O Livro, um filme poético sobre a solidão

Por Assessoria - 23/02/2016

Por Ana Paula Cardoso

Quantas vezes perdemos por medo de tentar?

O filme “O Livro”, escrito e dirigido por Jr. Pereira, retrata a história de um casal onde os dois são vizinhos, trabalham no mesmo emprego, vivem solitários e são apaixonados um pelo outro, mas não assumem esta paixão. Um filme poético onde um dos maiores medos dos seres humanos (a solidão), é discutido de uma forma romântica e tem como cenário as cidades de Rio Negro-PR e Mafra-SC.

Jr. Pereira, cineasta paulistano (quase curitibano como ele mesmo diz), que permeia pelo mundo das artes, além de assinar a direção musical de vários musicais de sucesso nacional como “Cantar e Viver o Brasil” – que ficou em cartaz durante 4 anos e passou por todas as capitais do país, Jr Pereira também ministra aulas na Cena Hum Academia de Artes Cênicas (considerada uma das mais importantes academias de Artes Cênicas do Brasil), tem um livro lançado, assinou a produção de diversos cds, trabalhou em vários projetos cinematográficos como séries para tv, vídeo clipes e comerciais.

Encontro Jr Pereira na varanda do seu escritório em Curitiba-PR, onde gentilmente nos recebe e em entrevista a nossa redação Jr Pereira conta sobre seu novo trabalho o filme “O Livro”.

Jr, no mundo das artes você é conhecido como um artista multifuncional que permeia por vários nichos da arte – cinema, artes cênicas, música, literatura… Poderíamos te chamar de camaleão da arte?

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Jr: (rindo), acredito que sim. Porque o Camaleão muda de cor conforme a necessidade, porém é sempre o mesmo animal com o mesmo comportamento. Sou um artista que amo o cinema, a música, o teatro, a literatura, a dança, as artes plásticas… Na verdade todos os tipos de arte. A arte me alimenta e me faz enxergar o mundo com outros olhos, me faz bem e faz com que eu faça o bem as outras pessoas. Por mim faria todos os tipos de arte, porém sou péssimo em artes plásticas, só danço dança de salão… Então escolhi coisas que acredito que eu faço bem.

Falando agora sobre o seu mais novo trabalho o filme “O Livro”, eu gostaria de saber como foi que aconteceu a escolha das cidades de Rio Negro e Mafra para rodar este filme?

Jr: Então, sou muito visual com os trabalhos que eu rodo. Quando escrevi o roteiro deste filme, imaginei um cenário que misturasse o bucólico com o urbano. Em uma das reuniões de pré-produção, os produtores me apresentaram algumas fotos e entre elas vi uma foto de uma ponte de ferro iluminada, linda. Perguntei que lugar era aquele e me responderam dizendo que era na divisa entre Rio Negro e Mafra. Fui pesquisar outras fotos e foi amor a primeira vista. Como o filme tem esta estética romântica, acabei me apaixonando pelas locações de onde vai ser filmado.

Seus trabalhos tem uma linguagem que misturam o pop, o romântico e o cotidiano de uma maneira muito forte, de onde vem essas inspirações?

Jr: (rindo) Eu não tinha pensado nisso, nessa proposta de mistura (pausa, olha para longe e volta a falar). É uma boa proposta ou ainda definição para o meu trabalho. Como viajo muito a trabalho e sempre estou em contato com várias pessoas, minha fonte de inspiração vem daí. Relatos de histórias, paisagens diferentes, a própria vida me estimula a isso e eu apenas a retrato. Acredito que mesmo nos dias atuais as pessoas possuem este lado que tentam esconder e na minha função de artista, tento mostrar. Como eu sempre digo: o cinema usa de mentiras para mostrar verdades.

Sobre o filme o Livro. Este é um trabalho que está sendo desenvolvido através de uma plataforma Crowndfunding. Por que você escolheu não desenvolver através das leis de incentivos fiscais, já que existem tantas leis de incentivo por aí?

