A diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) divulgou boletim na última quinta-feira, 17, sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica da dengue, febre de Chikungunya e Zika VÃrus, com dados até a primeira semana de maio.
Desde o começo do ano até 6 de maio foram identificados 6.281 focos do mosquito Aedes aegypti, em 128 municÃpios. Neste mesmo perÃodo, em 2016, haviam sido identificados 5.271 focos em 128 municÃpios. O número de focos de 2017 é 16% maior quando comparado ao mesmo perÃodo do ano de 2016.
Atualmente, existem 56 municÃpios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina, incluindo Porto União. Em comparação ao último boletim, houve a inclusão dos municÃpios de DionÃsio Cerqueira e Galvão.
A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
MUNICÃPIOS INFESTADOS EM SC
Ãguas de Chapecó; Cunha Porã; Modelo; São Bernardino; Ãguas Frias; Descanso; MondaÃ; São Carlos; Anchieta; DionÃsio Cerqueira; Navegantes; São Domingos; Balneário Camboriú; Florianópolis; Nova Erechim; São José; Bandeirante; Galvão; Nova Itaberaba; São José do Cedro; Bom Jesus; Guaraciaba; Novo Horizonte; São Lourenço do Oeste; Brusque; Guarujá do Sul; Palma Sola; São Miguel do Oeste; Caibi; ItajaÃ; Palmitos; Saudades; Camboriú; Itapema; Passo de Torres; Seara; Campo Erê; Itapiranga; Pinhalzinho; Serra Alta; Caxambu do Sul; Ipuaçu; Planalto Alegre; Sul Brasil; Chapecó; Joinville; Princesa; União do Oeste; Coronel Freitas; Jupiá; Porto União; Xanxerê; Coronel Martins; Maravilha; Quilombo; Xaxim.
DENGUE
No perÃodo de 1º de janeiro a 6 de maio, foram notificados 1.505 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 6 (1%) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), 83 (6%) estão inconclusivos (classificação utilizada no SINAN nos casos em que após 60 dias da data de notificação ainda estiverem sem encerramento da investigação), 1.315 (86%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 101 (7%) casos suspeitos estão em investigação pelos municÃpios. Do total de casos confirmados (06) até o momento, um é autóctone, com transmissão dentro de Santa Catarina, três são importados (transmissão fora do estado) e dois permanecem em investigação de LPI.
Na comparação com o mesmo perÃodo de 2016, quando foram notificados 12.240 casos, observa-se uma redução de 88% na notificação de casos em 2017 (1.505 casos notificados). Já em relação aos casos confirmados, enquanto em 2017, até o momento, somente seis casos de dengue foram confirmados no estado, no mesmo perÃodo, em 2016, haviam sido confirmados 4.304 casos.
FEBRE DE CHIKUNGUNYA
No mesmo perÃodo, foram notificados 188 casos de febre de Chikungunya em Santa Catarina. Desses, 135 (72%) foram descartados e 46 (24%) permanecem como suspeitos. Até o momento, sete casos foram confirmados (importados), com residência nos municÃpios de Benedito Novo, Chapecó, Florianópolis, ItajaÃ, Mafra e Turvo, com local provável de infecção nos estados da Bahia, EspÃrito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais e Pará.
ZIKA VÃRUS
De 1º de janeiro a 6 de maio, foram notificados 44 casos de febre do Zika VÃrus em Santa Catarina, sendo que 33 casos (75%) foram descartados, 3 (7%) permanecem em investigação e 7 (16%) estão inconclusivos. Até o momento, um caso foi confirmado, com residência no municÃpio de Florianópolis e está em investigação do local provável de infecção.
SALAS DE SITUAÇÃO
A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que 48 municÃpios estão com suas salas de situação em funcionamento. Destes, 41 são considerados infestados pelo Aedes aegypti e sete estão em situação de risco para infestação. Os municÃpios considerados infestados no ano de 2017 estão sendo orientados para a implantação de suas Salas.
No ano de 2017, a Sala Estadual tem participado de videoconferências quinzenais com a Sala Nacional, discutindo os seguintes assuntos: apoio das forças armadas, ações de mobilização da ação social e educação e realização do Levantamento Rápido de Ãndice (LIRAa) pelos municÃpios infestados.
Ainda, a Sala Estadual esteve presente na mobilização que ocorreu no municÃpio de Chapecó, no inÃcio de fevereiro, discutindo com prefeitos e secretários municipais de saúde as ações que devem ser realizadas no intuito de evitar transmissão de dengue, febre de Chikungunya e Zika VÃrus em Santa Catarina.
Uma importante ação foi a publicação do decreto 1.079 de 01 de março de 2017, pelo Governo do Estado de Santa Catarina, instituindo comissões de articulação e monitoramento das ações de prevenção e eliminação de focos do Aedes aegypti no âmbito dos órgãos e das entidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta. Com isso, todos os órgãos estaduais devem criar suas comissões, no intuito de inspecionar esses locais, eliminando condições para a proliferação do mosquito.
No mês de abril, os municÃpios infestados realizaram o Levantamento de Ãndice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), com o objetivo de levantar o Ãndice de infestação bem como os recipientes prevalentes encontrados no ambiente, com o objetivo de direcionar as ações para as áreas de maior risco. Até o momento, 49 municÃpios encaminharam os resultados da atividade, sendo que: 14 foram considerados com baixo risco para transmissão, 24 com médio risco para transmissão e 11 com alto risco para transmissão. Essa informação aponta para a necessidade e importância da manutenção das ações de forma contÃnua, mesmo em perÃodos de baixas temperaturas.
Caso apresente sintomas de dengue, Chikungunya ou Zika VÃrus, procure uma unidade de saúde para atendimento.