Agricultores fazem protesto na Prefeitura de Mafra

Por Gazeta de Riomafra - 17/03/2018

Neste ano, diferente do ano de 2014, quando as principais ruas da cidade foram tomadas por tratores, os agricultores mafrenses realizaram um protesto a pé com faixas e cartazes em frente à Prefeitura de Mafra. Eles cobram do executivo ações para melhorias das estradas do interior, a execução do projeto da terceirização da manutenção das estradas, a discussão da taxa da Cosip e a sua suspensão nas localidades onde não existe energia elétrica, além da deficiência no fornecimento da energia elétrica para as comunidades do interior.

O protesto iniciou no começo da manhã quando cerca de 50 moradores de diversas localidades do interior do município se concentraram no bairro Restinga, se dirigiram até à igreja São José, deixando seus veículos e caminhões no pátio e seguiram caminhando até o prédio da Prefeitura segurando cartazes e faixas.

Eles queriam se atendidos pelo prefeito, porém o mesmo estava em Florianópolis para uma reunião com presidente da Celesc para tratar da questão da deficiência da energia elétrica no interior do município. A audiência de Wellington na Celesc já havia sido noticiada na edição da última quarta-feira na Gazeta e replicado em sites e redes sociais.

Porém ao chegarem ao Paço Municipal foram avisados que ele estaria em Florianópolis para discutir as demandas trazidas pela população do interior.

Após o impasse uma comissão formada pelos produtores rurais foi recebida pelos assessores do prefeito para uma reunião, onde foi explicado aos agricultores os procedimentos que estão sendo tomados pelo executivo municipal. Entre eles o projeto de terceirização da manutenção das estradas do interior. E que a pauta trazida já havia sido discutida nesta quarta-feira (14) junto às entidades da classe rural e também alguns agricultores

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Durante a reunião ficou definido que será formada uma comissão de agricultores para acompanhar os trabalhos do executivo junto à Secretaria de Obras e Agricultura e que no prazo de 60 dias uma reunião será realizada para debater os temas.

REIVINDICAÇÕES

Os agricultores alegam que não são atendidos pela Secretaria da Agricultura, bem como, suas reivindicações, como: a manutenção urgente e periódica nos mais de 5 mil quilômetros de estradas do interior. Eles querem também a terceirização desde serviço.

Questionam também o aumento da Cosip, entendem que a cobrança é ilegal e pedem a suspenção imediata da taxa cobrada, alegando que não podem pagar por aquilo que não utilizam.

Finalmente, querem o apoio do município no sentido de reivindicar junto a Celesc, os constantes prejuízos decorrentes da enorme deficiência no fornecimento de energia elétrica. Segundo eles, devido à falta e constantes quedas de energia elétrica no interior, desligam as estufas causando a perda de enorme produção de fumo e também a queima de vários equipamentos e aparelhos domésticos das residências no interior do município.

WELLINGTON SE REÚNE COM PRESIDENTE DA CELESC

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Enquanto acontecia a manifestação na prefeitura, o prefeito Wellington Bielecki, se reunia em Florianópolis com o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, cobrando ações e projetos para a melhoria do fornecimento de energia elétrica para a região, principalmente na área rural. Bielecki estava acompanhado do presidente da Amplanorte e prefeito de Canoinhas, Gilberto Passos.

Na oportunidade o representante da concessionária de energia se comprometeu em fazer uma nova reunião nos dias 13 e 14 de abril, para discutir novos e importantes investimentos para a região – para ainda este ano –  e assim minimizar os problemas de abastecimento de energia para o planalto norte.

SINDICATO RURAL

O Sindicato Rural de Mafra, emitiu nota à imprensa, esclarecendo que não apoiou o protesto e que nunca se omitiu em buscar soluções para atender as solicitações dos produtores rurais. E que convidou os organizadores do protesto para uma reunião com finalidade de escutar as reivindicações e só depois de uma opinião formada e bem concretizada, decidiria em participar ou não do movimento, mas até então, não houve resposta dos líderes do movimento, mesmo assim, as portas do Sindicato estariam abertas para atender os produtores rurais.

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