Aconteceu na última terça e quarta-feira, dias 28 e 29 de junho, a votação em prol da redução de subsídios dos vereadores para próxima legislatura de 2017 a 2020. Conforme constava na matéria anterior da Gazeta, a votação ocorreria provavelmente na 2ª quinzena do mês de julho, porém, foi adiada para este dia, talvez com o intuito de não dar tempo da sociedade se mobilizar no sentido da redução salarial, acredita o movimento. Foi protocolado na Câmara municipal um ofício no dia 22 de junho comunicando o início do movimento e solicitado o uso da tribuna, quando foi reiterado verbalmente que não havia data definida para a votação e seria futuramente.
Na terça-feira dia 28, ao final da manhã, o movimento recebeu um comunicado da Câmara de Vereadores que a 1ª votação ocorreria nesta data e havia 30 minutos para confirmar o uso da Tribuna da Casa. No dia 29, quarta-feira, seria a 2ª votação em sessão extraordinária. O argumento exposto na 1ª sessão foi à recomendação do Tribunal de Contas sobre o prazo de votação.
Compareceram então na sessão integrantes do movimento e populares, fazendo o uso da palavra aos vereadores, colocando os objetivos e motivos da solicitação da redução dos salários para o próximo ano a valores similares a dois salários mínimos, ficando aproximadamente entre R$ 1.800,00 e R$ 1.900,00.
Entre os argumentos expostos destacou-se o atual valor de R$ 6.066,54 se comparado a média salarial e per capita de nossa cidade ou salário dos vereadores de outros municípios que, mesmo sendo este valor legal perante a legislação, pode ser considerado como “pouco moral” devido à atual crise que assola a economia de nosso país. Foi comentado ainda, que o salário de um professor 20h tem como salário aproximadamente R$ 1.075,00 a R$ 1.300,00 ou excelentes médicos da cidade que tem salários em torno de três a quatro mil reais meses, segundo o portal da transparência.
Como argumento, o movimento falou sobre a necessidade de redução de gastos no legislativo para que as verbas retornem ao município e sejam revertidas em prol da população, sendo que se daria na ordem aproximada em R$ 1.800 milhões nos próximos quatro anos, já que nos últimos três anos, nem maternidade se tem mais no município.
Além disso, os representantes do movimento disseram ainda, que vereador não é profissão e sim um “exercício de cidadania”, ou pelo menos deveria ser, solicitando desta forma, que os mesmos não decepcionassem os eleitores que ali os colocaram e votassem pela redução dos valores por vontade própria e não por pressão popular. “Se coloquem como cidadãos e não entes políticos neste momento, e entendam todas as reivindicações e sua coerência com o atual momento econômico” – disse um dos organizadores.
Como argumentos morais finais utilizaram as citações do apóstolo Paulo de Tarso que pregava: “O pior do homem público é quando ele sempre opta pela conveniência, sacrificando a coerência” e a citação de um autor desconhecido “Querer fazer política é, antes de tudo, abdicar de projetos somente pessoais em prol de servir ao público. De desejar, a partir da participação efetiva, influenciar na construção do destino de todos.”
Mesmo após todos estes argumentos, todos os vereadores presentes votaram por unanimidade em manter o valor de R$ 6.066,54, sem argumentar ou justificar quais motivos os levavam a esta decisão.
Já no dia 29 quarta-feira, sessão que durou aproximadamente cinco minutos, novamente todos os vereadores presentes votaram pela aprovação, da mesma forma sem justificar ou argumentar os motivos de não optarem pela redução dos valores dos salários da próxima legislatura o que causou grande indignação e decepção da maioria do público presente na sessão da Câmara.
Os vereadores Nilson Paizani e Landivo não estiveram presentes nas duas sessões, porém o presidente da Câmara justificou a ausência dos mesmos por estarem em atestado médico familiar/pessoal. Apesar disto, após alguns minutos do término da sessão extraordinária, o vereador Landivo parou próximo ao edifício da Câmara, desceu de seu veículo e foi falar com um funcionário da Câmara, permanecendo poucos minutos (na rua) e depois se retirou, segundo informações dos manifestantes.
O movimento “Rio Negro é de Todos” ainda acredita e continuará a buscar meios legais para solicitar a redução dos Salários dos vereadores, coletando assim assinaturas em lista de apoiamento – abaixo assinado – para entregar aos vereadores e comprovar a vontade dos cidadãos de nossa cidade.
Além das listas existentes com os integrantes do movimento, existem listas nos seguintes locais a partir deste final de semana: Ecoprint (ao lado lotérica de Rio Negro), panificadora Requinte (ao lado Sanepar), além de serem coletadas assinaturas na praça João Pessoa, na feira da Lua, a partir das 17h30min.
Se quer que a sua vontade tenha adeptos, entre em um partido politico, candidate-se, faça a democracia funcionar participando.
Claro que não iriam aprovar… e estes que estavam ausentes, foi planejado, para poder dizer aos seus eleitores que eles não estavam lá para votar…
Bom pessoal, vocês estão vendo, nas próximas eleições já sabem que não podem contar com nenhum destes "vereadores" então vamos votar em outros!
Palhaçada…
isso mesmo, tem que reduzir os salários sim !! o Brasil em crise, todos cortando
gastos, e os belezão ganhando um rio de dinheiro para não fazer praticamente nada !!
o povo de maneira geral deveria se manifestar e reduzir os salários de toda a classe
política, como: prefeito, governador, deputados est. e federal, senadores, ministros, etc…