Foi convocada para a manhã deste sábado, às 10h, dia 3 de agosto, uma assembleia geral para que os associados do Santa Helena Clube de Campo deliberem sobre a venda de seis lotes da área do clube.
Os lotes ficam nas duas extremidades do clube e são de frente com a BR-280.
Segundo a atual direção do Santa Helena a arrecadação com venda dos bens será aplicada na conservação e atualizações das atuais edificações e para equilibrar as finanças da entidade, principalmente nas pendências tributárias. Em comunicado convidando os sócios para a assembleia é apontado uma dívida de R$ 100 mil com o INSS.
A venda só pode ser feita após aprovação dos sócios em uma assembleia especifica para tratar do assunto. Para participar os sócios devem ser patrimoniais e devem estar com as obrigações em dia na tesouraria, ou ser sócio remido. No total, o Santa Helena tem somente 208 sócios pagantes e 321 remidos que terão direito de participar da assembleia.
A diretoria informa que todos os dados e números do Clube estarão disponíveis na assembleia para o conhecimento dos sócios.
Porém a proposta de venda deverá encontrar resistência. Sócios antigos e ex-diretores do clube estão questionando a proposta do presidente Camilo Feijó, recém eleito para comandar a associação.
Eles querem saber como estão as finanças do clube, e se realmente a única solução para sanar as dívidas, assim como para investir em melhorias, é a venda do patrimônio do Santa Helena.
Um destes sócios, Carlos Schlichting, que já foi diretor de patrimônio, lembra que o Clube 14 de Julho, em Mafra, foi vendido durante a gestão do então presidente Camillo Feijó. Ele ainda questiona onde foi aplicado o dinheiro da venda?
Schlichting diz estar preocupado com o futuro do quinquagenário clube que é sem fins lucrativos, principalmente no que será deixado para as futuras gerações.
Durante a semana também houve sócio mencionando que poderá ingressar com ação com pedido de liminar na justiça no sentido de evitar que o patrimônio do clube seja vendido.
