Reunião debate rumos da implantação do estacionamento rotativo em Mafra

Publicado por Gazeta de Riomafra - 10/02/2012 - 21h29

A empresa Formatta Engenharia apresentou detalhes do sistema rotativo, principalmente no sentido de democratizar as vagas e diminuir a incidência de veículos estacionados de forma irregular. Vereadores questionaram o valor de R$ 1,53 proposto inicialmente pela empresa.

A reunião que aconteceu na noite da última terça-feira, no auditório da Associação Comercial, foi apresentado e discutido o sistema de implantação do estacionamento rotativo, reuniu os poderes públicos, representantes de entidades, munícipes e a empresa vencedora da licitação, Formatta Engenharia, de Joinville.

Logo no início o presidente da ACIM, Nereu Martins Carvalho mencionou o ofício encaminhado pelo prefeito João Alfredo Herbst onde solicitava aquela reunião. Lembrou que foram várias reuniões e discussões sobre o assunto e agora se está chegando a um ponto final.

Na última reunião 30/08/2011, entidades representativas e poder publico assinaram ata onde constaram os benefícios da implantação do estacionamento, as obrigações da Prefeitura e da empresa que instalará o sistema. Vereadores registraram suas opiniões e preocupações, da mesma forma as entidades.

Dando continuidade o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Milton Antunes falou sobre a decisão de contratar uma empresa especializada para esclarecer dúvidas. Disse que estão correndo contra o tempo para a implantação e da importância em adotar o parquímetro ou cartão. “Parquímetro assusta num primeiro momento, mas também se torna mais econômico”. “Mafra não tem mais como esperar, principalmente na parte central e acaba até dando prejuízo ao comércio local e ao município que deixar de arrecadar já que os munícipes se deslocam pra outras cidades”, mencionou Milton.

Na opinião de Haroldo Heyse – diretor departamento de trânsito da Prefeitura, não tem como não implantar, prova disso é no entorno da Prefeitura que faltam vagas. “Nossa geografia é complicada, mas não é impossível, temos área abrangente, mas se houver demanda outras áreas poderão ser implantadas”.

Murilo Teixeira Carvalho – arquiteto, autor do projeto – representante da empresa Formatta Engenharia, apresentou detalhes do sistema rotativo, falou sobre os objetivos, principalmente no sentido de democratizar as vagas, diminuir a incidência de veículos estacionados de forma irregular, melhorar as condições de circulação por meio do disciplinamento, reduzir os índices de poluição, e ainda estimular e promover a atividade comercial.

Citou os quatro cadernos de pesquisa, de ocupação, levantamento físico, distribuição de vagas e minuta de documentos.

Sobre a viabilidade, primeiro foi identificado a área de abrangência, Alto de Mafra e Centro, esta primeira delimitação serviu para criar trechos a serem pesquisados visualmente. Foram dadas 40 voltas em torno de cada trecho, com 80 horas de filmagem em HD com detalhes da movimentação de cada carro.

Em cima disso foi levantado os trechos que são mais ocupados, isso gerou uma planilha de ocupação de vagas, alguns trechos com 100% de ocupação, como por exemplo, na rua Felipe Schmidt. Verificou-se que às 8h a taxa de ocupação é de menos de 30%, com picos de 60% ao longo do dia, com média de 52%.

No entorno da Prefeitura, que estava no horário de verão quando foi feita a pesquisa, pela manhã teve picos de mais de 80%. Sobre a taxa de ocupação da Felipe Schmidt teve picos de mais de 140%, incluindo até estacionamentos irregulares. Concluiu-se que há viabilidade em determinadas situações.

Sobre a rotatividade, alguns casos de carros que ficaram durante todo o período da manha e da tarde, com média de 56 minutos.

Na questão levantamento físico, foram medidas as faces de quadras, detalhando entre outros, as guias rebaixadas, faixa de pedestres, lombadas.

Com todos estes dados foi feito o projeto básico, com 2,5% de vagas para portadores de necessidades especiais e 5% de vagas para idosos.

