Se você está enfrentando momento de luto, e gostaria de partilhar seus sentimentos, participe de uma reunião do Grupo de Apoio a Perdas Irreparáveis. O próximo encontro será no dia 18 julho (amanhã) na Amplanorte, a partir das 13h30min e não necessita de inscrição prévia.
POR QUE PARTICIPAR
Não basta querer apoiar, é preciso ter sensibilidade organizada para apoiar. Portanto, a Secretaria Municipal de Saúde Mafra promove os encontros do API mensalmente. O API é uma rede que se propõe a dar apoio a pessoas enlutadas, que possuem um amor insuperável diante da dor irreparável. É um espaço-tempo de partilha em grupo de vivências da dor da ausência e da busca de meios para superação desta contingência.
O API é uma rede que se propõe a dar apoio a pessoas enlutadas. É um espaço-tempo de partilha de vivências da dor da ausência e da busca de meios para superação desta contingência. A Secretaria de Saúde de Mafra oferecerá um espaço de apoio às pessoas enlutadas neste dia.
Os organizadores entendem que a reparação não se dá pela negação do que ocorreu e muito menos pelo impedimento de expressão do que se está vivendo intimamente. Compartilhar as experiências comuns pode oferecer benefícios como:
– Sentido de pertencer a um grupo mais amplo;
– Sensação de ajudar a si mesmo ao ajudar os outros;
– Esperança promovida pela percepção de como outros enfrentaram a situação.
PORQUE PARTICIPAR
Os atos de compartilhar as experiências do cotidiano dessas pessoas, de expressar livremente seus sofrimentos e dores e, principalmente, de escutar esses depoimentos, traçam a linha mestra na busca de conforto, orientação e ajuda de uns aos outros.
O grupo não é exclusivo para pessoas que estão em sofrimento, mas sim aberto a qualquer pessoa que perdeu alguém e quer falar sobre a perda. Também não há restrição às pessoas enlutadas quanto à posição filosófica, política ou religiosa que escolheram adotar.
O essencial para a participação das reuniões é a disponibilidade para se abrir diante de vivências comuns, nunca iguais, respeitando o direito de todos os presentes de também se manifestarem. Segundo a fundadora nacional da API, Gláucia R. Tavares “o luto não é depressão e pode ser elaborado, não no isolamento, e sim com a construção responsável de redes de apoio”.
Maria Júlia Kovács, psicóloga que atua com perdas e lutos na rede de API em São Paulo ressalta: “Como a nossa sociedade atual cala o luto, cabe aos profissionais engajados no processo de reumanização da morte abrir espaço para a expressão da dor e do sofrimento, numa atmosfera acolhedora, não compactuando com o silenciamento e o abafamento trazidos por uma sociedade que fala sobre ser forte, discreto e não incomodar. Um ouvido disponível tem melhor efeito do que calmantes.”