Desde 2006 as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) foram instituídas como Política Nacional no SUS (Sistema Único de Saúde), dentre elas está a fitoterapia, que é um tratamento terapêutico caracterizado pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas. Atualmente são oferecidas 29 PCIs pelo SUS.
De acordo com a Dr. Henriqueta Tereza, médica e idealizadora do Programa de Fitoterapia e de hortas urbanas comunitárias no Estado do Espírito Santo, “cerca de 80% dos problemas de saúde da Atenção Básica, podem ser tratados com as Práticas Integrativas”.
Partindo desses conceitos, no mês de fevereiro foram disponibilizadas aos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I Casa Azul de Mafra, mudas de Thitonia diversifolia (Mão de Deus) indicada para atenuar a crise de abstinência em dependentes químicos de álcool e tabaco e Pereskia aculeata (Ora-pro-nóbis) indicada como anti-inflamatória, cicatrizante, depurativa, revigorante, regenerativa. Segundo os idealizadores do projeto “a recuperação dos conhecimentos terapêuticos populares pode possibilitar a quebra do distanciamento entre pacientes e profissionais de saúde, já que promove a compreensão de outras dimensões de doença e de tratamento e o resgate de conhecimentos populares de cura”.
O principal objetivo dessa ação é ofertar aos pacientes do CAPS e a comunidade, mudas de plantas medicinais, bem como orientações verbais e escritas sobre indicação terapêutica e modo de utilização. Segundo a Naturóloga do CAPS Helen Jessica Silva “foi uma forma encontrada pelos profissionais da instituição de garantir à população o acesso seguro e o uso racional a plantas medicinais”.
O projeto está sendo desenvolvido pela farmacêutica do CAPS I Casa Azul Ana Carolina Morilho de Souza, além da Naturóloga Helen Jéssica Silva e sob a coordenação da enfermeira e coordenadora do Caps Adriana Moro.