Protesto contra o abusivo aumento de 24% no preço do papel, anunciado pelas indústrias que produzem essa matéria-prima, foi formalizado pelo vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), empresário Cidnei Luiz Barozzi, que também é presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional Santa Catarina (ABIGRAF-SC).
O dirigente encaminhou correspondências aos fabricantes nacionais de papel manifestando sua insatisfação com o aumento médio de 24% no preço do papel de impressão linha off-set e solicitando uma reavaliação do reajuste proposto. Essa nova majoração do papel segue-se a reajuste de aproximadamente 12% em 2015. “Assim, torna-se demasiadamente oneroso o custo produtivo da indústria gráfica, num momento de recessão econômica e retração dos mercados”.
“Nossas indústrias vêm enfrentando situações de extrema dificuldade e não possuem condições de assimilar um aumento de custos dessa monta, especialmente porque no atual cenário é impossível repassá-los aos nossos clientes”, afirmou.
Cidnei Barozzi lembra que, além de tudo, o imposto de importação e o dólar elevado dificultam as compras externas do insumo. Nesse contexto, as gráficas ficam sem alternativas para buscar matéria-prima a preços capazes de impedir o reajuste dos impressos, em prejuízo da sociedade.
“Fechamos 2015 com números negativos, muitas empresas fecharam e contabilizamos um déficit nos nossos postos de trabalho, com a demissão de 735 trabalhadores somente em território catarinense. Esses números estão dificultando a manutenção das empresas em 2016 e o aumento do preço do papel vai comprometer ainda mais nossas empresas”, enfatizou Barozzi.
O aumento do custo do papel também afeta a mídia impressa, encarecendo a impressão e a circulação de jornais, livros e revistas.
A ABIGRAF-SC representa mais de 1.200 empresas do setor no Estado que empregam, aproximadamente, 11.500 trabalhadores. Na esfera federal, a ABIGRAF Nacional representa mais de 20 mil empresas gráficas no país.