Agricultores e executivo mafrense discutem soluções para estradas do interior

Por Gazeta de Riomafra - 10/11/2015

Na manhã de quinta-feira (05), membros do movimento Tratoraço e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mafra estiveram no reunidos no gabinete do prefeito Wellington Bielecki fazendo reivindicações. Entre elas, os agricultores pediram o patrolamento das entradas com empedramento dos pontos críticos num prazo de 30 dias para o início dos trabalhos e abertura de bueiros e esgotamentos.

Os membros lembraram ainda que no dia 5 de novembro de 2015 fez 11 meses do primeiro Tratoraço realizado em Mafra e desde a ocasião nada de muito significativo foi feito pelas estradas rurais, principalmente na estrada da Irara.

Os representantes do Tratoraço pediram ainda que seja feito um projeto de lei que determine que os agricultores façam a roçada em frente as suas propriedades, apesar de ser faixa de domínio do município e que os moradores que descumprirem a lei sejam punidos, pois a limpeza evita o entupimento de bueiros e sarjetas. Também foi sugeria a implantação de tubos nas entradas particulares que saiam das principais e vicinais, o projeto seria feito em parceria entre a Prefeitura e os agricultores, sendo que as máquinas do município seriam usadas para a realização do serviço e, contrapartida os proprietários forneceriam os tubos nos locais necessários.

Os agricultores indicam ainda que é preciso criar uma lei específica para a abertura de desaguadores, pois muitas vezes os funcionários da Prefeitura são impedidos de fazer o serviço, além disso, também foi pedido o empenho do poder executivo e legislativo para a captação de recursos junto aos deputados de Santa Catarina, sendo que o prazo para emenda parlamentares se encerra em 30 de novembro. “Assim como os vereadores pediram votos para seus companheiros políticos, agora queremos que busquem com eles emendas parlamentares para Mafra”, ponderou Marcos Eckel, um dos representantes do Tratoraço.

VERBA DO BNDES AINDA NÃO PODE SER USADA

Durante a reunião, os agricultores questionaram o prefeito sobre a verba de 10 milhões de reais liberada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o município e se ela poderia ser usada nas estradas rurais. O prefeito deixou claro que o dinheiro disponibilizado pelo governo junto ao Badesc não pode ser utilizado para este fim, pois está destinado a pavimentação em locais que já tenham drenagem fluvial, saneamento básico e todos os pré-requisitos para que possam receber o asfalto.

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Wellington anunciou que há poucos dias foi notificado que Mafra tem uma dívida com a Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (COHAB) referente ao ano de 2003 a qual impede a liberação da verba enquanto não for paga. Segundo o prefeito, é preciso fazer o levantamento da dívida com a COHAB para realizar a quitação e esse processo é burocrático e demorado, por isso os 10 milhões não podem ser usados. “O recurso veio, mas tudo tem um sistema burocrático que tem que passar. Não temos como pegar a verba agora, justo agora fomos surpreendidos com esta nova divida que até então não se tinha conhecimento”, explicou.

PREFEITO EXPLICA QUE SITUAÇÃO FINANCEIRA DO MUNICÍPIO E MAU TEMPO ATRAPALHAM

O prefeito Wellington Bielecki explicou aos agricultores que o principal problema do município continua sendo financeiro e que a chuva agrava a situação das estradas rurais. “A máquina ainda esta sendo enxugada e os reflexos disso demoram um pouco”, explica o prefeito. Segundo Wellington, a pedreira de São Lourenço ainda não foi detonada por conta das chuvas, mas em contrapartida a pedreira da Vila Ruthes já foi detonada e as pedras estão sendo levadas exclusivamente para os desencalhadores de ônibus no interior, sendo 2.500 km de estrada. “100% das máquinas, dos caminhões e das pedras estão sendo direcionado para o interior”. O secretário de obras, Jonas Heyde explica que a Prefeitura está escolhendo os lugares com situações mais críticas e que todas as patrolas estão tirando barro das estradas para os veículos poder passar.

O prefeito garantiu aos agricultores que de imediato serão mandadas retroescavadeiras para desobstruir os locais em que os carros estão encalhando para que tráfego normal de veículos nessas localidades seja restaurado o mais breve possível e também pediu paciência por conta do mal tempo que tem assolado a região, pois com chuva o trabalho de detonação das pedreiras São Lourenço não pode ser feito. Os agricultores aceitaram a condição do prefeito para que seja dado início aos trabalhos nas estradas rurais, porém caso nada seja feito dentro de 30 dias, os integrantes do movimento Tratoraço prometeram fazer alguma forma de manifestação, seja acampar na Prefeitura ou interditar as estradas rurais.

O QUE É O TRATORAÇO

Em dezembro de 2014 agricultores mafrenses indignados com o caos nas estradas do interior de Mafra circularam pelo município com seus tratores e se manifestarem em frente à Prefeitura, assim o movimento foi intitulado “Tratoraço”. Os manifestantes também reivindicaram melhorias na saúde e educação e na época pediram para o então prefeito Roberto Scholze ir atrás de recursos para a cidade.

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