Na última quinta-feira, dia 05 de abril, fruticultores, técnicos e demais convidados envolvidos na cadeia produtiva da maçã na região do planalto norte catarinense, participaram de uma mostra de novas cultivares e seleções avançadas de macieira da Epagri. A mostra consistiu da apresentação de resultados preliminares de uma unidade de pesquisa instalada na região, com subsequente avaliação visual e sensorial de frutas destes materiais. A avaliação foi realizada na sede da Cooperativa de Fruticultores do Planalto Norte Catarinense – Cooperpomares – no município de Monte Castelo.
O evento foi organizado pelos Pesquisadores da Epagri/Estação Experimental de Caçador Eng° Agr DSc Marcus Vinícius Kvistchal e o Engº Agrº DSc Marcelo Couto, do Extensionista Rural da Epagri de Monte Castelo Engº Agrº Josinei Antonio Tissi, pelo responsável do projeto de fruticultura de clima temperado no planalto norte catarinense Eng° Agr° Janio Seccon e do assessor técnico da Cooperpomares Engº Agrº Daniel Neto Grein. Também esteve presente a gerente regional da Epagri de Mafra, Engº Agrº Bernadete Grein.
Os pesquisadores da Estação Experimental de Caçador atualmente coordenam o programa de melhoramento genético de macieira da Epagri, o qual contempla o desenvolvimento e avaliação do desempenho de novos clones de macieira em todas as regiões produtoras de maçãs no Brasil, com foco também à região do planalto Norte Catarinense.
Foram avaliadas frutas de 11 seleções e três cultivares de macieiras utilizadas como testemunhas (Eva, Castel Gala e SCS417 Monalisa). Todas as seleções e a cultivar SCS417 Monalisa são oriundas do programa de melhoramento genético da Epagri, e foram selecionadas para compor a coleção, em função da precocidade de maturação dos frutos (maturação e colheita antes da colheita da Gala de Fraiburgo) e da resistência à mancha foliar de glomerella (principal doença da macieira incidente no planalto norte catarinense). A coleção está instalada no município de Papanduva, na propriedade do Sr. Carlos Papes e assessorada pelo técnico Dionísio Serafini. As frutas utilizadas na mostra foram colhidas de plantas desta coleção, que estão no quinto ano de produção. Os itens avaliados foram: sabor (níveis de aceitação pelos avaliadores), como também a cor e a aparência geral dos frutos, atribuindo notas variando de 0 a 10.
Todas estas seleções continuarão sendo avaliadas nos próximos anos quanto à adaptação das plantas ao clima da região, qualidade gustativa e visual dos frutos, precocidade da produção, potencial produtivo, resistência ou tolerância às doenças e distúrbios fisiológicos. Embora o trabalho de pesquisa seja lento e minucioso, os pesquisadores ficaram animados e esperam com isto poder disponibilizar novas opções de cultivares para exploração comercial nessa região nos próximos anos.