Campo do Tenente completa 56 anos de história

Por Gazeta de Quitandinha e Campo do Tenente - 29/10/2017

Fundado em 29 de outubro de 1961, neste domingo Campo do Tenente completa 56 anos de emancipação política.

Situada na microrregião metroplitana de Curitiba na microregião de Rio Negro, do planalto paranaense. Campo do Tenente possui hoje, uma população estimada de 7.829 habitantes (ano de 2017), fazendo divisa com os municípios de Rio Negro, Quitandinha, Lapa e Píên, está localizado a 80km da capital Curitiba.

HISTÓRIA

A origem do nome vem de um acampamento militar da época da Guerra dos Farrapos, comandado por um tenente, ficando desde então conhecido como Campo do Tenente.

Conta a história que seus habitantes primitivos eram os Caingangues e os Botocudos. Lá pelos idos de 1543, já se conhecia seu território, pois a existência da capitania de Itamaracá incluía o território que compõe o município de Campo do Tenente.

A origem do povoado remonta ao ciclo do tropeirismo quando se transportava gado dos pampas gaúchos à capitania de São Paulo pelo “Caminho Sorocaba – Viamãoâ€.

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Em 1916, investiu-se na colonização da região de Rio Negro com a vinda de açorianos e, em 1929, chegaram à região os imigrantes alemães.

Dois fatores contribuíram para o progresso do lugar: a inauguração da estrada de ferro em 1894 e a chegada da energia elétrica, de forma gratuita, no ano de 1907.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, figura no município de Rio Negro o distrito de Campo do Tenente. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Elevado à categoria de município com a denominação de Campo do Tenente, pela Lei Estadual n.º 4.338, de 25-01-1961, desmembrado de Rio Negro. Sede no antigo distrito de Campo do Tenente. Constituído do distrito sede. Instalado em 29-10-1961.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Jorge Luis Quege é o atual prefeito, reeleito nas eleições de 2016.

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ORIGEM

Remontam ao ciclo do tropeirismo as origens históricas do povo tenenteano. Do tempo em que se transportava gado dos pampas gaúchos até a Capitania de São Paulo, através do histórico “Caminho Sorocaba-Viamão”.

É fato que nesse caminho, única comunicação terrestre de São Paulo com a parte sul do país, permitiu que a longo de seu trajeto surgissem inúmeras povoações, mais tarde importantes cidades.

Segundo o historiador a reconstituição do itinerário incluiria entre tantas localidades, a de Campo do Tenente. Mais adiante, nesta ciranda secular, observamos que no ano de 1800, novamente Campo do Tenente é citado no Mapa da Capitania de São Paulo. Nesta época a região era um grande vazio demográfico, habitado quase que exclusivamente por povos indígenas.

Em 1816 João da Silva Machado investiu na tentativa de colonização da região e levou para Rio Negro cinquenta casais de açorianos, que não se fixaram, dispersando-se. Em 1829, chegaram à região da vizinha Rio Negro os primeiros imigrantes alemães. Estes fatores contribuíram decisivamente para o povoamento da imensa região, consequentemente ao povo tenenteano, que começava a se organizar. Registros históricos nos dão a data de 1847, como sendo o ano da povoação de Campo do Tenente.

Dois fatores contribuíram para o progresso do lugar, a inauguração da estrada de ferro em 1894 e a chegada da energia elétrica, de forma gratuita, no ano de 1907. Este presente comunitário foi oferecido pelo major Henrique Stahlke, que instalou uma indústria no lugar, gerando energia elétrica, favorecendo a localidade.

Na divisão territorial de 1936, figurava Campo do Tenente como distrito administrativo e judiciário do município de Rio Negro.

Em 25 de janeiro de 1961, pela lei estadual nº 4.338, sancionada pelo governador Moysés Lupion, foi criado o município de Campo do Tenente, com território desmembrado do município de Rio Negro. A instalação deu-se no dia 29 de outubro de 1961. O primeiro prefeito municipal foi Victor Bussmann.

ATRATIVOS TURÃSTICOS

Dotado de lindas paisagens, o município de Campo do Tenente, foi roteiro do “Caminho das Tropasâ€, antiga atividade econômica de transporte de bovinos, ligando o sul ao centro do país. Ao longo do seu território em contrastes com as imensas e planas áreas cultivadas, encontramos os casarões do início do século XIX e atrativos turísticos especialmente projetados para a pesca e lazer.

Nessa bucólica rural do município encontra-se edificado o “Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundoâ€, único templo brasileiro da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (Monges Trapistas).

Cercado de mata nativa, construído em estilo moderno, é dotado de hospedaria e procurado para retiro espiritual, se constituindo em ponto turístico – religioso, assim como a Igreja Matriz de Cristo Rei e a de São Sebastião.

As capelas: do Morro de Santa “Ana e do Morrinho da Santa Cruz) são outros belos pontos turísticos, sua vista panorâmica e seu silencio proporciona momentos de reflexão e paz.

Somados a isso, a nova Casa Cultural DOM POLSKI – (Braspol), os casarões históricos, túnel da linha férrea do Pau – de – Casca; Ponte Férrea sobre o rio da Várzea, entre outros belos e imponentes pontos turísticos naturais.

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3 COMENTÃRIOS

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  1. Meu nono Marcílio José Alves, nascido em Campo do Tenente, dizia que seu pai tinha o sobrenome Casati , no entanto, ao falecer, seu padrasto lhe registrou e aos seus irmãos também, em Rio Negro-Pr, como seus filhos legítimos, lhe dando o sobrenome Alves. Gostaria muito de saber as verdadeiras origens da minha família por parte desse meu avô, cujo sobrenome lhe foi emprestado e eu carrego até hoje.

  2. meus avos paternos moraram vieram de campo do tenente para curitiba meu pai ainda erra menino eu adoraria saber mais sobre a historia deles minha avó durvalina rezende e meu avô joao gonçalves da silva .eles tiveram 11 filhos uma mulher e 10 homens

  3. Um dos portugueses que vieram para Rio Negro/Campo do Tenente nos meados de 1860, era Matias Pacheco dos Santos, médico, radicado em Rio Negro, dono de muitas terras em Campo do Tenente e na Lapa, consta em registros vistos por mim em um esbulho que ele inclusive fez a doação do terreno onde hoje é o conglomerado da Igreja na Lapa. Adotou o índio Botocudo, o qual deu o nome de Matias Pacheco, falecido nos anos quarenta em Campo do Tenente, meu bisavô, o qual teve filhos, Artur Pacheco, Luiz Pacheco e João, todos falecidos e sepultados em Campo do Tenente, sendo que Artur era meu avô, casado com uma imigrante alemã da família Chesceler, atualmente ainda resta em Campo do Tenente muitos primos, todos descendentes da tribo Botocudo e de alemães, atualmente com sobrenome Gonçalves, Silva e outros, os que puxaram o lado indígena são magros, morenos e autos.A Igreja católica da Lapa guarda um rico acervo em seus registros dos primeiros moradores de Campo, pois por muitos anos os óbitos eram registrados pela igreja da Lapa, mais tarde em Campo do Tenente e Rio Negro.

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