Uma discussão entre o prefeito de Piên, Gilberto Dranka (PSD) e o servidor concursado Adriano Oliveira foi parar na Delegacia nesta terça-feira (4). O servidor disse na polícia que o prefeito foi na sua sala na Prefeitura e apontou uma arma para sua boca o ameaçando de morte. Já o prefeito dá outra versão e diz que foi até a sala do servidor apenas para pedir que ele pare de prejudicá-lo. Ele nega que tenha apontado uma arma na direção de Adriano e afirma que está sendo ameaçado de morte em razão das eleições municipais.
Há duas versões para o que teria ocorrido nesta terça-feira na Prefeitura. Segundo informações, uma das versões diz que o servidor, que se candidatou ao cargo de vereador e não foi eleito, havia se desentendido com o prefeito no domingo e, na terça-feira, Dranka teria ido até a sala dele na Prefeitura e o ameaçado com uma arma. Houve uma intensa confusão e, ao sair da sala do servidor, o prefeito teria efetuado disparos em outro ambiente da Prefeitura. A Polícia Militar foi chamada e acompanhou os dois envolvidos e testemunhas até a Delegacia de Rio Negro. Cada um foi em seu próprio veículo.
VERSÃO DO PREFEITO
O prefeito Gilberto Dranka falou à imprensa e disse que não foi nada disso que aconteceu. Ele alega que está sendo vítima do inconformismo do grupo derrotado já que o candidato que ele apoiava foi eleito para a prefeitura. Dranka nega que tenha entrado armado na sala de Adriano. Admite que foi até ele, mas apenas para conversar. “Cheguei na Prefeitura, fui na sala do chefe de informática, fechei a porta e pedi para ele não me prejudicar mais. Ele apagou todo o Portal da Transparência de propósito e o Ministério Público e a imprensa estão me cobrando. Ele negou ter feito isso, mas apenas pedi para ele não me prejudicar. Quando saí começou a confusão. Ele ligou para o candidato derrotado e se transformou em vítima dizendo que sou bandido, que quero matá-lo. Tudo mentira”, afirmou Dranka.
O prefeito diz que vem sendo ameaçado de morte de forma anônima e tem vários áudios que comprovam isso. “Estou tendo que vir trabalhar na prefeitura com dois seguranças e minha família está trancada em casa. Ninguém sai ou vai pra aula porque estamos sendo ameaçados. Já registrei Boletim de Ocorrência e espero que a polícia tome uma providência. Eles não entendem que eleição a gente ganha ou perde”, completou.
Sobre o uso de arma, o prefeito nega e diz que tudo é invenção. “Não tenho arma. No meu bolso só ando com um rosário”.
NA DELEGACIA
Segundo o delegado de Rio Negro, responsável pelo caso, Sergio Luiz Alves, disse que registrou as duas versões e já encaminhou o caso à justiça. “Foi registrado aqui situações de ameaça tanto do prefeito quanto do servidor. Um diz que ameaçou e o outro é que diz que foi ameaçado. Já ouvi também testemunhas, mas não posso dar detalhes do que falaram. Agora quem tem que dizer o que aconteceu é o poder judiciário. Todos assinaram um Termo Circunstanciado e vão responder na justiça”, disse o delegado sem dar mais informações.
O delegado afirmou que tanto o prefeito quanto o servidor foram até a delegacia escoltados pela Polícia Militar em seus carros próprios. “Foi uma questão de cautela”.
Nos próximos dias, as partes devem ser convocadas para depor assim como as testemunhas.
ELEIÇÕES
Em Piên, foi eleito no domingo o candidato apoiado por Dranka, Loir Drevek (PMDB), com 51,71% dos votos. O segundo colocado foi João Padeiro (PSDB), que ficou com 49,29% dos votos válidos.