Muitos jogadores que vestiram a camisa do glorioso Clube Atlético Operário de Mafra fizeram história, deixaram saudades e até hoje são lembrados. Muitos deles pelo espírito de liderança e outros pelo carisma para com o torcedor.
Qual o torcedor mais fanático do Operário, não se lembra do médio volante Embu. Com passagem no ano de 2003/2004 e 2005, caiu nas graças da torcida operariana.
Seja pela sua liderança em campo, jogador de muita pegada ou pelo carisma para com o torcedor e com certeza marcou sua passagem em Mafra pelo seu amor pela camisa operariana.
O médio volante Edson A. Pires “Embu”, nasceu em Embu das Artes, ou simplesmente Embu (por isso o apelido que levou no futebol) é um município da região metropolitana de São Paulo, na microrregião de Itapecerica da Serra no estado de São Paul, localizada na zona sudoeste da grande São Paulo.
Embu das Artes está a apenas 25 km da capital paulista e se consolidou como um destino turístico de final de semana para muitas pessoas, principalmente de São Paulo. A cidade de origem jesuíta tem um clima interiorano, com 240 mil habitantes, e apresenta muito artesanato, feiras de rua, casas históricas, além de lojas e uma diversidade culinária invejável.
CARREIRA – O menino Embu deu seus primeiros passos, para se tornar um atleta profissional na escolinha dos Pequeninos do Jockey em São Paulo, tinha como lema “transformando crianças em futuro heróis”. Embu disputou vários campeonatos paulista de categorias.
Depois foi atrás do seu sonho em se tornar um jogador profissional. Realizou várias peneiras em clubes de São Paulo, tais como, Portuguesa, Palmeiras, Nacional e Itaquaquecetuba.
Nada acontece por acaso e com o baixinho Embu, não foi diferente. Um dia o segurança do Corinthians, chamado “Cojaque”, morador das proximidades do Jardim Munhoz, perto da residencia de Embu o levou para fazer peneira no terrão do Corinthians, onde foi o começo para sua trajetória profissional.
O médio volante Embú, defendeu as cores do Corinthians, nos juvenis e juniores e aspirantes, disputando a Taça Belo Horizonte “BH”.
Suas boas atuações com a camisa dos aspirantes do Corinthians surgiu o interesse do América Mineiro. A diretoria do Corinthians o emprestou e foi à primeira equipe que o profissionalizou e defendeu profissionalmente.
O médio volante Embu depois de defender as cores do América Mineiro, pelo período de um ano, rodou pelo Brasil afora, defendendo outras equipes do futebol brasileiro, totalizando 29. Embu por onde passou marcou seu nome, onde destacamos: Mogi Mirim/SP, Vila Nova de Goiás, Corinthians Paranaense, Flamengo do Piauí, Fast Club e Princesa do Sul, ambas da Amazonas, 07 de Setembro de Dourados do Mato Grosso do Sul.
SANTA CATARINA – Pelo futebol de Santa Catarina, além de defender as cores do Operário na Série B (2003/2004/2005, tinha a frente o técnico Edmar Heiller, defendeu as cores do Marcilio Dias de Itajaí, Criciúma, Caxias de Joinville, Chapecoense, Hercílio Luz de Tubarão, Barra Velha, Tiradentes de Tijucas e Oeste de Chapecó.
FUTEBOL DA BOLIVIA – Embu teve uma passagem pelo futebol da Bolívia, defendeu as cores do Clube Universitário de Pando. O clube foi fundado em 09 de março de 1995 por estudantes universitários da Universidade Amazónica de Pando.
PASSAGEM PELO OPERÁRIO – Em 2003, começou sua trajetória e sua história no Clube Atlético Operário na Série B. Embu veio estava defendendo o Vila Nova de Goiás e chegou meio desacreditado perante a comissão técnica do Operário.
Embu comentou a nossa reportagem, quando chegou havia cinco volantes no plantel, para disputa da Série B do catarinense. A primeira impressão não agradou a comissão técnica, tipo jogador baixinho, cabeludo e franzino, não era o biotipo para a concorrida Série B catarinense.
