Rio Negro: 143 anos de história

Publicado por Gazeta de Riomafra - 18/11/2013 - 00h35

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15 de novembro, enquanto o Brasil relaxa em um dos seus mais tradicionais feriados (com um significado um tanto confuso a boa parte da população), Rio Negro festeja, neste mesmo dia, mais um aniversário de emancipação.

Terra habitada originalmente por indígenas, rasgada pelo caminho das tropas, pela Estrada da Mata junto a qual, em meio a um sertão inóspito foi criado, pelo Barão de Antonina (sob as ordens do Presidente da então Província de São Paulo), um pequeno povoamento a que se atribuiu o nome do rio que lhe cortava.

Povoamento que cresceu, acolheu novos habitantes, nacionais e estrangeiros, que se desenvolveu, adquirindo o status de “Freguesia” (ou Paróquia) em 1838, termos religiosos empregados na época e que equivalem ao que conhecemos atualmente por bairro ou localidade.

A Freguesia do Rio Negro, com o crescimento através do tempo, foi obtendo naturalmente autonomia e condições de se auto-administrar, isso em relação ao município da Lapa (ao qual era parte integrante), até que, em 15 de novembro de 1870 (na época em que o Brasil ainda era um império, durante o reinado de D. Pedro II), Rio Negro teve sua emancipação. A Freguesia se tornou “Vila”, um município com autonomia político-administrativa que passou, a partir daí, a festejar o 15 de novembro (data de instalação do município) como uma data sua, própria, data a qual 19 anos depois, teve como coincidência, a ocorrência da Proclamação da República.

E, de lá se vão 143 anos, 143 anos de Rio Negro, que é claro que não é a mesma Rio Negro, pois assim como nós nos modificamos ao longo do tempo, tanto fisicamente quanto em nossas próprias ideias, o município, como “um organismo vivo”, também sofre alterações ao longo do tempo, tanto no aspecto físico-visual quanto na mentalidade e nos costumes de sua gente.

Uma área de original, que preservou as fronteiras que possuía como Paróquia, de aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, um município gigante para os padrões atuais, que teria o título de maior município em extensão territorial tanto no Paraná quanto em Santa Catarina (onde Tibagi e Lages figuram como maiores com 3.000 km2 e 2.500 km2, respectivamente). Grande hoje, mas normal em uma época em que a quantidade de municípios era bem menor e, consequentemente seu tamanho proporcionalmente maior.

Também, em quase um século e meio, o número de habitantes mudou muito, se em 2013 temos pouco mais de 32 mil habitantes em cerca de 500 quilômetros quadrados, no final do século 19, tínhamos oito mil habitantes (número 4 vezes menor) em um território 14 vezes maior.

Informação que pode nos dar ideia do grau de povoamento local na época, povoamento que se concentrava principalmente na sede da Vila (que corresponde, mais ou menos, à Rio Negro atual) e em alguns outros núcleos, que se emancipariam mais tarde, num processo natural que ocorreria em quase todos os grandes municípios daquele tempo.

Período de tempo (de 1870 até 2013) onde tantas mudanças aconteceram e no qual muitas gerações se sucederam, legando a nós várias heranças que fazem parte do que somos hoje, afinal somos constituídos, como cidade ou como pessoas, daquilo que fomos ou fizemos no passado, culturas, tradições, fisionomias e também, no caso municipal, de coisas materiais, que resistindo ao tempo são importantes elos de ligação presente-passado, marcas do passado, marcos da história de um município e da nossa própria história pessoal e familiar. Como a ponte metálica que já teve prolongamentos de madeira para alcançar as duas margens do rio Negro; ponte essa próxima do porto no qual embarcações realizavam o transporte de nossa produção; o antigo Paço Municipal, próximo a ponte Rodrigo Ajace; a Escola Bucovina no bairro Passa Três; o prédio do hospital Bom Jesus; o seminário franciscano que construído para a formação religiosa, hoje é o grande centralizador da vida política, cultural e ecológica da cidade, entre tantos outros (não menos importantes) prédios centenários ou culturais como o antigo Theatro-Cinema Rio Negro, ou ainda agremiações esportivas, como o Rionegrense Foot Ball Club , fundado em 1912.

E assim comemoramos os 143 anos de Rio Negro, um período de grandes mudanças, mudanças que fazem parte do processo histórico e que por assim ser “são naturais”, pois a história como algo dinâmica, é repleta de movimento, de mudanças, mudanças que nos cabem, como cidadãos, conduzir rumo a um futuro cada vez melhor.

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