No último mês, o jornal Gazeta de Riomafra publicou uma matéria sobre os diversos casos de pessoas infectadas com o vírus H1N1, além dos óbitos no município. Dessa vez não é diferente, conforme o boletim epidemiológico da DIVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) do estado atualizado em 09/08, os casos vem aumentando e gera atenção aos riomafrenses.
Até o final do mês, foram 14 casos de influenza A (H1N1) registrados somente em Mafra e dois óbitos seguidos do vírus. Na região, são 32 casos e cinco óbitos.
Em Rio Negrinho, foram registrados cinco casos de H1N1, e um óbito. Campo Alegre foram dois casos da infecção com o vírus e um óbito e São Bento do Sul, 11 casos de H1N1 e um óbito. Em Canoinhas também teve confirmação de casos, foram seis pessoas infectadas e um óbito no município. Rio Negro foi comprovado um caso no mês de junho de um cidadão da área central da cidade, não constando nenhum óbito. Porém não se sabe com precisão os números em Rio Negro, visto que muitos são enviados a cidades vizinhas, segundo informação agência de saúde do Paraná.
Dos 14 casos comprovados em Mafra, dois foram no centro do município, no bairro Restinga três casos, Vila Nova dois casos, Vila Solidariedade um caso, bairro Passo um caso, bairro Imbuial um caso, Faxinal um caso, Vila Ferroviária um caso, km 9 um caso e alto de Mafra um caso de H1N1, em outros municípios foram cinco casos positivos de H1N1, segundo dados emitidos pela DIVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC).
Agora, são 35 casos em toda a região de Mafra. São 15 registros em Mafra e dois óbitos, seis casos de Influenza A e um óbito em Rio Negrinho, Campo Alegre permanece com dois casos e um óbito e São Bento do Sul são 12 casos e um óbito.
Em Santa Catarina, subiu para 690 casos confirmados de influenza até o dia nove de agosto, sendo 680 (98,6%) pelo vírus influenza A (H1N1) e dois (0,3%) pelo vírus influenza A, aguardando subtipagem para identificar se o vírus é do tipo H1N1 ou outros. E oito (1,2%) pelo vírus influenza B. Um total de 175 casos de SRAG segue em investigação, aguardando resultado dos exames laboratoriais para identificar se foram causados por vírus influenza A ou B.
Foram 35 casos de influenza A em crianças menores de dois anos de idade, 31 casos de dois a quatro anos de idade, 19 casos dos cinco aos nove anos, 41 casos dos 10 aos 19, 61 casos dos 21 anos de idade aos 29, 96 dos 30 aos 39, 111 casos de influenza A dos 40 aos 49, 136 dos 50 aos 59 anos de idade e 150 casos dos 60 anos a cima, por H1N1. O maior número é apresentado acima de 60 anos, com 22,1%.
O Informe Epidemiológico confirma, também, sete novas mortes por gripe, em relação ao boletim anterior, sendo dois em Camboriú e um em cada um dos seguintes municípios: Santa Rosa do Sul, Concórdia, Santa Terezinha do Progresso, Iraceminha e Balneário Barra do Sul. Outros três óbitos por SRAG estão em investigação. Santa Catarina contabiliza 100 óbitos por gripe em 2016, sendo 98 pelo vírus influenza A (H1N1) e dois pelo influenza B.
Ocorreu um óbito dos cinco aos nove anos, dois dos 10 aos 19 anos de idade, dois dos 20 aos 29, sete dos 30 anos aos 39, 24 óbitos dos 40 aos 49 anos, 27 dos 50 aos 59 anos e 35 casos de óbitos acima de 60 anos de idade.
As regiões de Blumenau, Joinville e Chapecó concentram o maior número de casos confirmados de SRAG pelo vírus influenza no estado até o momento. Os municípios que apresentaram o maior número de casos confirmados foram: Joinville (58 casos), Blumenau (55 casos), Tubarão (36 casos), Criciúma (34 casos) e Lages (33 casos), segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.
Previna-se contra a H1N1
O perfil de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), em 2016 indica que houve uma intensa circulação do vírus influenza nos meses e março e abril, com predominância do subtipo A (H1N1), causando hospitalizações e casos graves que evoluíram para óbito, principalmente idosos (acima de 60 anos) e adultos com comorbidades (doentes crônicos e obesos). Esses grupos apresentam uma tendência maior a apresentarem complicações quando infectadas pelo vírus influenza, por isso a importância de procurarem um serviço de saúde mais próximo da residência aos primeiros sinais e sintomas de gripe, para o tratamento adequado.
Com a chegada do inverno, existe a possibilidade real de que o vírus influenza A (H1N1) volte a circular com maior intensidade durante os próximos meses, o que pode ocasionar um aumento na ocorrência de casos graves e hospitalizações por gripe.
Portanto, devem ser reforçadas as medidas de prevenção, principalmente lavar as mãos com frequência e evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas. Também é necessário manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, limpos com álcool e não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
Os serviços de saúde devem se preparar para promover o atendimento adequado aos casos de Síndrome Gripal, reforçando as medidas de manejo clínico dos casos. O uso do antiviral (Oseltamivir) está indicado para todos os casos de síndrome gripal com condições e fatores de risco para complicações e de síndrome respiratória aguda grave, independentemente da situação vacinal. Nos pacientes com síndrome gripal sem condições e fatores de risco para complicações, a indicação do antiviral deve ser baseada em julgamento clínico, se o tratamento puder ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença.
A terapêutica precoce reduz tanto os sintomas quanto a ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza, em pacientes com condições e fatores de risco para complicações bem como naqueles com síndrome respiratória aguda grave. O antiviral apresenta benefícios mesmo se administrado após 48 horas do início dos sintomas.
A gripe causada pelo vírus influenza é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. É transmitida a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver de minutos a horas no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. A partir do contato com um doente ou superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesão que pode ser grave e até fatal, se não tratada a tempo.
Os vírus do tipo influenza circulam durante todo o ano, intensificando-se principalmente no período de inverno, quando as pessoas buscam se abrigar do frio em ambientes fechados, o que favorece a transmissão do vírus.
Além da vacinação para os grupos prioritários, estratégia eficaz na redução da doença grave entre a população mais vulnerável, as principais formas de prevenção para a gripe são:
– Higiene respiratória/etiqueta da tosse – medida capaz de reduzir a circulação viral, pois previne a disseminação entre as pessoas;
– Tratamento precoce com medicamentos antivirais, que ajudam a evitar a evolução para formas graves.
Veja na tabela atualizada em 09/08/16 os números detalhados dos casos nas regiões de Mafra e Canoinhas (clique na imagem para ampliar):