Paralisação foi decidida durante assembleia do Sinte/SC nesta segunda-feira, 8
Professores da rede pública estadual de ensino de Santa Catarina decidiram nesta segunda-feira, 8, em assembleia organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública Estadual de Santa Catarina (Sinte/SC) pela paralisação das aulas presenciais e pela manutenção das aulas online até que todos os trabalhadores da Educação da Rede Pública Estadual sejam vacinados. De acordo com o Sinte, a decisão partiu depois dos crescentes casos positivos de covid-19 na comunidade escolar da rede estadual.
Em nota, o Sinte expõe que “Santa Catarina vive um colapso na saúde. Hospitais lotados, sem vagas nas UTIs e alguns prefeitos começam a tomar medidas mais drásticas de lockdown para tentar conter o crescente número de infectados pela covid-19. Paralelo a este cenário desesperador, acompanhamos o governador Moisés, seguindo a política negacionista de Bolsonaro, expondo os trabalhadores da educação, estudantes e familiares ao risco de contrair o coronavírus com a manutenção das aulas presenciais”, afirma o sindicato.
Para o Sinte, as escolas estaduais não possuem estrutura para garantir as definições dos Planos de Contingências – Plancon. Denúncias de falta de segurança sanitária estão sendo flagradas em todo o estado, aulas estão sendo suspensas com casos suspeitos entre estudantes e profissionais, bem como casos confirmados e profissionais até hospitalizados. “É urgente que o Estado tome uma medida em defesa da vida da população. Por isso, os trabalhadores da educação não retornarão as escolas e continuarão as aulas de forma online”, declara o sindicato.
Ainda de acordo com a nota, a mobilização dos profissionais da Educação cobra que o governo do estado zele pela vida da população e interrompa imediatamente as aulas presenciais, além de garantir a vacinação de todos os trabalhadores da educação, bem como a continuidade da vacinação da população idosa e do grupo de risco.
Ainda segundo o Sinte, as aulas online devem começar nesta terça-feira, 9, com aplicativos alternativos, até que Moisés libere os aplicativos oficiais do governo do estado. “Não vamos aceitar desrespeito com as nossas vidas!”, finaliza o texto.