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Jr: Então o primeiro passo é entender o que é o Crowndfunding que ainda é desconhecido por muitas pessoas. Esta plataforma é chamada de financiamento coletivo. Uma prática realizada com sucesso desde 2006 (se eu não me engano), nos Estados Unidos e que a uns 4 ou 5 anos entrou e ganha força no Brasil. Os projetos se inscrevem, é criada uma página e nessa página são dispostos valores de R$10,00 ao valor total do projeto. As pessoas escolhem o valor que podem contribuir e para cada valor recebem uma recompensa que é desenvolvida exclusivamente para aquele contribuinte.

A escolha do financiamento Crowndfunding, é mais para mostrar as pessoas e as empresas, que é possível elas contribuírem com projetos culturais (assim como um filme que tem custos muito alto para ser rodado), ajudando assim no fomento e desenvolvimento de produções de qualidade em nosso país. Já participei de vários projetos via lei de incentivo, o que te “suga” uma boa quantidade de tempo somente assinando e assinando muitos papéis para serem julgados muitas vezes não pelo mérito artístico, mas pelo mérito de quem marca mais pontos mandando mais papéis e escrevendo o que a banca julgadora cada qual com sua visão, quer ler. Daí penso: Se lá fora é possível, porque aqui em um país onde a cultura sai pelos poros não? Tanto é que conseguimos reunir um time de primeira linha, excelentes profissionais para rodar este filme em parceria com a In Live uma agência de marketing cultural e com minha nova produtora a Hemisfério Filmes.

Tentamos enxugar ao máximo o orçamento que é sincero e se encontra em nossa página, pagando de nosso bolso como investimento o cachê de toda equipe e destinando a ajudada página de contribuição para equipamentos, viagem da equipe, estadia, alimentação…

Após o filme pronto, qual o destino dele?

Bom, preciso antes ressaltar que o filme só vai conseguir ser rodado se obtivermos sucesso na campanha em nossa página, ou ainda se as pessoas e empresas entrarem e contribuírem, pois como eu disse, um filme demanda de um bom investimento para ser rodado. Fora isso, com o filme pronto, ele será inscrito nos principais festivais internacionais de cinema tais como: Cannes na França, Internationale Filmfestspiele Berlin na Alemanha, International Film Festival Rotterdam nos países Baixos, Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica na Itália, Festival del film Locarno na Suíça, entre outros. Assim como nos principais festivais de Cinema do nosso país como Gramado, Festival do Recife, Olhar de Cinema de Curitiba, Festival do Rio de Janeiro… entre outros.

E por que não o Oscar?

Sim tudo é possível! Por que Não? O filme do Alê Abreu “O menino e o mundo”, que está concorrendo ao Oscar este ano, foi financiado quase da mesma maneira que estamos fazendo com este filme. E veja se eu não me engano o orçamento do Alê para a produção que ele dirigiu, foi um orçamento baixo de R$500.000,00 (quinhentos mil reais), e ele conseguiu! O nosso orçamento total de produção é de R$73.000,00 (setenta e três mil reais), estamos bancando a metade e esperando que as empresas e pessoas nos ajudem a bancar a outra que são R$35.971,00 (trinta e cinco mil, novecentos setenta e um reais), assim como ocorreu com Alê que conseguiu bancar a produção quase inteira com ajuda das pessoas e empresas. Fora tudo isso, é uma porta escancarada do Brasil lá fora, somos nós “impondo” respeito e mostrando que fazemos cinema e arte de qualidade em nosso país, levando o nome do Brasil, das cidades onde foi produzido e consequentemente de todas as pessoas, empresas e organizações que nos ajudam junto.

Eu li o roteiro e a sinopse do filme e não posso negar que fiquei emocionada. Se tratando de um financiamento coletivo, quero saber como fazer para ajudar?

