Quem sofre de zumbido, um sintoma incômodo gerado por um distúrbio na via auditiva, já tem opções de tratamento. Até pouco tempo, quem estava acometido desse mal, ou tinha de se acostumar com o problema, ou torcer para que ele desaparecesse. Hoje, a ciência desenvolveu-se bastante nessa área, propiciando tratamentos que podem até fazer com que o barulho se torne imperceptÃvel.
Cerca de 20% da população mundial sofre desse distúrbio, “barulhos†nos ouvidos ou na cabeça que podem ser percebidos como um chiado, assobio ou apito, e que não são causados por uma fonte externa. A manifestação está relacionada a problemas da vida moderna, como estresse, hipertensão, exposição crônica a ruÃdos, fadiga, depressão e ansiedade. Embora seja mais frequente em idosos, sabe-se que ele pode ocorrer em qualquer idade, incluindo as crianças. Em 80% dos casos, no entanto, o ruÃdo não influencia o cotidiano dessas pessoas.
Apesar da existência de diversas teorias sobre os motivos do aparecimento do zumbido, sua origem ainda é assunto controverso. Algumas causas estão relacionadas a doenças do próprio ouvido (infecções, deficiência auditiva), trauma craniano, medicamentos ototóxicos (aspirina, outros anti-inflamatórios, antibióticos e diuréticos), anemia, diabetes, outras desordens metabólicas envolvendo triglicérides, colesterol, hormônios tireoideanos, disfunção da articulação têmporo-mandibular e até tumores.
Para os especialistas, o zumbido está relacionado com a perda de audição; cerca de 90% das pessoas apresentam os dois sintomas simultaneamente. O zumbido é um ritmo mais acelerado de disparos elétricos no ouvido. Quando há perda de audição, o ouvido tenta compensar isso com um ritmo mais veloz dos disparos, ocasionando o problema.
Hoje já existe tratamento para a doença. Desde uma alimentação mais equilibrada, evitando excesso de açúcar, até o uso de medicamentos, aparelhos auditivos e tratamentos mais especÃficos.
Quem sofre desse tipo de distúrbio deve procurar um otorrinolaringologista para uma avaliação médica e a realização de um exame audiométrico. O zumbido pode piorar com a exposição frequente a sons intensos, consumo de álcool, cafeÃna, nicotina e situações de estresse. Quando a causa do ruÃdo não é identificada, o otorrinolaringologista pode lançar mão do tratamento de habituação, onde ele vai tentar bloquear as mensagens do zumbido enviadas ao cérebro, tornando o fenômeno imperceptÃvel.
Os sintomas iniciais da perda auditiva induzida por ruÃdo são sutis, começando, na maioria dos casos, pelas frequências agudas. Consequentemente muitos indivÃduos não percebem que apresentam uma perda auditiva induzida por ruÃdo, pois todas as outras frequências sonoras estão dentro da normalidade, e continuam se expondo a ele por falta de orientação ou conhecimento.
Ao contrário do que muitos imaginam, a exposição a sons intensos não atinge somente profissionais que trabalham em locais com elevado nÃvel de ruÃdo, como indústrias ou aeroportos, mas pode acontecer numa variedade de situações, comuns no cotidiano da maioria das pessoas.