A notícia da mudança vem 15 dias após a morte da bebê Heloisa Mathias Lisboa, que esperou 15 horas, devido à falta de combustível nas ambulâncias do SAMU, para ser transferida do Hospital São Vicente de Paulo em Mafra para Hospital Infantil dr. Jeser Amarante Faria em Joinville. Um trajeto que em média leva cerca de duas horas para ser percorrido.
Segundo informações a morte da criança estremeceu a relação entre o governo do estado e SPDM, sendo o caso classificado como inadmissível pelo fato das ambulâncias não seguirem viajem por falta de combustível até mesmo quando várias pessoas se ofereceram para abastecer os veículo, inclusive os pais e parentes de Heloisa. Lembrando que na mesma semana da tragédia a SPDM havia recebido um repasse de R$ 8 milhões do estado.
Na nota divulgada neste final de sema a Secretaria de Estado da Saúde informa que em parceria com o Corpo de Bombeiros, Secretaria da Fazenda e da própria saúde está sendo estruturado um novo modelo de gestão para o SAMU. Diz ainda que um tenente coronel dos bombeiros será nomeado como gestor da área e que ficam suspensas as modificações que recentemente foram anunciadas, como a redução de oito para quatro das centrais de regulação de atendimento do Samu.
O sistema do Samu em Santa Catarina foi terceirizado pelo governo do estado em 2012, sendo a gestão repassada para a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Na época o Ministério Público Estadual (MPSC) entrou com a ação civil pública alegando a incapacidade técnica e financeira da SPDM para assumir os serviços do SAMU. A ação está em fase de recurso, pois o foi julgada improcedente.
INVESTIGAÇÕES
A Polícia Civil está investigando o caso, procedendo a uma série de diligências por solicitação da 2ª Promotoria de Justiça de Mafra para verificar se houve crime. A investigação também será usada pela 1ª promotoria, que apura a responsabilidade civil pela falta de atendimento ao bebê.