Na noite desta terça-feira (14), haverá a chamada Superlua de Morango, que nada mais é que uma Lua Cheia, o que faz com que nosso satélite apareça maior e mais brilhante no céu. A referência ao “Morango” no nome não tem relação com a cor ou o formato da fruta. Tem a ver como os povos nativos norte-americanos chamavam a Lua cheia de junho, mês em que o fruto amadurece no Hemisfério Norte.
Aqui no Brasil, com as estações invertidas em relação ao hemisfério norte, a maioria desses nomes não faz sentido — acabamos de iniciar o inverno. De qualquer forma, são metáforas.
Como observar a Superlua de Morango Nesta terça (14), a Lua vai nascer por volta das 17h40 (horário de BrasÃlia), logo após o pôr do Sol, na direção leste (lado oposto ao que o Sol se puser), e será visÃvel durante toda a noite.
O melhor horário para observar é durante a primeira hora após o nascimento, pois ela pode mostrar belas variações de tonalidade, amarelada, alaranjada ou até mesmo avermelhada, devido à interação com a atmosfera.
Além disso, com os referenciais terrestres, temos a impressão de que ela está ainda maior, rendendo belas fotos. O dia seguinte também é uma ótima oportunidade de observação.
A segunda e última superlua de 2022 acontece já no mês que vem, em 13 de julho, chamada de “dos Cervos” em tradições do hemisfério do Norte, pois é a época em que a galhada destes animais se regenera.
Por que existem superluas?
Uma superlua acontece quando a fase da Lua cheia coincide ou é bem próxima ao momento do perigeu da Lua em relação à Terra — o momento em que elas estão mais próximas naquele mês.
Isso acontece, pois a órbita da Lua ao redor da Terra — bem como as dos planetas ao redor do Sol — não é um cÃrculo perfeito, mas sim uma elipse (um cÃrculo um pouco achatado). Por isso, ela se afasta e se aproxima de nosso planeta durante sua movimentação pelo universo. O ponto mais distante é chamado de apogeu; o mais próximo, perigeu.
Então temos um alinhamento triplo: de um lado da Terra, o Sol; do lado oposto, a Lua, mais próxima. Isso faz com que ela apareça até 15% maior e 30% mais brilhante. A diferença, contudo, não é tão perceptÃvel ao olho humano, até porque não temos como compará-la à s anteriores no momento da observação.
Isto pode ocorrer em qualquer uma das fases; se coincide com a Lua cheia, temos a chamada superlua — um termo controverso. Alguns astrônomos consideram o termo um exagero, pois apenas com instrumentos e telescópios, ou comparando com fotografias, dá para notar alguma diferença.
Fonte: UOL