Natal é o nascimento de Jesus e ele quer comemorar o seu aniversário na sua casa

Por Gazeta de Riomafra - 25/12/2020

Em tempos de distanciamento social, devido a pandemia, sua casa será sua igreja. Como você vai celebrar o aniversário do nascimento de Jesus? Desta vez, Jesus quer que a igreja seja aí, na sua casa… ele quer comemorar seu aniversário com você. Está preparado? “É em tua casa que celebrarei o Natal com você e seus familiares…”

Este ano, de 2020, mais triste doloroso pra toda a humanidade com tantas vidas perdidas, devemos acolher o Cristo o verdadeiro aniversariante em nossos lares e redescobrir nossas casas como igrejas e templos, orarmos, refletirmos e fazer dela um local de esperança para um ano melhor na ilustre presença e ação do Deus vivo. Onde ele sempre deveria estar! Que tal este ano ele ser o seu principal convidado e não o papai Noel que passa pelo chaminé para te dar presentes, mas sim aquele que nasceu e passou pela cruz para te salvar? 

Natal na pandemia

O mundo está vivendo no medo, assustado e sacudido por um vírus invisível, com características globalizantes, passível de contaminação. Em muitos casos ele é letal, somando hoje mais de 166 mil mortes em todo o Brasil. Justamente por tudo isso vamos ter um Natal incomum, sem muitas festas para não criar aglomeração e nem espaço de contaminação e sofrimento para as famílias.

Natal significa nascimento, portanto vida, como aconteceu com a vinda do Filho de Deus. Apesar da enorme lista de falecidos por causa do covid-19, as celebrações e todo o clima natalino se fundamentam na vida, no compromisso com a vida. Lamentamos o sofrimento de tantas famílias que perderam seus entes queridos, com tanta violência, por essa tragédia causada pelo coronavírus.

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O mundo já se sente bastante fragilizado, precisando de se reinventar. As instituições ficando sem forças para recuperar o que foi perdido neste ano de 2020. Agora é projetar para o futuro. Não se sabe como será em 2021. A expectativa está em confiar numa vacina que consiga imunizar a população. Mas quando isso vai acontecer! Continua uma incógnita e desconfiança no futuro próximo.

Além de todas estas considerações, o mais importante é a certeza no amor carinhoso e misericordioso de Deus. Ele nos protege enviando seu Filho como caminho de vida e não de morte. Confiar em Jesus Cristo é abandonar as incertezas e acolher o dom da vida, que só Ele é capaz de dar. Não é uma questão mágica, porque supõe também responsabilidade na convivência com o momento pandêmico.

O ano novo está às nossas portas. Deverá ser oportunidade de reflexão para todas as pessoas e também para as instituições. Melhorar é preciso, mas para defender a vida em todas as suas dimensões. Vidas humanas, mas também a vida do planeta, que tem gemido com desrespeito sofrido sem sustentabilidade. A pandemia é uma alerta bem visível sobre essa triste realidade global.

Que o novo jeito de celebrar esse Natal consiga tocar nos corações petrificados e insensíveis, principalmente daqueles grandes manipulares das riquezas do planeta, sem o mínimo de respeito para com o ser humano e com uma economia de inclusão. Com isto sofrem os mais pobres e sofre o mundo todo. Que o Cristo do Natal abençoe 2021 e seja o ano da graça do Senhor para todos.

É Natal! – Mas onde está o aniversariante?

O Natal é uma festa de aniversário, porém muitas vezes é comemorado sem a presença do aniversariante. Por incrível que pareça isto acontece normalmente, inclusive entre pessoas que afirmam ser cristãs.

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Em toda festa de aniversário a pessoa mais procurada e mais requisitada é o aniversariante. Para ele se guarda o melhor lugar na mesa, o primeiro pedaço do bolo, depois os presentes chegam e são entregues com direito a um abraço, beijos e felicitações. Em geral, ele veste a melhor roupa e fica aguardando a chegada dos convidados. Depois, todos cantam os “parabéns”, batem palmas e tudo se transforma em festa. Mas no Natal de Jesus quase sempre é diferente.

A situação costuma ser tão decepcionante que muitos sequer sabem o nome do aniversariante. Lembram do Papai Noel, do panetone, das bebidas, da leitoa, do peru, da rabanada, das frutas típicas, dos presentes, mas se esquecem de convidar ou ignoram aquele que deveria estar em primeiro lugar na festa.

Nesta data se canta músicas típicas, se acende luzes que ficam piscando a noite toda; as ruas são enfeitadas, as vitrines são decoradas com motivos natalinos, enfim tudo é preparado cuidadosamente para a grande festa que mexe com todos e a todos anima com fartura de comida e muita bebida, além do tradicional “amigo secreto”. Mas onde está o aniversariante?

Tudo foi preparado e cuidadosamente enfeitado, mas há uma ausência muito sentida, embora pouco percebida pelos convidados. A menina exibe o seu vestidinho estampado, o menino mostra o seu terninho engomado e a sua gravatinha borboleta, o jovem posa feliz com a sua primeira namorada e os casais ao redor da mesa exibem o seu sorriso que reflete satisfação e felicidade. A ceia de natal será servida com muita fartura e regada a bom vinho, champanhe e refrigerante (para as crianças). Tem comida a vontade, muita fartura e muitos convidados para participar. Enfim, a noite promete.

No entanto é triste constatar, mas esqueceram de convidar o aniversariante para a festa. Seu lugar está vazio na mesa e quiçá nos corações, seus talheres o esperam sobre a mesa coberta por uma linda toalha azul. Esqueceram de convidá-lo, na verdade poucos se lembram que ele existe. A festa não será completa sem a sua presença. O seu olhar não pousará sobre os circunstantes, sua palavra não soará aos ouvidos dos presentes. Ele não cantará o seu hino preferido e sua bênção estará ausente no momento de partir o pão. Ele gostaria muito de estar presente, mas educadamente Ele não veio, pois não foi convidado.
As crianças continuam sorrindo e se divertindo com os presentes, os adultos se reúnem para uma boa conversa enquanto alguém serve a ceia. Tudo parece harmônico, leve e feliz. O sorriso impregna os lábios refletindo alegria, beleza e felicidade. Mas o aniversariante está ausente mais uma vez naquela que deveria ser a sua festa, a comemoração de seu nascimento ocorrido há mais de dois mil anos.

O que os homens fizeram com o Natal – que deveria ser simplesmente o Natal de Cristo?

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