Atualmente a Associação de Caridade São Vicente de Paulo em Mafra, mantenedora do Hospital São Vicente de Paulo, atende o município de Itaiópolis e outros municípios do planalto norte catarinense, como porta de entrada hospitalar de urgência e emergência básica, pelo Sistema Único de Saúde- SUS, e recebe do estado de Santa Catarina o custeio de R$ 100.000,00 (cem mil reais) mensais.
O credenciamento/habilitação atual prevê que o hospital de Mafra disponibilize apenas alguns profissionais no serviço, sendo que estes não são suficientes para atender a gravidade de diagnóstico dos pacientes que dão entrada na urgência e emergência, sendo necessário apoio com outros especialistas, atualmente custeados por Mafra (neurologista, vascular, ortopedista, cardiologista, etc).
O recurso não é suficiente para custear as despesas da porta de entrada com todas as especialidades necessárias; Mafra não está conseguindo repassar recursos a associação, e desta forma, corre-se o risco do hospital ficar impossibilitado de continuar atendendo urgências e emergências na região.
A inviabilização do funcionamento desse serviço, seria péssimo para região do planalto norte que ficaria descoberta em relação a serviços de urgência e emergência SUS, no atendimento dos casos graves e complexos de média e alta complexidade atendidos e encaminhados pelos prontos atendimentos destes municípios e pela UPA de Mafra, já que o hospital é referência no suporte a estes serviços de pronto atendimento.
Parte da solução seria a aprovação da habilitação para a Associação de Caridade São Vicente de Paulo de Mafra como porta de entrada de urgência e emergência especializada tipo II, com custeio de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) mensais, através do Ministério da Saúde.
O processo de credenciamento/habilitação encontra-se no Ministério da Saúde sob o nº SIPAR 25000.010237/2017-86.
Em relação aos serviços de alta complexidade – SUS, atualmente sabe-se que há na região do planalto norte apenas serviço de oncologia em Porto União, traumato-ortopedia, ressonância magnética e tomografia computadorizada em Mafra, e litotripsia em Canoínhas, sendo que a região necessita de mais serviços para garantir a saúde do povo em tempo resposta oportuno, sem precisar deslocar a população para Joinville, Jaraguá ou Florianópolis, o que muitas vezes pode agravar problemas dos pacientes.
A região do planalto não tem população necessária, utilizada como parâmetro pelo Ministério da Saúde, para habilitar serviços de maior complexidade, como aqueles solicitados pelo hospital de Mafra: porta de entrada especializada tipo ii, neurocirurgia e cardiologia intervencionista. A legislação do Ministério menciona que serviços dessa magnitude devem atender no mínimo a 501 mil pessoas e a região do planalto norte tem em torno de 366 mil (referente 14 municípios planalto norte).
Diante da situação tornar-se necessário o trabalho conjunto de todos os gestores de saúde dos municípios da região, também das lideranças políticas e da população em geral, para que todos juntos possam argumentar ao Ministério da Saúde em prol da saúde das pessoas residentes no planalto norte catarinense, para que se ajustem os parâmetros para regiões com vazio assistencial, como é o caso do planalto, e aprovem o credenciamento e/ou habilitações da Associação de Caridade São Vicente de Paulo- Mafra, a qual será referência em alta complexidade para os municípios da região (Itaiópolis, Mafra, Papanduva, Monte Castelo, Rio Negrinho, São Bento do Sul, Campo Alegre, Canoínhas, Três Barras, Major Vieira, Bela Vista do Toldo, Irineópolis e Porto União, Matos Costa).
