Em uma moção de repúdio o ex-servidor Lucas Barbosa acusa a atual administração de desvio de recursos humanos, de aparelhamento polÃtico na Secretaria de Saúde e de perseguição polÃtica a servidores
Nesta quarta-feira (14) o ex-servidor da Secretaria de Saúde de Mafra, Lucas Barbosa, divulgou uma moção de repúdio acusando a administração Emerson Maas de negligência e de desmonte da Saúde mafrense.
Lucas abre a moção descrevendo que o Prefeito Municipal, Emerson Maas, está intervindo em alguns serviços públicos de saúde através da Secretaria Municipal responsável pela pasta. Mostra não ter conhecimento dos fluxos e da legislação do sistema de saúde e desrespeitando os servidores públicos.
Desde o inÃcio do governos Maas no dia 1º de janeiro deste ano, a Secretaria de Saúde já está no seu quarto secretário.
Na moção o ex-servidor traz cinco tópicos, apontando desvios de recursos humanos, da retirada de profissionais da atenção básica para aturarem na UPA e na PoliclÃnica comprometendo o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (Postinhos de Saúde); Desmonte de serviços de apoios como gestão de pessoas, central de armazenamento da farmácia (CAF), setor de compras, serviços e manutenção, setor de transporte, ambulatório de feridas, Programa de oxigênioterapia domiciliar e Programa de Atenção à Pessoa Ostomizada; Critica ainda a nomeação de um gestor para pasta sem conhecimento em gestão pública e na área da saúde, a falta de transparência na comunicação dentro da Secretaria e a falta de respeito com seus profissionais.
Até o momento o municÃpio não quis se manifestar a respeito da denúncia.
Leia a moção na Ãntegra:
Moção de repúdio
Vimos por meio deste lamentar a maneira que a atual gestão municipal está conduzindo e intervindo em alguns serviços públicos de saúde de Mafra – SC.
O prefeito municipal, por meio da atuação do Secretário Municipal de Saúde estão agindo, embasados no desconhecimento de fluxos e legislação do Sistema Saúde, unidos muitas vezes pelo desrespeito com servidores públicos e déficit na integralidade e qualidade dos serviços de saúde prestado à população mafrense.
Estas situações se comprovam nas seguintes ações do executivo municipal:
– Desvios de recursos humanos e, portanto recursos financeiros e desvios disfunções de profissionais da atenção básica (unidades de saúde da famÃlia) para atuarem na UPA (que se trata de uma Organização Social) e para a PoliclÃnica (serviço especializado, de média complexidade), enquanto que as unidades ficam descobertas de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais de higienização por longos perÃodos e até de forma permanente, sobrecarregando equipe e prejudicando  sobremaneira serviços de assistência à saúde da população.
– Desmonte e/ou prejuÃzos aos serviços de apoio da Secretaria Municipal de Saúde como, por exemplo: gestão de pessoas, central de armazenamento da farmácia (CAF), setor de compras, serviços e manutenção, setor de transporte, ambulatório de feridas, Programa de oxigênioterapia domiciliar e Programa de Atenção à Pessoa Ostomizada. Estes desmontes ou prejuÃzos aos serviços vêm ocorrendo sem causas ou justificativas legÃtimas (técnicas e legais) e sim por perseguição PolÃtico Partidário velado. Em muitos dos casos os profissionais são retirados sem possibilidade de treinar outros para sua função, ou sequer são substituÃdos, novamente trazendo sobrecarga e déficit na qualidade dos trabalhos prestados à população mafrense.
– Nomeação de secretário de Saúde sem formação e conhecimento de gestão pública e Sistema único de Saúde, que utiliza como principal método de trabalho retirar profissionais capacitados de seus postos de trabalho e realizar desmonte de serviços a mando de prefeito, atendendo a caprichos e demandas polÃticos partidárias, porque até o momento não foi informado à s claras e com embasamentos técnicos e legais.
– Déficit de comunicação e transparência na manipulação de processos internos, onde os profissionais que compreendem a força de trabalho do SUS de Mafra percebem ações e movimentação nos setores que atuam e nos processos de trabalho após estes já estarem acontecendo, instituÃdos de forma vertical, sem tempo para se organizarem e contribuÃrem com os processos.
– Falta de respeito aos profissionais que atuam na área da saúde, que se encontra em número reduzido em algumas categorias, sem treinamentos especÃficos para a ampliação da demanda atual (pessoas com sequelas de COVID-19, pessoas com sofrimento mental, pessoas graves buscando atendimento nas unidades de saúde, com receio de procurar a UPA), ausência de processo seletivo, concurso público para reposição ou até contratação emergencial, levando os profissionais a necessidade de realização horas extras e sobreavisos para manter serviços funcionando, trabalhando sem presença de enfermeiros em algumas unidades, porque estes estão em desvio de função nos serviços de PoliclÃnica Municipal e UPA, além da presença de uma expressiva classe profissional de técnicos de enfermagem com salários defasados e assim como os demais profissionais com responsabilidades intensas e nobres como por exemplo Campanha de vacinas, unidades abertas até as 21h, manutenção de todos os atendimentos com eficiência para contribuir com a manutenção da saúde e da qualidade de vida da população.
Atenciosamente
Grupo de Profissionais da Saúde
Lucas Barbosa