Mesmo com as campanhas de conscientização para prevenção ao câncer de próstata, este tipo é o segundo mais comum entre os brasileiros; o câncer de próstata é considerado uma doença com alta incidência na Terceira Idade. O aumento nas taxas de incidência no Brasil é parcialmente justificado pela ampliação na expectativa de vida. Em alguns casos, há o registro de um crescimento rápido espalhando-se para outros órgãos (metástase), podendo levar a morte. No entanto, na maioria dos registros, o câncer cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do indivíduo.
A próstata é uma glândula localizada na parte baixa do abdômen masculino e se situa abaixo da bexiga, à frente do reto. O câncer de próstata não apresenta sintomas nas fases iniciais e com o passar do tempo, o paciente pode sentir dificuldade ao urinar, o jato urinário fraco ou aumento do número de micções. Estes sintomas são comuns quando o crescimento é benigno de modo que a presença deles não indica obrigatoriamente a existência de câncer, exigindo sempre uma avaliação médica para diagnosticar de forma assertiva, daí a importância da prevenção.
O paciente com câncer de próstata fará um determinado tipo de tratamento dependendo do tamanho, classificação do tumor e idade. Os tratamentos existentes são: prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia. Para os pacientes idosos e com tumor de evolução mais lenta, a literatura reserva acompanhamento clínico com tratamentos menos invasivos como opção.
Para o paciente diagnosticado precocemente, o tratamento tem intuito curativo e se faz com cirurgia e radioterapia. Nos casos mais avançados, quando já ocorreu a invasão capsular da próstata ou a doença já disseminou para outros órgãos, o paciente é normalmente aconselhado a seguir com tratamento clínico paliativo a base de medicações injetáveis ou na forma de comprimidos, já existentes no mercado e que podem ampliar a sobrevida do paciente em até 7 meses, sem haver progressão da doença e com qualidade de vida.
A forma mais conhecida e importante de prevenção ao câncer de próstata é o exame de toque digital. Quando a próstata apresenta um crescimento irregular, a glândula torna-se endurecida, e devido a essa alteração de consistência, ao efetuar o toque, o médico consegue identificar a anormalidade apresentada. Outros dois exames são utilizados para constatar o câncer: dosagens do antígeno prostático específico no sangue (PSA) e o exame de ultrassom. O PSA é uma proteína gerada exclusivamente pela próstata, e nos casos de câncer, essa substância se eleva de maneira significativa, o que ocorre também quando o paciente está com infecção ou com crescimento benigno exagerado da glândula.
Os especialistas explicam que a melhor forma de avaliar o câncer da próstata é a combinação de toque digital e dosagem do PSA. Pesquisas sobre o crescimento tumoral indicam que as formas agressivas do câncer da próstata, quando não tratadas, levam de dois a oito anos para se ramificar pelo organismo, tornando a doença difícil de controlar. Sendo assim a melhor forma de cuidar da saúde, e prevenir o câncer de próstata é a realização anual do exame de toque, que sempre identificará o tumor ainda na próstata e potencialmente curável. Os homens sem casos do câncer na família devem realizar os exames preventivos a partir dos 50 anos.