Uso do celular ao volante é a infração mais recorrente, aponta pesquisa

Por Assessoria - 29/09/2017

Pelo segundo ano consecutivo, a Arteris/Autopista Planalto Sul realizou uma pesquisa sobre o comportamento de motoristas no trânsito. Em 2017, o estudo examinou as principais desculpas dadas por motoristas ao admitir comportamento de risco.

O estudo abordou quatro eixos de análise: uso do cinto de segurança, direção após o consumo de bebida alcoólica, excesso de velocidade e utilização do celular ao volante. No Paraná foram entrevistados 377 motoristas, das mais diversas regiões do estado. Os homens são 63,9% e as mulheres 36,1%, sendo que a faixa etária se concentrou entre os 31 e 40 anos.

Já em Santa Catarina foram 380 motoristas, sendo 64,1% homens e 35,9% mulheres, com a mesma faixa etária do Paraná, entre 30 e 41 anos.

Mesmo cientes dos riscos e da legislação vigente, condutores imprudentes acreditam que desculpas como pressa, falta de atenção, trajetos de curta distância ou até mesmo a confiança na capacidade de guiar após ingerir bebida alcoólica justificam posturas incorretas no trânsito, que coloca em xeque sua própria segurança e de outras pessoas.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 1,25 milhão de pessoas perde a vida no trânsito, por ano, ao redor do mundo. No Brasil, cerca de 40 mil óbitos a cada ano são registrados conforme os dados do Ministério da Saúde.

A pesquisa foi realizada entre 15 e 27 de julho, com 2.686 motoristas, das cinco regiões do País, que responderam a um conjunto de perguntas sobre o seu próprio comportamento no trânsito. O levantamento retrata a distribuição no território nacional de condutores e a margem de erro é de 1,9%.

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USO DE CELULAR ENQUANTO DIRIGE

A infração mais recorrente identificada na pesquisa é o uso do celular ao volante. A maioria dos motoristas brasileiros (51,9%), mesmo cientes da proibição, faz uso do telefone enquanto dirige. O que a grande maioria dos motoristas esquece é que alguns segundos de distração ao manusear o celular podem levar a um desvio de atenção grave, inclusive possibilitando que percorram vários metros “às cegas”.

Em Santa Catarina, 47,3% dos motoristas, ainda que raramente, admite utilizar celular enquanto dirige. Entre as principais desculpas apresentadas está o uso de aplicativos (35,7%) e a realização ou recebimento de ligações importantes ou urgentes (36,1%).

CINTO DE SEGURANÇA

O cinto de segurança é um dispositivo de uso obrigatório, tanto no banco da frente, quando no de trás, e uma proteção vital em caso de acidentes. Além disso, não utilizá-lo configura infração grave, podendo render cinco pontos na carteira de habilitação e multa.

A pesquisa revelou que 91,1% dos condutores brasileiros usam o dispositivo. No Paraná o percentual é semelhante, com 92,2% dos motoristas fazendo uso do cinto. Entre os passageiros o número caiu um pouco, com 68,8%.

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Em SC o percentual é superior, chegando em 94% daqueles que afirmaram sempre usar o cinto de segurança. Entre os passageiros, 64,4%.

Entre aqueles que admitiram nem sempre usar ou exigir que passageiros do veículo usem, as principais desculpas são a falta de atenção (35,5%), a transferência da reponsabilidade pelo emprego do dispositivo para os passageiros (15,5%), e a baixa necessidade de uso do cinto em trajetos curtos (12,8%).

Entre os catarinenses, 93,7% disse usar por motivo de segurança, 4% por ser obrigatório, 1,4% por outros motivos, e 0,8% não quis responder.

Outros motivos relatados pelos catarinenses que não usam e não exigem que os passageiros usem são, falta de atenção com 35%, outros 18,9% entende que a responsabilidade é do passageiro, 10,8% deu desculpa que o trajeto era curto, e 19,9% não quis responder.

DIREÇÃO APÓS O CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA

Desde o ano passado, a punição para os motoristas flagrados dirigindo após o consumo de álcool se tornou mais severa no Brasil. A multa, hoje, ultrapassa R$ 2 mil.

Em SC quando questionados sobre pegar a direção após ingerir bebida alcoólica, 35% assumiu que, ainda que raramente, arrisca a direção aliada ao álcool.

Entre os catarinenses, 68,4% não possui o hábito de consumir bebida alcoólica antes de dirigir, 22,9% não o faz por conhecer os riscos de acidentes, 5% por ser proibido e as penalidades serem severas, e 3,8% não quis responder.

O alarmante é que 20,4% dos entrevistados admitiu que a bebida não altera sua condição de dirigir, 26,4% por ser o único que dirige entre os amigos ou por estar sozinho, e 11,3% por ser a única opção de transporte.

Os paranaenses se dizem cautelosos quando o assunto é a ingestão de bebidas alcoólicas e direção, 73,3% disseram nunca terem dirigido após ter ingerido álcool, e 21,8% afirmaram que fazem isso, mas raramente.

Quando questionados sobre o motivo deste comportamento, 10,1% disse que foi falta de planejamento, 8,9% admitiu que foi por imprudência, 5% por falta de outro transportem 4,3% por necessidade e 2,6 por comodidade.

EXCESSO DE VELOCIDADE

Quando o assunto é excesso de velocidade, os números entre os motoristas são ainda mais alarmantes.

Entre os catarinenses, 48,4% dos entrevistados nem sempre respeita os limites de velocidade. As desculpas mais dadas foram pressa (26%), porque os limites são baixos (22,2%), 11,9% disse exceder a velocidade em vias de pouco trânsito.

No Paraná, levantamento mostra que 55,6% dos motoristas admitiram exceder os limites de velocidade, 39,4% faz isso na maioria das vezes. Entre as principais desculpas está a pressa, os limites de velocidade baixos e a falta de atenção.

Para estes motoristas a concessionária realiza investimentos constantes em ações de sensibilização e educação aliada à conscientização.

“Esses dados são um alerta para motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres para que observem suas condutas e adotem atitudes mais prudentes no trânsito”, destacou Cesar Sass, diretor superintendente da Planalto Sul.

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