Neste sábado (24) o Ministério Público do Estado do Paraná (MP/PR) promoveu uma audiência publica para discutir o atendimento básico de saúde em Rio Negro. O município foi uma das cinco cidades escolhidas no estado para o início da implantação do Suscom+. Os outros são Cerro Azul, Medianeira, Capanema e Maringá.
O “Programa Suscom+, Participação da Comunidade na Construção da Atenção Básica” é uma iniciativa do MP voltado a garantir mais qualidade na atenção básica e a estimular a atuação da própria comunidade nas deliberações por melhores serviços na saúde.
Realizado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública, do MPPR, em conjunto com as promotorias locais o Suscom+ prevê a realização de audiências públicas mediadas pelos promotores de Justiça e que contam com a participação da população (individualmente e por meio de associações), dos gestores públicos responsáveis pela saúde (prefeitos, secretários e outros profissionais) e de representantes dos Conselhos Municipais de Saúde.
Em Rio Negro, a audiência foi realizada na tarde do último sábado no Ginásio de Esportes José Mueller e conduzida pelas promotoras de justiça Gisele Silvério da Silva e Andréia Cristina Bagatin e pelo procurador de justiça Marco Antonio Teixeira.
O objetivo foi ouvir as demandas dos próprios usuários do sistema de saúde quanto ao serviço e à gestão, além de buscar junto aos agentes públicos respostas às questões levantadas, com a participação das promotorias no encaminhamento das demandas. Nas audiências, é definida uma prioridade e o gestor público assume o compromisso de desenvolver ações para resolver tal situação. Também é estabelecido um prazo para a efetivação das melhorias pretendidas e agendado um novo encontro com a comunidade, para apresentação do que foi feito.
Na audiência deste sábado a população apontou três situações, que na opinião deles devem ser melhoradas, são elas: em primeiro lugar, a insuficiência de agentes comunitárias de saúde; em segundo lugar, a insuficiência de profissionais médicos; e, em terceiro lugar, a necessidade de melhoria na qualidade do atendimento, ou seja, humanização no atendimento dos profissionais que trabalham na saúde pública do município. E elegeram como prioridade a necessidade de contratação de mais agentes comunitárias de saúde, notadamente naquelas regiões que estão descobertas. Há casos relatados na audiência pública em que havia a cobertura anteriormente por essas profissionais e hoje não há mais.
Para os organizadores da audiência, o encontro alcançou o objetivo desejado.