explicou advogada, Adriana Dornelles.
Desde então, os inquilinos do cinema buscaram alternativas por meio da Prefeitura, Câmara de Vereadores. Uma das alternativas proposta foi a desapropriação, porém a Prefeitura não tem capital para desapropriar pelo preço que vale o imóvel, R$ 2,6 milhões.
A solução está em tomar o cinema por parte da função social que exerce no municÃpio e região, por isso foi encaminhado através da Câmara de Vereadores para o Conselho de Patrimônio Municipal de Mafra. “Não é tombamento no prédio propriamente dito, porque o prédio já perdeu suas caracterÃsticas originárias e para um tombamento histórico o prédio não pode perder essas caracterÃsticas. Tombamento da função social é que o cinema seja usado somente para fins culturais. Evitando que alguém compre e faça um shopping Center ou estacionamento ou uma boateâ€, afirmou Adriana.
Faltando 15 dias do prazo para o cinema ir a leilão, algumas pessoas da comunidade ficaram sabendo e resolveram se mobilizar. Entre elas, Érico Beninca, Adiana Dornelles e João Celso Cardoso que tiveram a ideia de formar um grupo de investidores. Assim, criando uma cooperativa ou uma associação para tentar comprar o cinema e precisavam aumentar o prazo dado pelo Banco Fibra.
No dia da reunião com funcionário do Banco Fibra, a advogada, Adriana Dornelles, ficou responsável pela negociação e foi acompanhada de uma comitiva de aproximadamente 20 pessoas para mostrar o interesse pela compra do cinema. Porém, o funcionário do Banco não compareceu.
Durante a tarde, aconteceu uma mobilização em frente ao Cinema Emacite. Onde, o funcionário estava preste a trocar a fechadura com escritura que passava a propriedade para o banco e a comunidade não estava permitido que executasse a ação. Adriana foi responsável pela negociação do Banco Fibra. “Acabei sensibilizando ele, mostrando para a grande importância que o cinema tem para nossa cidade. Enfim, que ele se sensibilizou e ligou para o vice-presidente do banco para aumentar o prazo. Assim, foi feita a proposta escritura pública de intenção de compra. Declararam publicamente que tem intenção de comprar o cinema pelo valor de R$1,6 milhão e ele declarou publicamente que o banco tem intenção de vender por esse valor, que nos dá o prazo de quatro mesesâ€, afirmou Adriana.
Quem assinou a escritura pública de intenção de compra foram a Associação Empresarial de Mafra e Rio Negro, Câmara de Dirigentes Lojistas de Mafra, Associação da Rádio Comunitário, UnC, Conselho de Turismo, Sindicato do Comércio Varejista de Mafra e outros profissionais liberais.
A ideia central é criar um Centro Cultural Regional dentro do Cine Emacite para promover além de exibição de filmes, eventos de formatura, mas também exibição de peças teatrais, explorar o espaço.
Na próxima semana, começaram a reunir as pessoas, entidades, empresas interessadas para decidir qual será o esquema para salvar o Cine Emacite. “Semana que vem se reunir para começar a traçar qual a nossa atitude, se vão mesmo formar uma cooperativa, uma associação. A Alfa Contabilidade está fazendo o levantamento da questão tributária para ver qual é a situação mais benéfica em termos de retorno financeiro para o grupo. E vamos viabilizar isso, não se entregar de caraâ€, contou Adriana.
Que bom pois este era um meio das crianças e jovens se divertirem seria uma pena fechar por mais que os filmes as vezes estejam um pouco atrasados ainda é bom ir no cinema sair de casa pra ver outras pessoas é a única coisa que temos em RioMafra pra se divertir com saúde.
Cinema deve continuar!
Não podem fechar o cine emacite, é um dos únicos pontos de lazer apropriados para famÃlia, é importante tanto para o povo, como para o municÃpio!