O perÃodo mais calmo, comum no inÃcio do ano, oportuniza momentos de reflexão e planejamento para que a rotina normal de volta à s aulas, trabalho e demais afazeres do dia a dia não se tornem estressantes e prejudiciais à saúde. Isso é comum acontecer porque as demandas vêm tornando-se cada vez mais intensas conforme os meses vão passando e o excesso de tarefas está entre as causas de diversas consequências que vão desde uma simples ansiedade até a sÃndrome de bournout – doença caracterizada pelo estado de tensão emocional e estresse crônico, provocado por condições de trabalho fÃsicas, emocionais e psicológicas desgastantes.
O estresse, além de provocar transtornos emocionais, causa, entre outras consequências, dores no corpo e na coluna ou tensão muscular. “O organismo tem seus limites e, cedo ou tarde, manifestará os problemas causados pela pressão a qual determinada pessoa está constantemente submetidaâ€, ressalta o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, da Reichmann Ortopedia de Chapecó.
O corpo é formado por uma rede de músculos interligados e as reações ocorrem em cadeia. Forçados em posições estranhas, os músculos travam e deixam de trabalhar direito e, com isso, surge a dor. A tensão, segundo o médico, tende a se acumular em determinadas partes do corpo de acordo com o mapa fisioemocional individual, começando numa fase aguda até se tornar crônica, caso não venha a ser tratada.
O médico explica que nem todas as pessoas ficam tensas nos mesmos grupos musculares, pois existem diferenças significativas entre cada indivÃduo na elaboração de emoções tais como medo, preocupação, frustrações, ansiedades, tristezas, alegrias, entre outras. A tensão pode se tornar um problema fisiológico constante caso suas causas primárias não sejam identificadas e tratadas. A soma das tensões musculares adquiridas a partir da infância traduz, ao longo dos anos, uma “couraça muscular”.
Como forma de prevenção da tensão muscular, Reichmann sugere alongamentos. No entanto, é preciso cuidado para não lesar ainda mais os tecidos conjuntivos através de solavancos ou força nos movimentos. Outra orientação é a progressão gradual na intensidade do exercÃcio que geralmente ajuda a reduzir a possibilidade de dor muscular excessiva. A ingestão de 100 mg diárias de vitamina C (cerca do dobro da dose) por um perÃodo de 30 dias prevenirá ou pelo menos amenizará a dor muscular subsequente. Entretanto, a eficácia do consumo de vitamina C ainda não foi comprovada por meio da experimentação cientÃfica.