Não é segredo para ninguém que a arrecadação dos municípios vem caindo, tanto que isso já virou um mantra para os prefeitos, que usam a situação como desculpa para falta de investimentos.
E em Rio Negro e história não é diferente, se é que não dá para dizer que é um pouco pior ainda. Segundo dados levantados junto a Secretaria de Estado da Fazenda o município perdeu 8,5% em arrecadação no período de um ano.
Muito disto se deve ao fato da cidade não ter um plano para o fomento do comércio e das indústrias, bem como uma estratégia para atração de novos investimentos e empresas.
Rio Negro ocupava a 71ª posição no ranking de arrecadação do estado, hoje está na posição 78. No comércio o município teve uma queda de 34 contribuintes (pontos) no comércio, de 779 foi para 745, porém a arrecadação aumentou 17%. Já na indústria o número de contribuintes se manteve e nenhuma nova indústria foi implantada ou captada pelo município, tendo declínio na arrecadação, de R$ 311 mi foi para R$ 238 mi, queda de R$ 73 mi (-23%). Na produção primária a queda também foi acentuada, 11%, de R$ 158 mi para R$ 141 mi.
Todos esses números interferem na cota-parte do ICMS da qual Rio Negro tem direito a receber, e apontam que a queda pode ser de 10%. Lembrando que os recursos do ICMS correspondem a 25% do valor arrecadado pelo estado e é transferido às Prefeituras de acordo com o índice de participação de cada município na divisão tributária do Paraná. (clique aqui para ver a tabela).
Destacando que o município recebeu agora em 2018 mais de R$ 10 milhões em impostos. Segundo o Portal de Transparência do Paraná o repasse do governo do estado para Rio Negro foi de R$ 10.488.605,24.