É simples tanto para as pessoas quanto para as empresas, a primeira coisa é você clicar no link da nossa página no Kickante onde você verá tudo detalhadamente sobre este nosso projeto, nosso orçamento, alguns vídeos, a equipe, as recompensas pela ajuda. Em seguida você clica escolhendo com quanto irá contribuir. No próprio site aparecerá se você deseja pagar com cartão de crédito ou boleto. Escolhendo a sua opção o site te dará todas as indicações de como proceder. Ainda esta página permite que acima de R$50,00 (cinquenta reais), você pode parcelar em até 6 vezes. O site é seguro para pagamento e lá você poderá ver que vários projetos de sucesso já conseguiram o financiamento coletivo até ultrapassando as metas. Então vale a pena porque a única lei de incentivo que contamos, são vocês. Fora isso curtam nossa página no facebook “O Livro” e nos ajudem a divulgar para que consigamos rodar este filme e contar esta bela história sobre a solidão.

Contribua, conheça e fique por dentro do filme “O Livro” na página oficial: http://www.kickante.com.br/campanhas/o-livro-curta-metragem-filme-campanha

O Livro, um filme poético sobre a solidão

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1 COMENTÁRIO

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  1. ADMIRO MUITO A DEDICAÇÃO DE JUNIOR PEREIRA, ELE NASCEU COM ESTA VOCAÇÃO DE AMOR A ARTE. DESDE DE 2 ANOS DE IDADE ELE SE REVELOU EM UM TEATRO DA ESCOLINHA CUJO O NOME ERA CHAPEUZINHO VERMELHO NA CIDADE DE TUPÃ ESTADO DE SÃO PAULO QUE IRIA SE DEDICAR A ARTE PARA SEMPRE, PARA MIM COMO MÃE NÃO FOI FÁCIL PORQUE SABIA QUE ELE IRIA LUTAR MUITO PELO SEU AMOR E VOCAÇÃO A ARTE. MAS FOI EM -VÃO DIZER ;- NÃO! PARTE PARA OUTRA E DEIXE ISTO. LUTEI MUITO PARA TIRAR ESTA DEDICAÇÃO DE AMOR A ARTE, MÚSICA E TEATRO .MAS HOJE VI QUE É A VIDA DELE ,POIS APRENDI ,APRENDO E SEI QUE AINDA VOU APRENDER MUITO COM ESTE ARTISTA EM TODOS OS SENTIDOS. ELE NÃO FEZ MESTRADO, NEM DOUTORADO, MAS TENHO CERTEZA QUE COLOCA MUITOS AOS SEUS PÉS, COM QUE ELE SABE E FAZ, COM VERDADEIRO AMOR.É CULTO E SÓ DISCUTE ALGO QUE SABE ,NUNCA DA UM PARECER EM QUALQUER SITUAÇÃO SÓ POR DAR , ALÉM DE DEDICAÇÃO AO TRABALHO ELE LÊ MUITO, DESDE JORNAIS ATUAIS A LIVROS HISTÓRICOS DOS TEMPOS BEM REMOTOS.AGRADEÇO DE CORAÇÃO A TODA A EQUIPE QUE DE UMA MANEIRA OU DE OUTRA COLABORAM PARA QUE ESTA ARTE SEJA MOSTRADA E SENTIDA POR VÁRIAS PESSOAS. AMAR A ARTE E VIVER PELA ARTE É UM PRIVILÉGIO DE POUCOS, É SER COMO UMA ARANHA QUE TECE SUA TEIA SEM SE PREOCUPAR COM O VENTO ,CHUVA OU O SOL ESCALDANTE,SABENDO QUE MUITAS VEZES TEM QUE FAZER OU REFAZER SUA TEIA TODOS OS DIAS. DESCULPE PELO LONGO COMENTÁRIO. É QUE SOU A MÃE DO JUNIOR ,QUE O QUE MAIS QUER É VER O SONHO DE SEU PRIMOGÊNITO REALIZADO. ABRAÇOS E GRATA PELA ATENÇÃO.

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