Como já é de conhecimento de muitos, a área de terras compreendida pelas ruas Alípio Siqueira, capitão João Braz Moreira, José Frosh, José Schultz e Arroio do Passo até encontrar novamente com a rua Alípio Siqueira, é denominada de preservação permanente, desde 1990.
Essa área por estar em localização privilegiada e pela expressividade dos seus recursos naturais, fauna e flora, chamou a atenção de alguns moradores e segmentos do município de Mafra, no que diz respeito a sua utilização e preservação. Em 1998 foi elaborado o primeiro projeto de pesquisa voltado para essa área, que propôs a Implantação de um Parque Natural no município de Mafra, na mencionada área, trabalho desenvolvido pela então acadêmica Eliane Villa Lobos Strapasson, da UnC/Mafra.
No ano de 2002 formou-se, então o Grupo do Passo, composto por moradores de Mafra e Rio Negro, atraídos pelo mesmo interesse, de garantir a preservação da área, através da implantação do Parque Natural Municipal. A Prefeitura de Mafra, favorável ao projeto, também passou a integrar o grupo.
A partir de então muitas ações envolvendo a implantação do parque foram analisadas e discutidas. Muitos moradores e segmentos importantes da comunidade demonstraram interesse e apoio a causa. A universidade do Contestado, por meio dos alunos do curso de ciências biológicas, desenvolveu e continua desenvolvendo vários projetos de pesquisas na área, voltados à identificação das espécies que habitam a área. A imprensa local, sempre divulgando as ações e denunciando os atos de agressão a área. A Policia Ambiental de SC sempre à disposição para coibir as ações de degradação na área. A Prefeitura incluiu a implantação do Parque no Plano diretor do município, criou o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Fundo Municipal de Meio Ambiente.
No ano de 2014, o projeto ganha um importante aliado, o Rotary Clube passa também a apoiar a causa. Preocupados com a morosidade do projeto, realizam reuniões com representantes da Prefeitura de Mafra, do grupo do Parque do Passo, e com promotoria pública, para analisar e apoiar propostas viáveis a implantação do parque.
Entre as várias necessidades e providências para a viabilidade do projeto, uma delas era decretar a área de utilidade pública. Essa era uma solicitação, já de longa data, ao executivo mafrense, por parte dos apoiadores ao projeto. Felizmente na data de 30 de junho, o executivo mafrense, deu esse importante passo a favor da realização do projeto, assinando o Decreto que, finalmente, torna a área de utilidade pública.
No que diz respeito a efetiva realização do projeto, é importante lembrar que ainda existem várias etapas a serem vencidas, mas sem dúvida essa é uma ação muito significativa, pois ao tornar a área de utilidade pública, o executivo mafrense reforça seu posicionamento de apoio ao projeto e restringe a utilização da área, garantindo ainda mais a sua preservação.
