Conheça os seis mitos do absorvente

Por Assessoria - 05/12/2019

É comum que depois da primeira menstruação a mulher carregue sempre consigo um absorvente no nécessaire, e que tenha que se acostumar com o seu uso mensal também. Porém, por ser um instrumento que age em uma área tão sensível do corpo feminino, alguns cuidados são necessários para manter a higiene e evitar infecções. “Eles devem ser trocados em intervalos regulares para evitar odores e infecções. O ideal é trocar o absorvente a cada 4 a 6 horas, dependendo do fluxo menstrual, pois, o sangue é um meio favorável para o desenvolvimento de microrganismos que podem causar infecçõesâ€, alerta a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.

Dentre as diversas opções de absorventes disponíveis no mercado, destacam-se os externos, internos e o coletor menstrual, que é uma novidade. Esse coletor consiste em uma espécie de copinho de silicone, que deve ser introduzido na vagina e realizar a coleta de sangue de maneira confortável. Além disso ele é hipoalérgico e poder ser reutilizado por muitos anos, desde que se mantenha higienização adequada.

  1. É arriscado dormir com o absorvente interno
    Mito. Sem neurose: segundo a médica, não existe contraindicação para o uso de absorventes internos durante o sono. “Apenas por uma questão de higiene, o ideal é trocá-lo no máximo a cada 6 horas, dependendo do fluxo. E deve ser trocado logo ao levantarâ€, diz.
  2. Absorvente diário pode ser usado frequentemente
    Mito. Eles são mais fininhos e indicados para quem quer se sentir mais sequinha no dia-a-dia. “Porém, não devem ser usados sempre, pois a região fica mais úmida e propensa a infecçõesâ€, afirma Erica Mantelli.
  3. O absorvente íntimo pode “se perder†dentro do corpo feminino
    Mito. “A vagina tem uma única abertura e o absorvente é colocado na parte superior, portanto não há como extraviar ou se perder. Porém, se a mulher esquecer de retirar o absorvente interno e colocar outro ao mesmo tempo ou tiver relação sexual com absorvente, ele pode ficar retido perto do colo do útero, dificultando sua retirada. Se a mulher não conseguir retirar o absorvente, deve procurar seu ginecologista o mais rápido possível, para evitar infecções. â€, aconselha a médica.
  4. Versões com aroma são mais indicadas
    Mito. E pode ocorrer até o contrário: para minimizar o odor desagradável da menstruação foram criados absorventes com aromas de flores ou ervas. “As substâncias que dão esses aromas agradáveis, contudo, os torna mais propensos a causar irritação alérgica do que a versão originalâ€, avisa a médica.
  5. O absorvente interno é anti-higiênico
    Mito. Ele é feito com o mesmo material do absorvente externo (algodão), só que sem a camada de gel. “Apenas ao manuseá-lo é preciso ter cuidados de higiene, como estar com as mãos limpas, descartar no lixo comum e lavar as mãos após o manuseioâ€, ensina. Vale lembrar que algumas marcas dispõem de aplicadores para facilitar a introdução do absorvente na vagina.
  6. É necessário trocar o absorvente interno mais vezes do que o externo

Mito. A frequência de troca depende do fluxo e do tamanho usado, variando entre quatro e seis horas. “Se nesse intervalo o absorvente encharcar, é necessário um com absorção maior; por outro lado, se o absorvente estiver quase seco, deve-se optar por um com tamanho menorâ€, orienta a especialista. 

Dra. Erica Mantelli, ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual – Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute). Site: http://ericamantelli.com.br

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