“A Era Digital – Oportunidades, Desafios e a Dependência Tecnológica” foi o tema da palestra proferida por Roberto Carlos Mayer, durante o I Seminário sobre Dependência Tecnológica realizado em Mafra, na última sexta-feira, dia 28. O Seminário foi uma iniciativa da Coordenação do Amor Exigente Regional Planalto Norte de SC com parceria da ATENA e apoio da Secretaria de Assistência Social do município e Sicoob. O evento marcou a Semana de Políticas sobre Drogas, que anualmente acontece no mês de junho.
Coordenador do Amor Exigente da região paulistana centro, em São Paulo, e especialista na área de TI, além de autor de diversos livros na área, Roberto Mayer abordou sobre o momento em que a humanidade vive, com a tecnologia digital, seus benefícios, mas também comtemplando riscos com comportamentos doentios e orientando para o uso sadio da tecnologia. O tema está sendo contextualizado dentro do programa Amor Exigente para o Brasil todo. “O mundo moderno é persuadido pela tecnologia e é essencial entender o que vamos fazer com as nossas vidas. É um grande desafio e o uso das tecnologias digitais deve ser baseado na educação”, declarou.
A coordenadora do programa Amor Exigente da Regional Norte, Isabel Cidral, destacou que o conhecimento é tudo e que quanto mais a pessoa conhecer, melhor ela poderá usar dessa tecnologia de forma saudável. “A tecnologia está se tornando uma dependência, se não souber usá-la de forma racional”, afirmou. Disse ainda ser importante esses momentos de reflexão, que poderão ser disseminados nas comunidades, influenciando mais pessoas ao nosso redor.
DISSEMINADORES
Para Edson Eckel, gestor e responsável técnico da Associação Terapêutica Novo Amanhecer – Atena, levantar esse assunto é extremamente importante para que essa reflexão, pertinente no dia a dia, chegue à sociedade, e conclamou os presentes a “serem disseminadores para nossos filhos, nosso trabalho e toda sociedade”.
Ao abordar o tema “A Era Digital – Oportunidades, Desafios e a Dependência Tecnológica” Mayer destacou os benefícios que ela traz para a sociedade, mas principalmente seus prejuízos, como vazamento de dados, aliciamento de pessoas, disseminação de pornografia, bullying digital e jogos violentos, entre outros. “A grande questão é: dá pra fugir disso? Não, não dá para vivermos sem tecnologia, mas é importante destacar que toda ferramenta exige conhecimento para avaliar riscos e benefícios e aí entra o papel fundamental da educação”.
Segundo ele a prevenção é absolutamente necessária, citando estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria, com orientações de como usar a tecnologia digital para crianças e adolescentes. “Um dos desafios é desenvolvermos material para ensinar as pessoas a exercerem o controle parental e aí voltamos à questão da educação”.
Ele falou ainda como identificar a linha vermelha de até onde é normal e onde começa a ser um problema a dependência digital, exemplificando problemas como abandonos nos lares, acidentes de trabalhos por causa dos celulares, acidentes de turismo, com pessoas perdendo a vida por causa de uma selfie e os acidentes de trânsito. “Além desses acidentes temos ainda os suicídios, as doenças digitais (tecnostress) ou a síndrome do toque fantasma ou nomofobia”, explicou.
Ele deixou a mensagem de que é preciso informar para minimizar os riscos que o uso indiscriminado de tecnologias pode trazer.