O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez nesta quarta-feira o anúncio sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.
Governo não exigirá receita médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos
Ministério da Saúde ‘orienta’ que pais busquem recomendação médica, mas não exigirá documento. Autorização por escrito só será necessária se não houver pai ou responsável no momento da aplicação.
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (5) as regras para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos – e abriu mão da exigência de receita médica para imunização dessa faixa etária.
De acordo com o governo:
- a vacinação será feita em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente;
- a autorização por escrito só será necessária se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento em que a criança for vacinada;
- o Ministério da Saúde orienta que os pais “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização” – mas não exigirá receita médica para aplicar a vacina;
- a primeira e a segunda dose serão aplicadas com intervalo de oito semanas.
Segundo o IBGE, o Brasil tem cerca de 20,5 milhões de crianças nessa faixa etária. O Ministério da Saúde informou nesta quarta que já encomendou “mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer” – o que seria suficiente para a primeira dose, mas não para completar o ciclo vacinal.
Durante a coletiva, Queiroga afirmou que a segurança e a eficácia da vacina pediátrica da Pfizer – que é aplicada em dose menor, em relação à versão para adultos – já foi atestada por diversas agências internacionais.
“Isso foi testado através de ensaios clínicos e já logrou aprovação em agências sanitárias respeitáveis, a exemplo do FDA [agência dos Estados Unidos], da Agência Europeia de Medicamentos, e agora teve o aval da Anvisa. Portanto, a Anvisa atestou a segurança regulatória”, elencou Queiroga.
Em dezembro, o ministro Marcelo Queiroga já havia dito que a pasta recomendaria que as crianças sejam vacinadas mediante apresentação de prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
Na segunda-feira (3), o ministro antecipou que as doses pediátricas chegarão ao Brasil na segunda quinzena de janeiro.
A imunização dessa faixa etária com a vacina da Pfizer já havia sido autorizada em 16 de dezembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: G1