A cidade de Mafra sempre foi um celeiro de bons jogadores, que aqui surgiram e muitos deles ainda jovens saíram para brilhar no futebol brasileiro. A família Partala muito contribuiu para estas revelações, onde tem no sangue o futebol, revelou dois bons zagueiros para o futebol brasileiro.
Primeiramente surgiu Amarildo Partala na década de 70, ainda jovem quando atuava pelo Clube Atlético Operrio em 1978, despintou o interesse do Matsubara de Cambará e saiu para este clube em 1980. O zagueiro Partala rodou o Brasil e teve uma passagem pela Seleção Brasileira de Juniores e depois voltou para encerrar sua carreira em Mafra no clube que o revelou.
Seguindo os passos do irmão, surgiu o jovem zagueiro Valtuir Partala “Partalinha”, nasceu em 04 de junho de 1973, na cidade de Rio Negro. Partalinha como muitos atletas que nasceram em Rio Negro, adotou Mafra, como sua cidade natal para morar e seguir carreira.
Em contato com nossa reportagem o zagueiro Partalinha, hoje funcionário da Maternidade Dona Catarina Kuss, contou sua trajetória no futebol em que marcou em sua carreira no Joinville Esporte Clube o titulo sul-americano de futebol no ano de 1992.
ESCOLINHA PERI – No inicio dos anos 80, ele deu os primeiros passos no futebol na escolinha do Peri Ferroviário Esporte Clube, com o saudoso Tio Cana (in-memorian), revelou muitos jovens talentos para o futebol.
PRIMEIRO CAMPEONATO – Partalinha com seus 15 anos de idade jogou seu primeiro campeonato de sua categoria. Ele defendeu as cores do Ferroviário, tinha a frente no comando técnico o saudoso Dunha (in-memorian).
Este campeonato foi realizado no campo do sete na Vila Argentina, hoje pertence ao Clube Milionários da Bola, construiu uma bonita praça de esportes.
CLUBE ATLÉTICO OPERÁRIO – Aquele zagueiro franzino e alto começou a despertar no Clube Atlético Operário no ano de 1990.
No ano de 1991 integrava o plantel profissional do Operário na Série B do Campeonato Catarinense de Futebol. Partalinha com seus 17 anos de idade, jogador de muita pegada e não pipocava contra os malandros atacantes da época.
Naquela época o Operário recebia no estádio Alfredo Herbst, grandes equipes que integravam a Série B, muitas delas estão extintas, como Joaçaba, Xanxerense, Canoinhas Atlético Clube, Tiradentes de Tijucas e Rebon Régis, Laguna e Fraiburgo.
No ano de 1991 o campeão foi a equipe do Concórdia e o vice-campeão a Xanxerense e ainda disputavam esta divisão, Próspera de Criciúma, Hercílio Luz de Tubarão, Metropolitano de Blumenau, entre outras equipes.
INTERESSE DO JEC – Com o encerramento da Série B pelo Operário, num jogo comemorativo no Dia do Trabalho, foi realizada uma seleção para defender as cores do Peri, e Partalinha fazia parte.
Este jogo comemorativo aconteceu no estádio Idelfonso Mello na baixada mafrense, recebendo a equipe do Joinville Esporte Clube. O zagueiro Partalinha aproveitou este jogo amistoso e despontou dentro das quatro linhas e surgiu o interesse da comissão técnica do JEC.
O zagueiro Partalinha integrou no ano de 1992, com seus 18 anos de idade, a equipe dos juniores do Joinville Esporte Clube. Na equipe do JEC disputou o Campeonato Catarinense de Juniores, contra os grandes da Série A (Figueirense, Avaí, Chapecoense, Criciúma, entre outros), sagrando-se campeão catarinense de 1992.
CAMPEÃO SUL-AMERICANO – A sua passagem marcou nos juniores do JEC com a participação no Campeonato Sul-americano de Futebol de 1992, competição realizada em Itajaí no Estádio do Marcílio Dias.
