População reclama do trânsito e da falta de organização nas ruas de Riomafra

Com o retorno da atividade escolar o trânsito nas cidades obteve um aumento considerável de fluxo nos horários de pico, embora ainda não enfrentemos problemas como congestionamentos intensos da mesma maneira que grandes cidades, porém nas devidas proporções a situação é grave. O tempo que a população riomafrense perde no trânsito tem gerado reclamações constantes. Faltam investimentos e demora em colocar projetos na prática. A população reclama também, pela falta de organização no trafego, fazendo com que aumente o congestionamento e acidentes causados no trânsito.

Para atravessar a ponte Rodrigo Ajace que liga Riomafra em horários de pico, a população precisa estar preparada para enfrentar as filas até chegar aonde deseja. São vários minutos parados até que comece a “andar”, fora a confusão que os motoristas fazem sentido Rio Negro à Mafra para entrarem na ponte e depois, quando chegam ao centro. Houve relatos de acadêmicos da UnC que depende o dia levam, até 30 minutos de Rio Negro até a universidade. Muitos já estão vindo pela BR-116, onde o risco é maior, porém o percurso é muito mais rápido.

Além disso, os motoristas precisam dar a volta na Prefeitura de Mafra e descer a rua do Bradesco para poder ir ao centro, local onde tem grandes possibilidades de acidentes, matéria que já foi publicada pela Gazeta pedindo melhorias e mudança no trânsito.

Uma solução viável para desafogar um pouco o fluxo de veículos na cabeceira da ponte Rodrigo Ajace no lado de Mafra seria a pavimentação da rua Benemérito Pedro Kuss que passa debaixo da ponte, onde os motoristas poderiam desviar todo trânsito no local saindo próximo a Prefeitura.

Também se questiona a retirada da Prefeitura do local, onde diminuiria o fluxo de veículos e aumentaria as vagas de estacionamento na área central.

Outro local que tem grande fluxo de carros é no Jardim Moinho, próximo às 19h, aonde os acadêmicos vão para a Universidade e ficam presos no trânsito, dificultando a passagem de motoristas que vão para outros lugares também.

Já no bairro Vila Nova é outro local que recebe muitas reclamações devido ao aumento intenso de veículos e as ruas estreitas que dificultam a passagem, principalmente quando existem carros estacionados nas laterais, fazendo com que, o motorista precise aguardar o outro passar para não colidir com o mesmo.

Acidentes são constantes na esquina do Supermercado Mig, e quase impossível atravessar aquela esquina em horários de pico. A solução apontada seria asfaltar aquela via (Gustavo Friedrich) e torna-la mão única.

O centro de Rio Negro também é um dos locais mais caóticos no município, já que os motoristas ficam presos no trânsito e não tem alternativas para acelerar a movimentação, ou sequer outra alternativa. Reclamam principalmente na rua XV de Novembro onde deveria poder dobrar na Nicolau Bley Neto (lotérica), porém são obrigados a passarem por frente a igreja, quando se se quer voltar para o centro ou ir em direção a Mafra.

Outro problema grave é com relação aos estacionamentos públicos, os motoristas encontram grande dificuldade em estacionar o seu veículo, pois, não há vagas e não existem estacionamentos rotativos nos municípios a fim de intensificar e diversificar a utilização de vagas de estacionamento localizadas na região. Eles apontam o estacionamento para utilização dos bancos, os mais deficientes da cidade, já que a população necessita dos serviços e muitas vezes não conseguem chegar ao local, já que não encontram lugares para pararem seus veículos.

Sugestões também já foram apresentadas para melhoria do trânsito em nossa cidade, como por exemplo, a implementação de ciclovias e ciclofaixas para estimular o deslocamento por bicicletas, especialmente para pequenos e médios percursos realizados não apenas aos finais de semana, mas principalmente no dia-a-dia.

Instalar equipamentos apropriados para o acesso a cadeirantes; e obviamente, melhorar as demais características do transporte coletivo, tais como área de abrangência, frequência, pontualidade, qualidade dos locais de embarque, proximidade a serviços complementares, além de fiscalizações diárias para infratores.

Estacionamento rotativo

Nossa reportagem entrou em contato com o secretário de obras de Rio Negro e o mesmo disse que os estudos realizados para o trânsito do município foram concluídos, facilitando o acesso da população na cidade. Dentre as obras, ele menciona a retirada de canteiros que bloqueavam o tráfego, além de ruas com sentido único, que passaram a ser mão dupla. Ele comenta também, que os comerciantes estão buscando lugares com menos movimento, intensificando o comércio próximo ao centro e que os próprios comerciantes e funcionários tiram as vagas dos clientes estacionando os seus veículos em frente ou próximos aos seus estabelecimentos.

Já em Mafra, o estacionamento rotativo está entre os planejamentos para ser executado brevemente, o qual já possui a aprovação para o desenvolvimento do mesmo há mais de um ano pela Câmara de Vereadores. O projeto deverá ter andamento no próximo mês, onde serão analisadas formas de implementação e contratações necessárias para a proposta. Para a implantação do estacionamento rotativo o município precisa primeiramente municipalizar o trânsito, algo complexo e demorado, onde também a necessidade de formar a guarda municipal.

Terceira ponte

Projetos já foram mencionados e protocolados na Câmara de Vereadores, como por exemplo, o projeto da terceira ponte, já que a ponte coronel Rodrigo Ajace suporta todo o tráfego entre os centros das duas cidades. O assunto já vem sendo abordado há anos, porém, este projeto não sai do papel. Houve no final de 2013 um protocolo de intenções assinado pelos dois prefeitos Eto Scholze e Milton Paizani que parece ter sido esquecido.

Não há outra forma de amenizar a situação do trânsito entre as duas cidades se uma terceira ponte não for construída em breve, pois o fluxo é muito grande, aumentando consideravelmente dia a após dia.