Secretária de Educação faz pronunciamento sobre pagamento de prêmio assiduidade aos professores

Por Gazeta de Itaiópolis - 28/05/2016

Nos últimos dias, o pronunciamento da professora e secretária de educação na Câmara de Vereadores de Itaiópolis, causou grande repercussão quando a mesma disse não concordar com o pagamento de prêmio assiduidade e progressão funcional dos profissionais do magistério a uma pesquisa realizada aos vereadores.

Nos bastidores políticos, muitos comentários de que a professora deu um tiro no próprio pé quanto ao seu pronunciamento, já que poderia causar constrangimento ao professores municipais por não retratar fielmente a expressão da verdade quando afirma ter feito apenas uma pesquisa relativa, segundo informações.

Com isso, a secretária de educação esteve presente na sessão ordinária da Câmara de Vereadores em Itaiópolis, e utilizou o seu tempo para que pudesse esclarecer eventuais dúvidas quanto a sua fala. A mesma diz que jamais tentaria prejudicar os profissionais da educação, porém, mostrou a sua opinião frente à pesquisa que estava sendo realizada, ressaltando que as medidas tomadas foram feitas com cautela: “Eu nunca ia querer prejudicar vocês, professores. Se quisesse fazer isso, estaria me prejudicando também, a única medida que tomei foi cautela.” – disse.

Ela comenta ainda que, o Fundeb – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação repassa ao município cerca de 700 mil para ser aplicado na educação por mês, porém, muitas vezes não é o necessário para diversos gastos que existem, sendo aplicado deste valor, cerca de 60% aos profissionais da educação e outros 40% em demais projetos e despesas que a educação possui. A secretária comenta ainda, que este ano os professores receberam um reajuste no total de 11,36% em seus salários, sendo necessário maior cuidado frente a questão financeira do município, em relação a gastos e despesas.

Diante disto, a secretária diz não ver necessidade no pagamento de assiduidade aos professores, por exemplo, sendo considerado um valor desnecessário frente à atual situação financeira do município. “Pra mim é vergonhoso ganhar um prêmio pra não faltar no trabalho. Deveria existir um prêmio quanto ao desempenho do professor com o aluno, aí sim é digno. Sou professora, sei quanto um professor merece, mas receber por não faltar no trabalho é algo que não vejo necessidade, é questão de responsabilidade com a profissão” – ressalta.

Além disso, a secretária comenta que o município não possui condições para este tipo de pagamento “ninguém deve ficar sem pagamento, mas conceder tudo para ser bonzinho e não dar conta de pagar depois, também não tem como, devemos agir com cautela” – disse. Comenta também, que sua preocupação é em relação ao percentual que aumenta a cada ano, gerando mais gastos, sendo que a arrecadação mensal para a educação não tem aumentado.

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A mesma diz ainda que não irá tomar providências quanto ao caso, mas deixa claro a sua insatisfação com o modelo adotado aos professores. “Não vamos tirar, sou contra, mas não tenho este direito. Porém, durante todos os anos que exerci a profissão de professora, nunca precisei me incomodar com este tipo de coisa, não concordo em receber para não faltar no trabalho” – relata.

Outro comentário que foi feito, é em relação aos valores que os professores estarão recebendo das horas-atividade, o qual não haviam recebido desde 2012, sendo este um direito do professor. “Cada professor vai receber todas as aulas de 2012 a 2015 que tinham direito e não receberam. Com isso, serão aproximadamente (R$ 1.200.000,00) um milhão e duzentos mil reais que serão tirados dos cofres públicos” – disse. Ela comenta que será realizado um acordo individual com cada professor, onde terá um aumento de aproximadamente R$ 500 mensais na folha de pagamento de alguns professores, de acordo com as aulas não recebidas. Este valor retirado do cofre público será parcelado em 60 vezes. “Hora atividade é direito dos professores, o piso é estipulado a cada município, de acordo com a arrecadação.” – conclui.

O assunto ainda continua gerando polêmica e desdobramentos no meio acadêmico e novas repercussões virão.

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