Vereadora de Campo do Tenente ocupa cargo com menor votação da história política brasileira

Por Gazeta de Riomafra - 18/06/2016

SONY DSCCampo do Tenente com cerca de 7.600 mil habitantes e aproximadamente 6.100 eleitores, viveu mais um fato politicamente inusitado, quando nesta última semana, quando a suplente de vereadora Cleide Mari Muller, com apenas10 votos tomou posse no cargo na Câmara de Vereadores.

A Justiça Eleitoral declarou a perda do mandato do vereador Oseias Lazarino, de Campo do Tenente, região metropolitana de Curitiba. Aos 55 anos de emancipação política, o município vive momentos de turbulência política, sendo destacada pela posse de uma suplente de vereadora.

O mandato de Oseias foi cassado devido à infidelidade partidária, onde o qual era do partido PT, se coligou ao partido PPS, sendo realizado um requerimento com o pedido do preenchimento do cargo vago no legislativo municipal.

Com isso, o cargo deveria ser preenchido por ordem, de acordo com a votação de suplente. O primeiro suplente, se fosse da coligação, seria Amauri Bauer (99 votos), mas como a cassação ocorreu por infidelidade partidária, o próximo mais votado seria Terezinha Werner (31 votos), seguida por Airton Portella (20 votos), no entanto por motivos de desfiliação partidária, ambos perderam o direito à vaga.

Porém, a suplente vereadora Cleide Mari Muller, que assumiu a cadeira no legislativo recebeu apenas 10 votos, sendo considerada a menor votação na história política do país. Segundo informações, o cargo poderia ser preenchido caso a votação fosse igual ou superior a 10% do total de munícipes que realizam o voto na cidade. Em Campo do Tenente, a suplente deveria ter recebido aproximadamente 57 votos para ocupação da cadeira, sendo este, considerado um caso inusitado na política brasileira.

Em contato com a Câmara de Vereadores, os mesmos disseram que a vaga havia sido preenchida por Amauri Bauer, coligado ao PT, o qual obteve 99 votos, sendo considerado o mais apto a ocupar a cadeira. Após isso, a vereadora Cleide fez um requerimento solicitando a vaga e afirmando que esta ocupação seria dela, já que a lei sobre os 10% não se aplicaria ao caso da mesma, o caso foi parar na Justiça Eleitoral na comarca de Rio Negro. A Câmara de Vereadores, então, aceitou o requerimento da mesma, onde Cleide ocupou a cadeira na sessão da última terça-feira.

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Supõe-se que a pequena quantidade de votos depositadas em Cleide se deve a mesma ter se desinteressada pela campanha durante as eleições e o partido não ter retirado sua candidatura junto TRE. Informação está não confirmada oficialmente, pois nossa equipe de reportagem não conseguiu contado a nova vereadora até o fechamento desta edição, para reportar o que oficialmente ocorreu.

O processo de julgamento à Oseias Lazarino sobre a sua cassação ainda está transitando com um recurso perante o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde há possibilidades do julgamento ser anulado e Oseias retomar ao seu cargo anterior.

Cogita-se até a possibilidade do caso ir parar no livro dos recordes “Guinness Book”, visto que até hoje, não se tem relatos no Brasil ou até mesmo no mundo, de que algum parlamentar tenha sido empossado com tão pequena quantidade de sufrágios popular em disputas eleitorais recentes.

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