Os coordenadores regionais da Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC) estão sendo capacitados para operar aeronaves remotamente controladas (RPA – drones) em suas operações. O treinamento tem o objetivo de habilitar os profissionais para o emprego dos equipamentos em atividades de proteção e defesa civil, como busca aérea, vistoria de estruturas e encostas, entre outras.
Ao final do curso, cada uma das 20 coordenadorias e a gerência de produtos perigosos da DCSC receberá um kit composto pela aeronave, controlador remoto e quatro baterias, o que possibilita o funcionamento durante um longo período.
O Curso foi ministrado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, garantindo a padronização de procedimentos e a possibilidade dos profissionais atuarem em ações de forma conjunta. “Estamos implementando novas tecnologias na atividade de defesa civil para ampliar os resultados”, comentou o Chefe da DCSC, João Batista Cordeiro Júnior.
Ele destacou que o equipamento possui uma gama variada de possibilidades de uso e vai agilizar o trabalho desenvolvido em campo. “As RPAs serão empregadas em casos que envolvam produtos perigosos, como acidentes e vazamentos, além de incêndios florestais. João Batista completou que outra vantagem dos drones em relação às aeronaves convencionais diz respeito ao custo operacional.
Reforço aéreo garante mais agilidade nas ações
Os equipamentos serão ferramentas importantes em ações de prevenção, mitigação, resposta e reconstrução, antes, durante e após eventos adversos. O uso desta tecnologia possibilita a identificação de vulnerabilidades para basear medidas de proteção e de contingência, apoiando a busca da resiliência.
Um exemplo foi o trabalho realizado pela DCSC na Serra do Rio do Rastro, onde foram identificados 25 pontos com risco de escorregamento. As informações coletadas pelos técnicos da DCSC com o uso de drones basearam o Plano de Trabalho que resultou o repasse de R$ 21 milhões pelo Governo Federal para obras de contenção que estão sendo executadas.
De acordo com o diretor de educação da DCSC, Alexandre Corrêa Dutra, o curso presencial de uma semana foi autorizado com implementações de medidas de segurança sanitária definidas pelo Comitê de Emergência em Saúde (COES/SES), e foi posterior a etapa na modalidade à distância que proporcionou o nivelamento teórico entre os participantes.
“Além da operação do equipamento, estão sendo repassadas as normas aeronáuticas que regulamentam a operação de RPA no Brasil, como a habilitação dos operadores, certificação dos equipamentos e autorização do uso do espaço aéreo pelos órgãos públicos”, finalizou Corrêa.
As RPAs foram adquiridas por meio de convênio com o Ministério Público, relativo ao projeto apresentado ao Fundo para Reconstrução de Bens Lesados.