Além do JEC, participaram desta importante competição do futebol sul-americano de futebol juniores, Vasco da Gama, Santos, Atlético Paranaense e Mineiro, Coritiba, Marcílio Dias de Itajaí, Figueirense, Avaí e Criciúma.
Dos países vizinhos a participação do River Plate da Argentina, Penarol e Nacional do Uruguai, Olímpia e Cerro Portenho do Paraguai e Colo-Colo do Chile.
3º LUGAR – Na decisão do 3º lugar o Atlético Mineiro venceu por 02 a 01 o Santos de São Paulo.
FINAL – Na grande final no mês de julho de 1992 o JEC do zagueiro Partalinha, tinha a frente o técnico Leandro Campos, conquistou este importante titulo que marcou na carreira do mafrense, vencendo o Vasco da Gama do Rio de Janeiro, pelo placar de 03 a 01.
No começo dos anos 90, diante da dificuldade que assombrava os clubes brasileiros, o JEC traçou uma década sem títulos no profissional. Mas foi quando começou a profissionalizar outros setores do clube. Trabalhou bem a base e foi campeão Sul-americano em 1992. No ano seguinte foi o primeiro clube do estado a inaugurar seu Centro de Treinamento.
ATLETAS DESTAQUES DO JEC – Os jogadores que integravam o plantel dos juniores do JEC e depois de destacaram nos profissionais foram os seguintes. Os zagueiros Benson e João Bandoch (chegou a defender o Botafogo e Fluminense do Rio de Janeiro).
Além da dupla de zagueiros, sobressaiu no plantel dos juniores o meio campista Veiga, teve uma passagem pelo futebol Mexicano.
PROFISSIONAL – O zagueiro Partalinha, além dos títulos do Campeonato Catarinense e Sul-americano no ano de 1992, realizou alguns jogos pelo plantel profissional do JEC do técnico Hélio dos Anjos.
No elenco profissional havia os jogadores, Nardela, João Carlos Maringá, Leomir, Colatina e o goleiro Silvio, campeão mundial pelo Grêmio Portalegrense. Essa sua passagem pelo JEC marcou em sua carreira.
JOGOS QUE MARCARAM – O zagueiro Partalinha frisou a nossa reportagem os jogos que marcaram em sua carreira. Com certeza a final do Sul-Americano contra o Vasco da Gama, tinha no plantel jogadores de muita qualidade, Valdir Bigode, Ian e Ramon e mais tarde se tornaram ídolos na equipe profissional.
Outra partida que marcou em sua carreira foi com a camisa do Operário, com apenas 17 anos de idade, fui escolhido o melhor jogador da partida na vitória por 02 a 00, diante o Próspera de Criciúma. Durante o campeonato catarinense da Série B de 1991, fiquei somente uma ´partida fora, por opção do técnico Leocádio Cosnul, comentou.
EQUIPES AMADORAS – Depois de encerrar a sua curta carreira profissional o zagueiro Partalinha, voltou para sua terra natal e defendeu algumas equipes amadoras da LMD, SER Bela Vista, Grêmio Vila Nova, SERJU, Hilton, onde em todas se sagrou campeão e ainda Flamenguinho do Passo.
Em outras cidades defendeu algumas equipes amadoras de destaques. O Ipiranga de Rio Negrinho, Pinheiros de Itaiópolis (campeão).
TAÇA PARANÁ – O zagueiro Partalinha com as cores da 3B, onde era funcionário e Rionegrense, ambas de Rio Negro, disputou a tradicional Taça Paraná, uma das competições amadora, mais importante do estado paranaense.
Hoje com seus 47 anos de idade continua na ativa, participa de campeonatos de veteranos e jogos festivos com ex-atletas profissionais. No inicio do ano defendeu o JEC em Curitiba, num torneio com ex-jogadores profissionais e teve a oportunidade de conhecer grandes feras do futebol brasileiro, dentre eles o meio campista Alex e fez questão de registrar com uma foto para sua galeria.