Através de Ação Civil Pública, proposta pelo Ministério Público local e julgada procedente pelo TJ/SC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), Mafra recebeu o prazo de 180 dias para fornecer vagas para crianças em creches ou pré-escolas do município, por conta da lista de espera atual de 182 vagas.
A secretária de Educação, Estela Maris Bergamini em entrevista a Gazeta, explica que um levantamento das matrículas em fila de espera foi realizado e foi constatado que cinquenta cadastros eram repetidos, onde o número de fichas de matrícula caiu para 132. “A mesma mãe fez cadastro em várias escolas para ver qual chamava antes. Fizemos um levantamento de nome por nome e eliminamos esses cadastros”, explica.
Estela afirma que o problema foi solucionado e 100 crianças que fazem parte de maternais e jardins foram colocadas em escolas municipais e já estão estudando. “No Colégio Beija-Flor, por exemplo, tinha espaço, abrimos uma turma lá e fomos adequando conforme a necessidade. Essas escolas tinham vagas sobrando, o processo foi rápido”, esclarece a secretária. A secretária explica que assumiu há pouco tempo a Secretaria e não consegue entender como havia tantos cadastros pendentes se as escolas tinham vagas, a ação pública da qual o município teve que passar era um problema que vinha da gestão passada e precisava ser resolvido desde 2015.
Atualmente apenas 32 crianças da área central não tem suas vagas preenchidas, pois fazem parte do berçário 1, o qual atende bebês de 0 a um ano e as unidades não tem condições de assumir essa demanda. A Secretaria de Educação está buscando um imóvel que será adequado para atender as crianças. “Não temos espaço físico. Nosso maior problema hoje é para atender são os berçários que precisam de uma estrutura diferenciada”- pontuou. Na segunda-feira (19) o processo de matrícula para 2016 foi iniciado para que o controle de vagas seja feito e assim nenhuma criança fique sem ir à escola, assim também será escolhido o local para o berçário, pois o número de vagas pode dobrar para os bebês. Através desse calendário a Secretaria pode se planejar para as vagas que podem vir a faltar e adequar-se a situação.
A secretária explica ainda que não são feitos cadastros de alunos com endereço no município de Rio Negro, pois isso acarretaria em falta de vagas para os estudantes de Mafra.