Mas a impressão deixada acabou no primeiro coletivo realizado. O médio volante Embu, tirou aquela desconfiança, jogador de muita pegada, estilo cão de guarda, não tinha bola perdida, perfil perfeito, para a disputa da Série B.
O médio volante Embu, com suas atuações, onde caiu nos gostos da torcida, ficou três anos no Operário.
DECEPCIONADO – No terceiro ano mudou a diretoria e veio a sua primeira decepção, com o clube que ele aprendeu a amar em sua carreira.
Naquela época a diretoria possuía alguns lideres políticos, onde Embu comentou a nossa reportagem, que chegou um destes diretores e o menosprezou, bem como outros três jogadores e comentou. “Esse ano será diferente, não iria ser a casa da mãe Joana e perguntou para o SEO Camargo (in-memorian), na época roupeiro, quem mandou esses, caras treinar e pegar material de treino”.
Embu, como qualquer ser humano, não gostou do desrespeito e foi tirar satisfação e pedir respeito com ele e que não estava ali de graça, pois alguém o contratou e chegou a bater boca, chegando a quase vias de fatos.
A diretoria então o afastou do plantel e ficou treinando em separado um mês e chegaram a pedir para ele a se deslocar até a esse diretor político e se desculpar.
Embu recebeu propostas do Internacional de Lages e Camboriu e acabou acertando com o CR Maravilha, conseguiu acesso a Série B Catarinense.
O médio volante Embu, com o coração partido, deixar o Operário e a torcida que ele aprendeu amar e seguiu novos caminhos a equipe do CR Maravilha do oeste catarinense.
Embu ficou por 02 anos no CR Maravilha e também caiu nas graças da torcida pelo seu estilo de jogo, jogador versátil de muita pegada e amor a camisa.
Num jogo em Mafra, defendendo as cores do Maravilha a torcida do Operário, gritava seu nome em campo. Perdemos o jogo, mas foi emocionante, um dia que ficou marcado em minha carreira, onde os torcedores não me deixaram ir embora e fiquei em Mafra e fui ao Clube Zeppelin e somente fui embora na segunda-feira ás 17 horas, frisou Embu.
LEMBRANÇAS – O médio volante Embu frisou a nossa reportagem, tem muitas saudades de Mafra, onde fez muitas amizades e até hoje quando vou à cidade me tratam com muito respeito.
Embu tem um grande respeito por Carlos de Oliveira, presidente do Clube Zeppelin, honrou todos os compromissos salariais durante os anos que esteve no Operário. Meu sonho é fazer um jogo de despedida com a camisa do Operário, comentou a nossa reportagem. Quis fazer este jogo de despedida, mas quem estava à frente do Operário na época, não me deu resposta, frisou.
JOGOS FESTIVOS – Embu continua batendo sua bolinha, onde faz parte de um grupo seleto de ex-jogadores, que realizam jogos festivos pelo Brasil afora, devido seu carisma constituído no mundo da bola, são eles, Paulo Nunes, Viola, Denilson, Tinga, Perdigão e Gabiru, jogador que fez o gol do titulo mundial do Internacional, contra o Barcelona da Espanha, tinha no plantel na época, Ronaldinho Gaúcho. Embu recebe convites para defender os Master do Coritiba do Atlético, Marcílio Dias, BEC e Avaí.
ESCOLINHA – Embu tem um projeto social, atendendo 120 crianças de 05 a 15 anos, com o nome de Escolinha Embu em Itapema.
Atualmente Embu, reside no litoral catarinense na praia de Itapema e tem outra residência em Guarulhos em São Paulo, aonde reside sua filha.
Embu vem fazendo bacharelado de Educação Física e quando se formar quer seguir a carreira no futebol na Irlanda a convite de um amigo que tem um projeto de escolinha, com crianças irlandesas.
Merece tudo de bom conheço ele