Pai é preso em flagrante por trabalho escravo dos próprios filhos

Por Gazeta de Riomafra - 03/02/2018

A DPCAMI recebeu informação de que menores estariam sendo explorados pelo próprio pai em uma carvoaria.

Após melhor apuração das informações, os policiais civil, liderados pelo Delegado Cassiano Tiburski, deslocaram ao local onde estariam ocorrendo os fatos.

Lá, encontraram um menino de 11 anos, todo sujo, isto é, encoberto por resíduos de carvão, usando uma sandália aberta (tipo havaianas), aparentando exaustão física pelo trabalho e calor. A criança apresentava, ainda, as mãos calejadas e com queimaduras provenientes do trabalho na carvoaria.

Indagou-se à criança sobre os fatos, sendo que respondeu que estava trabalhando na carvoaria. A criança ainda informou que não usava nenhum equipamento individual de proteção para trabalhar, que seu pai a obrigava a trabalhar no local sob ameaças e agressões. “Se a gente não for trabalhar ele briga, bate em nós, principalmente no meu irmão”, exclamou a criança ao delegado.

A vítima revelou ainda que normalmente começava a trabalhar às 7h da manhã e o turno se estendia até as 20h. Só paravam para comer.

Durante a conversa com a criança onde foi encontrada, chegou o pai, que se surpreendeu com a presença dos policiais. Neste momento, a vítima imediatamente calou-se por medo de sofrer agressões.

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No local, os policiais constataram a presença de fornos para a produção de carvão e um depósito para estocagem próximas da casa da família.

Além da criança encontrada no local, dois irmãos desta também eram submetidos ao trabalho análogo ao de escravo, sendo que todas as vítimas receberam atendimento do psicólogo policial da delegacia de Mafra, o qual extraiu informações que confirmaram que os três menores eram explorados ilegalmente.

Diante dos fatos, o pai das vítimas foi conduzido à delegacia, onde foi autuado em flagrante pelo crime de “redução a condição análoga à de escravo”, que prevê pena de dois a oito anos. Na delegacia, o preso alegou que “o trabalho com carvão não é tão pesado assim.”

Após os procedimentos legais, o indivíduo foi encaminhado ao Presídio Regional de Mafra, onde permanece à disposição do Poder Judiciário.

“Colabore com a Polícia Civil. Denuncie. Disque 181”.

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1 COMENTÁRIO

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  1. Também trabalhei desde criança, mas hj acho que foi demais. Não concordo com essa jornada exaustiva relatado na matéria. Penso que é possivel crianças e adolescentes se tornarem boas pessoas sem o trabalho forçado. Precisamos de um meio termo, educação é dever da família. Ou podemos ter jovem trabalhando forçado e gastando seus ganhos nos bares ou com drogas…

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