No dia 26 de outubro representantes de vários municípios do planalto norte participam de mais uma rodada de conversa com a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT em Brasília, dando prosseguimento à luta pela duplicação da BR 116.
Na ocasião a Autopista Planalto Sul, na pessoa do superintendente Cesar Sass; os prefeitos de Monte Castelo, Aldomir Roskamp – presidente da Comissão pela duplicação; Papanduva, Dario Schicovski; Mafra, Wellington Bielecki, vão pedir novamente a aprovação do projeto executivo para duplicação dos perímetros urbanos dos municípios lindeiros no trecho catarinense.
HISTÓRICO
A duplicação da BR 116 é uma luta antiga dos municípios lindeiros (por onde passa a BR). Uma conversa que começou dentro das associações dos municípios e hoje está na ANTT.
Os prefeitos dos municípios lindeiros à BR 116 iniciaram conversas acerca da duplicação há quatro anos. Inicialmente a intenção era incluir novas obras na concessão da Autopista, contudo percebeu-se que as reivindicações ficariam obsoletas, pois uma possível duplicação iria se sobrepor às obras de melhoria, então começou a luta pela duplicação.
Foram realizadas diversas reuniões, com formação do Grupo Paritário de Trabalho – GPT, nas quais foram discutidas obras, valores, como buscar aporte, o que seria melhor para cada município e também para o desenvolvimento regional. Houve audiência pública, em Lages, com a presença de deputados e ANTT, com apresentação de estudo de necessidade de duplicação.
A ANTT autorizou em janeiro de 2015 o estudo de viabilidade de 385 Km, de Mandirituba (PR) até a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Em junho daquele ano o governo federal anunciou um novo plano para acelerar investimentos em infraestrutura, o qual contemplou 2,5 bilhões de reais para a duplicação da BR 116, trecho concessionado pela Autopista Planalto Sul. Em julho a concessionária apresentou o estudo de viabilidade para 270,1 Km. Em dezembro a Autopista apresentou à ANTT a necessidade de duplicação de, ao menos, 95Km nos trechos prioritários definidos pelas Associações.
O estudo de viabilidade de duplicação da rodovia no trecho catarinense, pegando parte do Paraná, abordou número de acidentes frontais e transversais, feridos, mortos, gastos, pontos críticos da rodovia, entre outros fatores. Segundo o estudo 54% do número de mortos em acidentes no trecho de Santa Catarina poderia ser reduzido com a duplicação. Além disso, historicamente, a duplicação atua como agente de desenvolvimento regional para as cidades que a margeiam.
Pelo estudo, 270 quilômetros têm viabilidade para duplicação, com custo aproximado de R$ 3 bilhões. Os trabalhos seriam concluídos em sete anos.