Leocádio Consul brilhou com a camisa da Ferroviária de Araraquara

Por Miguel Luiz - 23/04/2020

O mafrense Leocádio Consul saiu do bairro Vila Ivete ainda jovem, com seus 16 anos, para brilhar no futebol brasileiro, nos anos de 60 e 70, na época de jogadores consagrados, como Pelé, Rivelino, entre outros.

O ponta direita Leocádio, marcou seu nome em muitas equipes do Brasil, com destaque para o Coritiba Foot Ball Club, fez parte da conquista do hexacampeonato, levantando o titulo de 1971, com o clube tornando-se hexacampeão, em 1976.

O mafrense Leocádio Consul marcou também seu nome, onde é muito lembrado pela torcida da Ferroviária de Araraquara, era uma grande força do futebol do interior da capital Paulista.

A Associação Ferroviária de Esportes de Araraquara, fundada em 12 de abril de 1950 estará completando neste mês, 70 anos de existência.

A grande fase da Ferroviária tinha no plantel o mafrense Leocádio Consul, foram nos anos de 1967 a 1969, onde viveu talvez a maior história deste clube do interior paulista.

O Jornal a Folha de São Paulo, como forma de homenagear as equipes interioranas, premiava a melhor equipe do interior do Campeonato Paulista. A Ferroviária conquistou o tri-campeonato nos anos de 1967/1968 e 1969, ficando definitivamente de posse do valioso troféu em suas galerias.

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A Ferroviária no ano de 1967 terminou em sexto lugar no geral, conquistaram duas expressivas vitórias, contra os grandes de São Paulo, partidas realizadas no estádio da Fonte Nova em Araraquara. 01 a 00 sobre o São Paulo e 02 x 00 contra o Palmeiras.

A Ferroviária em 1968 conquistou uma expressiva colocação no Campeonato Paulista com o 3º lugar, ficando atrás somente do campeão Santos de Pelé e do Corinthians o vice-campeão. Na campanha foram 11 vitórias, 08 empates e 07 derrotas.

Nesta campanha histórica, conquistou expressivos resultados que marcaram em sua história: Venceu 2 (duas) vezes o São Paulo: 2 a 1 fora e 3 a 1 em casa. Também goleou o Palmeiras, por 3 a 0 na Fonte, e o Corinthians, por 4 a 1 dentro do Pacaembu.

AMISTOSO INTERNACIONAL – A Ferroviária para fechar o ano de 1968, realizou um amistoso internacional no dia 09 de junho, recebeu em Araraquara o Nápoli da Itália, aplicando uma goleada de 04 a 00.

A Ferroviária em 1980 disputou pela primeira vez uma competição nacional o Campeonato Brasileiro da Série B, denominado na época a Taça de Prata.

No ano de 1983 chegou ao patamar maior do Brasil, disputando a Série A do Campeonato Brasileiro e sua campanha assustou, ficando entre os oito melhores colocados.

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Atualmente Leocádio Consul, mora na Vila Buenos Aires e Mafra se orgulha de ter um filho da terra, que marcou seu nome no futebol brasileiro.

O vereador Sergio Luiz Severino em 2019 o concedeu uma menção honrosa (Moção de Aplausos), reconhecendo em vida o que ele representou para o esporte mafrense e brasileiro.

Uma das formações da Ferroviária de Araraquara: Em pé da esquerda para á direita: Beluomini, Brandão, Fogueira, Joãozinho, Rossi e Machado. Agachados: Valdir, Leocádio, Téia, Bazani e Pio
O mafrense Leocádio Consul com a camisa do Coxa, onde marcou sua carreira, até hoje é lembrado como um dos grandes ídolos
Ferroviária de 1967. Em pés da esquerda para á direita: Beluomini, Fernando, Fogueira, Chiquinho, Rossi e Machado. Agachados: Valdir, Maritaca, Leocádio, Bazzani e Pio.

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1 COMENTÁRIO

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  1. Bela homenagem. Joguei futebol com o Leocádio, nos campos de peladas (inúmeros que havia em Mafra e Rio Negro),onde enfeiravam as manhãs de domingo, gênios da bola que não foram adiante, como Geada, Darci, Sérgio Gorninski; mas Leo logo foi para o Peri, onde brilhou num ataque onde jogavam Babá, Clidom, Mique e Zeca. Leocádio chamou a atenção do Operário Ferroviário, de Ponta Grossa e transferiu- se. Já em 1961 foi campeão Paranaense formando um trio fantástico: Leocádio, Alex e Otavinho. Em 62 ou 63, foi convocado para a seleção paranaense. Acompanhei muitos jogos do Leocádio quando ele foi comprado pelo Coritiba, formando um ataque fenomenal com Zé Roberto, Tião
    Abatiá, etc. Vi grandes nomes do futebol brasileiro; Pelé, Garrinha, Zé Roberto, Ademir da Guia, mas não tenho nenhuma dúvida; Leocádio não ficava atrás de nenhum deles. Era um craque; batia com os dois pés, cabeceava bem, era rápido no drible e morteiro nos arremates a gol. Está por merecer uma estátua em Mafra, como o Krueger, atacante do Coritiba, seu contemporâneo, tem na entrada do Couto Pereira. Grande Leocádio Consul. Tantos anos depois, venho aqui neste canto de página, te agradecer pelos belos espetáculos que teu futebol maravilhoso nos proporcionava. Obrigado Leo.

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