Prefeitos e representantes das macrorregiões catarinenses sul, grande Florianópolis, foz do rio ItajaÃ, planalto norte (Itaiópolis, Mafra, Papanduva, Monte Castelo, Três Barras, Canoinhas, Irineópolis, Major Vieira e Porto União e Bela Vista do Toldo) e nordeste participaram na tarde de terça-feira, 28, da primeira rodada de conversas promovida pelo governo do estado para discutir as ações e o planejamento de enfrentamento à covid-19.
Durante quatro videoconferências, o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, o chefe da Casa Civil, Douglas Borba, e o coordenador da Central de Atendimento aos MunicÃpios (CAM), Gabriel Arthur Loeff, apresentaram aos gestores públicos e à Federação Catarinense dos MunicÃpios (Fecam) um panorama do atual cenário de combate à pandemia e as projeções para os próximos meses. Esse foi o inÃcio de um movimento de integração que deve ser cada vez mais frequente com os agentes das macrorregionais.
“Tenho certeza que todos juntos, todos unidos, com muito diálogo e, principalmente, com muitas ações, vamos sobreviver a essa pandemia que assola toda nação e todo mundoâ€, afirmou Douglas Borba.
A atual estrutura hospitalar e de equipamentos existentes no estado foram apresentados pelo secretário Helton Zeferino, que também falou sobre o planejamento das ações para cada uma das regiões. O secretário destacou que o foco e os investimentos da área da saúde estão voltados neste momento para o atendimento de alta complexidade, especialmente para ampliar a oferta de leitos de UTI na rede hospitalar para os casos de covid-19.
A capacidade de atendimento e os recursos para as cidades são as preocupações dos gestores municipais. Santa Catarina conta hoje com 1.111 leitos de UTI em hospitais públicos e filantrópicos, entre neonatais, adultos e pediátricos. Destes, 301 são novos leitos ativados nos 48 hospitais que fazem parte da polÃtica de enfrentamento ao novo coronavÃrus. O trabalho para ampliação desta capacidade passa ainda por outras linhas de atuação, como mapeamento de leitos de enfermaria, aluguel de unidades particulares e construção de hospitais de campanha.
As alternativas são importantes já que Santa Catarina depende do governo federal para ativar novos leitos de UTI. Existem protocolos a serem cumpridos, além de serem necessários equipamentos especÃficos, profissionais qualificados e a habilitação de hospital, que é feita pelo Ministério da Saúde. “Nosso foco é otimizar equipamentos das 48 unidades já credenciadas no estado. E para isso, não há fronteiras macrorregionaisâ€, afirmou o secretário da Saúde.
Helton reforçou também que os municÃpios já receberam recursos e equipamentos disponibilizados pelo governo federal na ordem de R$ 108 milhões. A distribuição do montante é feita por critérios como população, incidência da doença e estrutura hospitalar. A Secretaria de Estado da Saúde também adquiriu 6,7 milhões de EPIs e vai distribuir um terceiro lote de testes rápidos para todos os municÃpios catarinenses.
“É um desafio que todos nós temos, algo que é inusitado para todos nós que fazemos parte da saúde, seja gestor municipal, seja gestor estadual. Mas acreditamos, sim, que juntos nós possamos ofertar para a população catarinense um serviço de qualidade e que tenha capacidade operacional para enfrentar esse momento de crise pelo qual estamos passandoâ€, considerou o secretário.
Todas as informações apresentadas nos encontros virtuais da última terça-feira podem ser acessadas diariamente no site oficial sobre o combate ao novo coronavÃrus. A ferramenta concentra dados atualizados diariamente, conforme reforçou o chefe da Casa Civil, Douglas Borba. Ele confirmou que nas próximas semanas todos poderão ter acesso também à s informações regionalizadas. “Todos os dias temos fatos novos, indicadores, e tudo será disponibilizado em breve aos municÃpios com relatórios regionalizados para tomar decisões mais assertivas e apropriadas para o seu território de administraçãoâ€, ressaltou.
O diretor executivo da Fecam, Rui Braum, pediu a continuidade do diálogo com o estado e apoio para conversar sobre o avanço da doença. “É muito importante que a gente mantenha o canal aberto e que essa articulação seja feita também com os municÃpios, com os Coseps (Conselhos de Segurança dos Pacientes) e com os hospitais de forma permanenteâ€, completou.
O secretário executivo da Associação dos MunicÃpios do Planalto Norte (Amplanorte), disse que valoriza o esforço do governo do estado nesse momento. “Nós agradecemos em nome de todos os prefeitos da região e nos colocamos à disposiçãoâ€, reforçou.
Nesta quarta-feira 29, foi realizada a segunda rodada de conversas com representantes das regiões grande oeste, planalto serrano, meio-oeste e vale do ItajaÃ.