Vagas

No total serão 1.242 vagas, divididas em 894 vagas para a primeira etapa e 348 vagas para a segunda etapa.

As 894 vagas da primeira etapa estarão assim distribuídas:

– 658 vagas para veículos até duas toneladas;

– 36 vagas para idosos;

– 17 vagas para portadores de necessidades especiais;

– 06 vagas para carga e descarga de veículos até 05 PBT;

– 160 vagas para motocicletas;

– 08 vagas defronte a estabelecimentos farmacêuticos;

– 01 vaga defronte a hotel

– 01 vaga destinada a veículo oficial.

Detalhe para 348 vagas que poderão ser implantadas numa segunda etapa, gradativamente conforme necessidade.

A partir de definidos todos os detalhes será feita uma minuta da Lei de Criação que será encaminhada a Câmara, onde constarão também as isenções de taxas.

O próximo passo será o decreto de regulamentação, constando tempo de concessão, as ruas, horários, forma de cobrança (frações de 5 minutos, período mínimo de 30 minutos e máximo de duas horas), e de regularização.

Após será encaminhado a Prefeitura a minuta de edital e contrato. E também minuta do termo de referência, detalhando ainda os custos para a Prefeitura, chegou-se ao valor de aproximadamente R$ 1,53 a hora, podendo variar.

Aberto para questionamentos surgiram dúvidas sobre termos técnicos. O vereador Roberto Scholze, presidente da Comissão de Transportes, Tecnologia, Informática, Obras Públicas e Urbanismo na Câmara, citou alguns pontos, ruas de abrangência, formas de regularização e falou a reportagem da Gazeta uma curiosidade levantada, de que o comércio tende a se deslocar para áreas onde não há cobrança de taxa de estacionamento, e disse que isso é bom, já que áreas onde não há muito desenvolvimento, passariam a se desenvolver, e esse foi um dos pontos que o vereador levantou quando o projeto passou pela Câmara.

O secretário Milton questionou o representante da empresa sobre o que é de competência da Câmara em aprovar, neste caso a Casa de Leis aprovaria a área inicial de abrangência e qualquer expansão dessa área seria apenas por ato do Executivo.

O vereador Paulo Sérgio Dutra questionou a planilha de custos, que ficou de difícil visualização durante a reunião, e disse ser inviável o custo de R$ 1,53 para o usuário, “os munícipes não podem pagar para a empresa se instalar no município, temos que discutir melhor isso, a empresa tem que apresentar mais discussões”.

O representante da empresa justificou que cada custo, como vestuário, serviço humano, placas, acaba gerando o valor final da tarifa.

Após todas as apresentações e alguns questionamentos foi sugerido pelo presidente da ACIM que as opiniões ou sugestões de entidades deverão ser apresentadas em outro momento, até em conjunto com a Câmara de Vereadores.

 

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3 comentários publicados
  1. diego

    seguinte a grande maioria nao presizava usar os carros aqui pois se acostumaram ate para se deslocar uns 500 metros usam o carro isso e uma vergonha poderiamos sugerir mais o uso de bicicletas o que e muito saudadavel ou o uso de motos que ocupam muito menos espaços para se estacionar ou se locomover na cidade sem falar nos funcionarios que na maioria tem carros e deixam estacionados na frente das lojas o dia inteiro prejudicando o estacionamento dos clientes porque os gerentes das lojas nao fazem uma campanha com seus funcionarios para deixarem em casa o carro e usarem bicicletas ou motos.tA DADA A IDEIA.

  2. Larissa Packer

    Vamos pagar para uma empresa lucrar! Vejam que é somente o comercio das vagas, sendo que o número de vagas para as farmácias são pouquissimas!

    • CDC

      Vamos democratizar o trânsito,visto que a grande maioria dos veículos estacionados são de empresários ou funcionários,que ficam ali a maior parte do dia.E eu admiro muito uma cidade que não quer saber de progredir quando cidades menores que Mafra já mantêm o estacionamento rotativo.Reclama-se quando não se faz nada,mas quando se tenta fazer alguma coisa tenta-se de todas as formas permanecer na mesmice.Acorda Mafra!

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