Uma pesquisa realizada pela Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra), revelou que Itaiópolis é o principal municÃpio catarinense no ranking dos maiores cultivadores de fumo do Brasil. Na mesma lista, a cidade vizinha de Canoinhas aparece em quinto lugar na safra 2013/2014, e o municÃpio de São João do Triunfo em sexto lugar. Na safra 2014/2015 foram produzidos 692 mil toneladas e, entre os municÃpios, o maior produtor foi Venâncio Aires (RS), com 20.316 toneladas, de acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
O tabaco tem na região Sul 98% da produção brasileira e é cultivado em 619 municÃpios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde cerca de 154 mil produtores trabalham de maneira integrada e aproximadamente 615 mil pessoas participam do ciclo produtivo no meio rural, somando uma receita bruta anual de R$ 5 bilhões.
Seguidos por Venâncio, quatro municÃpios do ranking também são gaúchos: Canguçu (19.942 toneladas), São Lourenço do Sul (18.168 toneladas), Santa Cruz do Sul (14.593 toneladas) e Candelária (13.911 toneladas). Em sexto lugar está São João do Triunfo, no Paraná, com 13.680 toneladas, e o sétimo colocado é Itaiópolis, em Santa Catarina, com 13.175 toneladas. Na lista dos 20 municÃpios com maior volume produzido, 12 são gaúchos, cinco são paranaenses e quatro são catarinenses (confira na tabela abaixo). Canguçu, o segundo em produção, é o que possui o maior número de produtores, com 4.892.
Segundo o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, a produção de tabaco faz parte da tradição destes municÃpios, além de ser a cultura fundamental nos aspectos sociais e econômicos. “É essa tradição do cultivo em pequenas propriedades diversificadas que confere excelência ao tabaco brasileiro, reconhecido pelos importadores por sua qualidade Ãmparâ€, enfatiza.
Veja o ranking dos 20 maiores produtores de fumo:
DIVERSIFICAÇÃO
Uma das principais caracterÃsticas comuns à s propriedades produtoras de tabaco é a diversificação de culturas e de renda. Em números gerais – levando-se em conta todos os 154 mil produtores – a área média das propriedades é de 15,3 hectares, sendo que apenas 17,6% do terreno é destinado ao cultivo de tabaco, que responde por 51,4% da renda do produtor. O perfil da propriedade levantado pela Afubra mostra produtores abertos à diversificação e conscientes sobre a preservação ambiental. Na safra 2014/2015, além do plantio de tabaco, o cultivo do milho respondeu por 22,5%, a soja por 7,8%, o feijão por 1,8%, e outras culturas por 3,1%. A pastagem ocupa 20,3% da propriedade e o Ãndice de cobertura florestal é de 26,9% com áreas de mata nativa preservada (15,7%) e reflorestada (11,2%).