Nesta semana foi sancionada a lei que denomina professor Lycurgo Aleixo de Nora o Centro de Educação Profissional (CEDUP) de Mafra. A lei homenageia as inúmeras contribuições do catarinense para a educação e para o estado de Santa Catarina.
Lycurgo nasceu em 1932 em Iomerê, onde iniciou o magistério. Em 1964, chegou a Mafra para exercer a função de inspetor regional. Entre outras atividades, foi professor, inspetor escolar, inspetor regional, coordenador regional de educação, diretor de unidade regional de educação e conselheiro do Conselho Estadual de Educação.
Conhecido por seu espÃrito empreendedor e liderança polÃtica, fundou colégios e promoveu a expansão de escolas básicas em 14 municÃpios, inovou na implantação do ensino para jovens e adultos e intensificou a realização de cursos de capacitação para professores.
Também teve efetiva participação na criação da Funorte, atual Universidade do Contestado, da APAE e do CEDUP. Fomentou, além disso, o envolvimento dos pais com a comunidade escolar com a valorização das APPS.
Entre os prêmios, Lycurgo recebeu o tÃtulo de cidadão honorário de Mafra, o prêmio Educador ElpÃdio Barbosa e a medalha Anita Garibaldi, a maior honraria concedida pelo governo do estado.
O professor Lycurgo Aleixo Nora faleceu em 23 de fevereiro de 2012, deixando um grande legado para os catarinenses.
LÃder polÃtico e empreendedor
Conhecido por seu espÃrito empreendedor e liderança polÃtica, no ex PDS, Lycurgo teve amigos influentes como Vilson Kleinubing, Jorge Bornhausen e Esperidião Amin, secretário de Estado da Educação Moacir Thomazi e conselheira Estadual de Educação Aldair Wergenkiewicz Muncinelli, dentre outros, junto aos quais obteve inúmeros benefÃcios para Mafra e região.
Contemporâneo de José Rauen (o “seu Jucaâ€, empresário e presidente fundador da APAE), prefeito Edemar Renê Evers e de outras autoridades, sua equipe de trabalho era “escolhida a dedoâ€, tendo como principais conselheiros, o padre AloÃsio Deina Goch, o Diácono Antonio Arten, o advogado Acary Juruá Stoeterau, educadores como Úrsula Sommer, Maria José Luchtenberg e funcionários da 8ª CRE, cujo prédio próprio foi obtido por sua persuasiva intercedência junto aos poderes constituÃdos, em 1980. Local hoje ocupado pela Agência de Desenvolvimento Regional – ADR.
Com seu peculiar jeito de ser, como bom italiano, de temperamento impetuoso, mas também reflexivo sobre seus atos acolhia até os adversários polÃticos partidários, em nome da melhoria do ensino e aprendizagem dos alunos. Esforçou-se para elevar a qualidade da educação da rede estadual de ensino na região norte. Falava com orgulho à sua equipe de trabalho, que era considerada “a elite da educaçãoâ€, para que cada um se sentisse compromissado com seu dever profissional. Era um lÃder convincente, que conseguiu até atrair para Mafra a visita do secretário de Educação de VirgÃnia, Estados Unidos da América, que aqui veio conhecer o trabalho das Associações de Pais e Professores junto à s escolas. O mesmo visitou a Escola Mário Goeldner, quando Laureci Gonçalves de Souza era dinâmica diretora.
Depois de aposentado, desde os anos 90, era procurado para encaminhamentos e reconhecido como grande lÃder polÃtico, embora ultimamente procurou se dedicar à pecuária, associado da antiga Coopernorte, ocupando a posição de maior produtor de leite do municÃpio.