A Petrobras anunciou nesta segunda-feira que elevará o preço médio do diesel em 3,7% e o da gasolina em 6,3%, na primeira alta de valores desses combustíveis realizada pela gestão do presidente-executivo Joaquim Silva e Luna.
O preço médio do diesel a distribuidoras subirá 10 centavos, para 2,81 reais por litro, enquanto a gasolina terá alta de 16 centavos, para 2,69 reais por litro, “acompanhando a elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e derivados”, disse a Petrobras em nota.
Já o preço médio de venda de GLP, o chamado gás de cozinha, passará a ser de 3,60 real por kg, refletindo um aumento médio de 20 centavos por kg para as distribuidoras, disse a companhia em nota.
No acumulado do ano, o diesel da Petrobras subiu cerca de 40% enquanto a gasolina avançou 46%. Já o petróleo Brent acumula alta de cerca de 50%. Em audiência na Câmara no mês passado, Luna disse que Petrobras estava conseguindo absorver a alta recente do petróleo em meio a uma queda na cotação do dólar frente ao real, outro parâmetro utilizado pela estatal para definir a paridade com o mercado externo.
Mesmo com o aumento, a Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que a defasagem do diesel ante a paridade de importação é de 9 centavos, enquanto a da gasolina está de 19 centavos. “Apesar de ainda existirem defasagens, em relação as PPIs que calculamos, o anúncio feito pela Petrobras sinaliza que está buscando seguir a paridade internacional”, disse o presidente da Abicom, Sérgio Araújo.
Já o preço médio de venda de GLP, o chamado gás de cozinha, passará a ser de 3,60 real por kg, refletindo um aumento médio de 20 centavos por kg para as distribuidoras, disse a companhia em nota.
Desde que Luna assumiu a presidência da empresa, em 19 de abril, a estatal havia realizado duas reduções de preços na gasolina e uma no diesel.
Em 11 de junho, anunciou uma redução de cerca de 2% no valor da gasolina.
Em 30 de abril, divulgou redução de 2% no diesel e na gasolina.
Luna substituiu Roberto Castello Branco, quedeixou a empresa devido a descontentamento de Jair Bolsonaro commudanças mais frequentes nas cotações efetuadas pelaadministração anterior.
Em nota, a gestão Luna reforçou que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais.
“Os preços praticados pela Petrobras seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, disse a companhia, ressaltando que o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento.
O repasse dos reajustes da Petrobras aos consumidores finais nos postos não é garantido nem imediato e depende de uma série de questões, como impostos, margens de distribuição e revenda além de misturas de biocombustíveis.
Fonte: Portal Terra